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Dallagnol, o procurador de dinheiro e Glenn no Roda Viva com o batalhão de choque de Dória

O Roda Via, que há muito tempo se transformou num crepúsculo tucano, ontem se superou. Aquelas criaturas impacientes que entrevistaram Glenn, um colega de profissão, sem esboçar um único sorriso no rosto, foi a réplica do próprio Dória. A intenção era bombardear Glenn com perguntas idiotas, mas incisivas e nenhum dos jornalistas que participou dos ataques a Glenn, com canhões trovejando bobagens, beirando ao infantilismo, negou-se a participar daquela inquisição que envergonha quem guarda o mínimo de distância do jornalismo de arquibancada.

Glenn nem piscou diante da cerrada coluna tucana que foi armada para agradar o Dória. As perguntas, carregadas de breu, tinham a intenção de criminalizar o jornalismo investigativo do Intercept, em favor da Lava Jato pelos jornalistas de Dória, sócio político de Moro. Isso tudo absolutamente inédito, até para o nível do Roda Viva que, em consequência, recebeu, na madrugada, uma chuva de críticas nas redes sociais, tal o nível baixo do jornalismo de clientela. Isso, no mesmo dia em que o Intercept sacudiu o país com novas e escabrosas revelações em que o espingolado Dallagnol aparece fazendo uma espécie de coleta milionária de dízimo entre empresários, muitos já manchados com algum tipo de envolvimento em investigações da própria Lava Jato. Lógico, tudo em nome das boas causas, como é o padrão dos lavajatistas, ao estilo toda picaretagem vale a pena se a grana não for pequena.

Isso, porque novamente Dallagnol, num caldo de paspalhice retórica, não nega que rodou com a sacolinha para arrecadar verdadeiras fortunas em nome da farda dos combatentes da corrupção.

O fato é que não há mais como o tucanato usar a máquina enferrujada do Roda Viva como panfleto político, menos ainda a qualquer espaço retórico para explicar a vigarice em último grau dos membros da república de Curitiba com seus capotões de intocáveis.

Os leões da liga da justiça estão sem dentes, não sobrou um que não faça parte de um croqui desse verdadeiro Estado paralelo, como bem disse Gilmar Mendes. Assim, diante dessa limpidez primitiva, o país só espera que, se ainda existe um sopro de justiça, que Lula seja imediatamente libertado e que Moro, Dallagnol e o califado curitibano enfrentem a lei.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonarismo e morismo a cada dia menores e mais ferozes

Um em cada quatro eleitores de Jair Bolsonaro se arrependeu de seu voto, segundo o Datafolha. E não repetiria a escolha se o pleito fosse hoje.

A bordo dessa pesquisa, certamente vem a popularidade do Moro, endereçada não só a ele, mas à Lava Jato como um todo, fruto das revelações do Intercept.

É difícil avaliar uma pesquisa sem saber exatamente como foi elaborada, mas duas coisas precisam levadas em conta, aquela palavrinha ajeitadora chamada “antipetismo” que a mídia usou na campanha a favor de Bolsonaro e Moro, saiu de moda. Por outro lado, não resta dúvida de que muitos fiadores de Bolsonaro, que não são bolsonaristas, já abandonaram a canoa furada. O que se vê hoje são capatazes do bolsonarismo radical usando truques e robôs nas redes para tentar segurar o monumento de vento dentro de uma bolha cada vez menor.

A grandiosa esfinge do mito está murcha. Oito meses de uma maquete governamental foram suficientes para que, sem projeto de país, seu governo deixasse uma lacuna enorme na vida nacional e as consequências dessa realidade indubitável são o arrefecimento do bolsonarismo e a ferocidade dos cachorros loucos adestrados no canil neofascista.

Isso é público e notório, não é papo de bastidor e nem de pesquisa. Aquele instinto animal deliberado de Bolsonaro com apito na boca, que visava chamar atenção apenas pelo barulho de suas exclamações, se deteriorou, e seus rompantes não têm mais bala de canhão retórico para comandar a guarda bolsonarista de outrora.

Bolsonaro sangra em praça pública e o mesmo pode ser dito sobre Moro. quem ainda os defende tem que dobrar as apostas nas asneiras que dizem, ou seja, acreditar na seriedade dessa gente em matéria de política, é uma piada. Nem Moro, nem Bolsonaro hoje despertam qualquer entusiasmo na população. Na verdade, os dois começam a se constituir em um acervo de massa falida. Se ainda não estão na bacia das almas, estão bem próximos, porque os nostálgicos pitbulls do bolsonarismo não têm força suficiente nas mandíbulas ou na gesticulação para arrebatar no músculo o sentimento de frustração que tomou conta do país.

Não há uma única luz de farol para guiar essa gente no universo bolsonarista ou morista e, à medida em que o tempo passa, a rejeição dos dois se acentua a olhos vistos, tendo apoio concentrado em núcleos cada vez menores, mais barulhentos e mais ferozes, até por reação ao fracasso precoce estampado no projeto dos dois ex-mitos.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Tragédia. Esta é a definição que se tornou unânime nos oito meses de governo Bolsonaro

Por mais que se busque trincheiras distintas na geografia política do país, uma curiosa inquietação define o governo, tragédia!

É a maneira que todos encontram para dar definição objetiva ao elefante dourado que subiu a rampa do Palácio do Planalto.

Essa concordância unânime de opiniões é daquelas que rompem todos os esconjuros que se pode ter de uma administração pública com a diabólica e assombrosa gestão Bolsonaro que, hoje, estarrece o planeta depois do incêndio criminoso na Amazônia, orquestrado de dentro do Palácio do Planalto.

Bolsonaro, em momento algum se comportou como um presidente, e sim como um moleque que se diverte com suas vinganças espalhadas nos terrenos que ele sempre odiou.

Na garupa de Bolsonaro veio o que existe de mais sombrio na sociedade brasileira. Ele produziu a cada dia uma nova treva no país, um novo pesadelo, traindo a soberania do Brasil e arrotando patriotismo. Esse é Bolsonaro, o espelho abundante de um projeto nascido na ponte entre Rio e Curitiba, entre Moro e os Marinho, engrossado por toda a escória da classe dominante, formando uma legião de golpistas para asfixiar o povo pobre, os negros, os índios, os gays, a educação, a cultura, a ciência e, sobretudo roubar a alegria e a esperança dos brasileiros e o futuro do país.

Ao contrário do que interpretou Dallagnol, em sua mais recente entrevista, Bolsonaro não se apropriou indevidamente da pauta anticorrupção que a Lava Jato dizia carregar em sua tarefa, ele é a grandiosa tragédia que assistimos ao vivo extraída desse projeto que farejou espaço político na mídia para produzir um sentimento coletivo de apoio a todas as ações ilegais e criminosas de Moro e procuradores.

Bolsonaro é uma mentira do tamanho da Lava jato, sem tirar nem por. Evidentemente que, como tal, o castelo de cartas está desmoronando, seja pelo lado da Lava Jato com o Intercept, seja pela própria sobrevivência do clã Bolsonaro, desonrado pelo caldo de crimes que vem na esteira do personagem Queiroz.

Bolsonaro não se importa em ser desmentido diariamente, ele zomba da sociedade com mais uma mentira para desmaterializar a última. E quanto mais é repudiado, mais parece querer sublinhar a asneira que praticou, produzindo mais asneira.

É a forma com que ele imagina que vai se sustentar debaixo dos escombros do seu próprio governo, não vai, porque ele está se desmanchando a cada dia. E, sem terra firme para se sustentar, o seu pescoço, enfeitado com rosário de capim, tende a ser entregue à guilhotina num tempo mais curto do que se imagina.

Este, na realidade, é o sentimento que trazem todos os que observam Bolsonaro. Seu mandato está em posição avançada no corredor da morte.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro x Moro: dois imundos numa guerra suja

Eu atirei, ele atirou, e nós trocamos tantos tiros
Que até hoje ninguém sabe quem morreu. (Kid Morengueira)

Não tá fácil para ninguém, é fato. Mas para quem se achava indestrutível, com futuro brilhante na política depois de entregar a cabeça de Lula na bandeja para seu patrão vencer a eleição, Moro está diante de uma avenida de mata-burros e sabe que não tem como cruzá-la. Sem a Globo para lhe servir de escora no bombardeio do Intercept e sem carteira da OAB para exercer a função de advogado, Moro viverá de bicos e não tem abrigo nem de sopapo para se entocar. Uma ironia do destino para quem destruiu milhões de empregos em nome de sua ganância.

O fato é que Moro e Bolsonaro são dois moribundos. Nenhum dos dois tem base política, vivem do ódio alheio, daqueles ex-tucanos que vagam na sociedade da ira, uma horda de fanáticos que se atira no colo de quem se mostrar mais beligerante com os pobres, os negros, os índios, os gays. É a xepa da xepa daqueles que se perderam em devaneios apoiando, por questão de classe, o falido tucanato.

É só observar o que demonstra o ambiente de marasmo que se tornaram os grupelhos da direita bancados por Lemann e cia., como o Vem pra Rua e MBL, que se distanciaram muito de Moro e de Bolsonaro, porque sentem que, na posteridade próxima, há uma bomba na cava do colete tanto de Moro quanto de Bolsonaro para um explodir o outro, sem que nenhum dos dois conquiste a guerra, porque qualquer um que cair vai, à noite, puxar a perna do outro. Isso, se não morrerem abraçados.

Bolsonaro, que já estava mal na fotografia com o seu “dia do fogo” na Amazônia, viu a crise de seu governo se agigantar com a inesperada descoberta da Veja sobre o paradeiro de Queiroz, pior, este se transformou numa espécie de miliciano ostentação, pois trata sua doença no hospital mais caro do país e mora num bairro com os metros quadrados mais caros de São Paulo. Isso, para quem é motorista e diz que engrossa sua sopa com bico de vendedor de automóveis, beira a uma comédia bufa. E o Brasil quer saber quem paga a milionária conta, porque a resposta é óbvia.

Bolsonaro tratorou Moro e moveu terras e mares, dentro do governo, derrubando e incendiando instituições para que elas não chegassem a Queiroz mas o fantasma de sua ópera apareceu na capa da Veja e, para piorar, tudo indica que aí entra a mão invisível de Moro. Michelle Bolsonaro talvez seja gerente de um caixa 2 descoberto pela turma da Lava Jato no Coaf.

O fato é que gambá cheira gambá. E Moro, que está dando os últimos suspiros com as revelações do Intercept com Dallagnol e cia, está prestes a ver desabar à sua frente o monumento lavajatino por um quadro sistêmico de ilegalidades da república de Curitiba e ele se transformar, da noite para o dia, de herói nacional a principal vilão da nação.

Na verdade, não há saída para Bolsonaro e, muito menos, para Moro. O umbral os aguarda para hospedá-los em breve.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Intercept emparedou a Globo e os Marinho deixam Moro com a brocha na mão

Sem a capa de super-homem que a Globo lhe emprestou, Moro não dispõe mais da força nos braços para esmurrar a constituição e promover todos os absurdos que cometeu como juiz da Lava Jato. O mesmo pode ser dito de Dallagnol, que, da noite para o dia, anda vendo o mundo de cabeça para baixo, depois de construir uma carreira primorosa de palestrante, com ganhos extraordinários, parece que a fecundíssima fonte secou em consequência dos vazamentos do Intercept.

É que os Marinho, diante da realidade escancarada pelo Intercept, deram uma forte guinada no leme, norteando o Jornal Nacional a transformar Bonner em Pilatos em busca de um remanso em meio ao tormento provocado pelos vazamentos, até porque, pelo que disse Glenn em entrevista na TVT, o que certamente alarma a Globo, ele tem um vasto material das relações nada republicanas da Globo com os procuradores da Lava Jato, avalizados por Moro.

Sem esse sistema de lentes que a Globo usava para ampliar a musculatura da Lava Jato, as respostas que Dallagnol, Moro e cia. dão a cada vazamento se transformaram em balas perdidas, pior, eles agora é que não têm blindagem nenhuma e se encontram em recinto nada adequado a céu aberto no momento em que estão sendo bombardeados, quase diariamente, com as revelações cirúrgicas que estão explodindo na cabeça dos procuradores e de Moro.

Não há nenhum espetáculo em vista no Jornal Nacional protagonizado pela Lava Jato, com o japonês da Federal, por exemplo. Moro hoje está tão fora de moda na Globo quanto o Capitão Furacão, Nacional Kid e o Vigilante Rodoviário. Sim, Moro para a Globo agora é coisa do passado. O que ela quer é ficar bem longe do espelho para ter o mínimo possível de contaminação com a cascalheira que cai sobre a cabeça dos procuradores e de Moro.

A Globo não quer fazer ondinha, não quer se enlamear publicamente mais do que já se enlameou, ela já farejou no ar que o sangue de suas vítimas em parceria com a Lava jato já não é mais delas, mas deles próprios e desistiu de tentar blindar os ex-inatingíveis procuradores e juiz da Lava Jato.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Glenn Greenwald revela: Jornal Nacional atuava como parceiro da Lava Jato

“No Jornal Nacional, o (William) Bonner (apresentador) apenas falava o que tinha recebido da força-tarefa, com uma audiência enorme, sem nenhum trabalho jornalístico”, disse o jornalista em entrevista que vai ao ar nesta quinta-feira (29), a partir das 22h, na TVT.

O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, veículo responsável pela série Vaza Jato, será entrevistado nesta quinta-feira (29) no programa “Entre Vistas”, da TVT, comandado por Juca Kfouri. A conversa vai ao ar às 22h e vai tratar da Lava Jato, da parcialidade de parte do sistema de Justiça no Brasil, do poder da informação e as relações entre a mídia e a democracia.

“A imagem de Moro foi construída como herói sem desafios. Durante cinco anos, a mídia aplaudiu tudo do Moro. Mas mesmo a Veja, que fez isso, hoje é nossa parceira. Em dois meses é difícil abalar uma imagem construída em tanto tempo. Moro ainda é ministro, mas é uma figura mais fraca. As mudanças são sutis”, disse Glenn em trecho da entrevista.

“No Jornal Nacional, o (William) Bonner (apresentador) apenas falava o que tinha recebido da força-tarefa, com uma audiência enorme, sem nenhum trabalho jornalístico. Atuavam como parceiros”, destacou o jornalista em outro ponto da conversa.

Glenn ganhou destaque no cenário nacional após o Intercept passar a divulgar as reportagens da Vaza Jato com conversas vazadas de procuradores do MPF responsáveis pela Operação Lava Jato revelando uma trama marcada por ilegalidades, abus0s e perseguições, feita sob tutela do ex-juiz federal e atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O programa vai ao ar às 22h na TV e no YouTube e vai contar também com as jornalistas Eleonora de Lucena, co-presidenta da Tutaméia TV, e Vanessa Martina Silva, editora da Revista Diálogos do Sul.

 

 

*Com informações da Forum

 

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Em 24 horas Moro sofre sua 2ª derrota no STF, agora a favor de Lula

Fachin determina retorno de processo de Lula à fase de alegações finais.

A decisão do ministro Edson Fachin foi dada em um pedido feito pela defesa do ex-presidente para suspender a ação penal do Instituto Lula e que estava pronta para ser julgada na Segunda Turma. Fachin ordenou que a Justiça ouça primeiro os réus delatores e depois os réus delatados, como na decisão que anulou a sentença de Sérgio Moro contra Aldemir Bendin.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin impôs nesta quarta-feira (28) uma nova derrota à operação Lava Jato e determinou que o processo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu pelo caso do Instituto Lula retorne à fase de alegações finais.

A decisão foi dada em um pedido feito pela defesa do ex-presidente para suspender a ação penal do Instituto Lula e que estava pronta para ser julgada na Segunda Turma. O processo entrou na pauta de julgamentos de terça (27), mas não chegou a ser analisado.

Fachin ordenou que a Justiça ouça primeiro os réus delatores e depois os réus delatados, como entendeu ser necessário a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (27) em relação à condenação do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Ademir Bendine.

Com base nesta decisão da 2ª Turma do STF, a defesa do ex-presidente Lula entrou com novo pedido de habeas corpus junto ao Supremo, solicitando que a decisão que anulou a sentença do ex-juiz Sérgio Moro contra Aldemir Bendine seja estendida aos seus processos.

 

 

*Com informações do 247

 

 

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Há vida nos escombros do judiciário: Moro sofre sua primeira e acachapante derrota no STF

“É preciso reconhecer que o STF é cúmplice dessa gente ordinária e que também participou de um grande vexame”. (Gilmar Mendes)

Parece que outros ministros do STF chegam às mesmas conclusões de Gilmar Mendes e, enquanto o país ainda estarrecido com as revelações do Intercept com mensagens pernósticas dos procuradores da Lava Jato, tripudiando sobre a dor de Lula com a perda de sua esposa, irmão e neto, Gilmar achincalha com Moro e os procuradores, mostrando que eles mergulharam num pântano de crimes justificados por um suposto combate à corrupção.

Aldemir Bendine foi condenado por Moro em 2018 com uma pena de 11 anos pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão foi confirmada no TRF-4 à segunda instância, mas o processo não teve continuidade porque os recursos não foram analisados. Nesta terça-feira (27) a Segunda Turma do STF anulou a condenação de Aldemir Bendine.

Moro, pela primeira vez, foi derrotado sumariamente. Gilmar Mendes aproveitou a primeira grande derrota de Moro para mostrar que a Lava Jato é um supremo engodo. Com isso, Moro perde feio no campo de batalha político num ambiente que lhe foi favorável durante cinco anos.

A apoteose de Gilmar Mendes incluiu uma extensa lista de denominações da quadrilha de Curitiba. A derrota de Moro tinha que ser completa na compreensão de Gilmar Mendes. Por isso era importante traduzir em português grosso os motivos jurídicos e políticos daquela, que pode ser a primeira das muitas derrotas que esperam Moro na sequência dos fatos.

Nada está garantido, é verdade, não se pode ainda comemorar a queda de uma mistificação criada pela Globo. Mas a Lava Jato está mais do que bichada, sobretudo depois que o Intercept mostrou a latitude das entranhas clandestinas que se escondiam no esgoto de Curitiba.

Os ratos foram colocados à luz, reduzidos ao que de fato são, caricaturas de procuradores que ganharam cor e forma em decorrência dos holofotes que a Globo lhes deu. Isso ruiu, não há dúvidas.

Os mistificadores começam a vir a público pedir desculpas, como foi o caso da procuradora Jerusa Viecili. Mas longe de significar que eles terão águas mansas. A derrota de Moro pelo STF e, consequentemente a derrota dos procuradores, derrubou o primeiro mármore divino de uma muralha que até pouco tempo se achava intransponível.

Com os vazamentos do Intercept, parece que a opinião geral da sociedade mudou radicalmente depois da tomada de consciência de que tudo da Lava Jato não passou de uma grande farsa.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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O que o Intercept tem revelado é que a Lava Jato só tem contra Lula ódio em estado puro

Nenhum brasileiro teve a vida tão violentamente devastada pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal do que Lula. E o que se vê na troca de mensagens entre procuradores comprovadamente corruptos, ideológicos e fascistas? Provas? Não, o que se vê é um sombrio quadro de ódio contra Lula, com ar tão macabro como as milícias que orbitam no clã Bolsonaro. Daí a afinidade ideológica confessada pelo procurador Carlos Fernando dos lava-jatistas com o incendiário amazônico.

Lógico que é indivisível o fascismo e a corrupção. Na verdade, essas duas combinações fazem parte de emaranhado de atitudes vis em que uma atitude empresta à outra seus sentimentos para que a coisa se galvanize como miséria humana. É isso que encontramos nos vazamentos revelados pelo Intercept em mensagens trocadas entre os procuradores da Lava Jato e Moro. Revelações que mostram uma gente ruim, corrupta, totalmente descompromissada com qualquer senso ético, seja do ponto de vista profissional ou humano.

Parece que Moro quis fazer uma escultura fascista quando escolheu a dedo os procuradores que serviriam a sua trama contra Lula, e neles depositou toda a confiança de que poderiam cumprir, por intermédio do berro da mídia contra Lula, aquilo que estava em seu script.

Foi uma forma de prevenir o que também revela a vaza jato, que Lula foi condenado pelos estrondos do Jornal Nacional, porque prova contra ele, não há.

E as mensagens revelam mais, que Lula foi e é uma vítima permanente da crueldade sórdida dos procuradores. Não há entre eles, mesmo que de forma modesta, qualquer mensagem que mencione um documento a não ser aquele que Moro queria que Dallagnol plantasse na mídia através de uma certa testemunha para produzir clandestinamente uma ação contra Lula.

Até aqui, o que se avalia é que nem entre eles se admite que Lula não seja um corrupto, mesmo que esses procuradores não tenham produzido uma prova ou indício de corrupção do ex-presidente. O que se vê, de forma implacável contra Lula, é ódio em estado puro, belicosidade verborrágica, latidos raivosos a cada mensagem, mas um silêncio absoluto sobre o tema prova. Afinal, é para isso que serve o Ministério Público, investigar e produzir as provas da acusação e não fazer monumentos autoproclamatórios ou tungar bilhões de dinheiros resgatados para criar, através de fundações, uma forma de saquear os cofres públicos.

A acusação contra Lula é cheia de detalhes vazios de qualquer significação que possa conduzir a uma concepção que beire a atitude de roubo ou corrupção. O projeto desses calhordas de Curitiba tem, na essência, o belicismo midiático, a força de aniquilamento de reputação de quem cruza na frente dos interesses dos que estão por trás dessa milícia curitibana. E isso inclui nomes de banqueiros e do alto coturno das Forças Armados, aliados ao fígado de Bolsonaro.

Na verdade, a vaza jato revela uma maquete daquilo que foi essencial à ordem dos procuradores, aniquilar Lula pelo ódio e não pelas provas.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro, que colocou na rua a Força Nacional contra estudantes, ignorou pedido do Ibama para combater o Dia do Fogo

“Saliento que já foram expedidos ofícios solicitando apoio da Força nacional de Segurança, entretanto até o momento não houve resposta”, afirmou o coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Renê Luiz de Oliveira em despacho assinado dia 12 de agosto.

De acordo com o Ministério Público Federal do Pará, as Forças de Segurança Nacional foram alertadas sobre os planos de ação criminosa de queimadas na região Amazônica e o Ibama também solicitou ajuda, não foram ignorados pelo Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.

Segundo documentos do MPF, foi enviado um ofício em 7 de agosto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis) que alertava sobre planos de produtores rurais para realizarem uma queimada na região do Município de Novo Progresso, que aconteceria dia 10 de agosto de 2019 como forma de manifestação.

O ofício afirma que “a manifestação dos produtores rurais, caso levada a cabo, ensejará sérias infrações ambientais que poderá [sic], até mesmo, fugir ao controle e impedir a identificação da autoria individual, haja vista a perpetração coletiva”.

Em 8 de agosto, o analista ambiental do Ibama Luciano Souza da Silva assinou despacho com a recomendação de que fosse feita uma fiscalização “in loco” e articulação com autoridades competentes para apuração em conjunto.

Em 12 de agosto, o Ibama respondeu o ofício do MPF e informou que as ações de fiscalização encontravam-se prejudicadas pela ausência de apoio da Polícia Militar, o que colocava em risco a segurança das equipes em campo.

 

*Com informações do 247