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Marco Aurélio Mello diz que Toffoli não tem ‘procuração’ do STF para negociar pacto com demais poderes

Para o ministro, o pacto proposto por Bolsonaro não é viável do ponto de vista do Judiciário.

O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, na noite desta quarta-feira, que o presidente da Corte, Dias Toffoli, não tem “procuração” para representar o Judiciário na articulação de um pacto, com os chefes dos demais Poderes, para acelerar a aprovação de pautas de interesse do governo.

— Esse problema de comparecer, de manter uma interlocução, isso aí cada qual define quando está na presidência (do STF). É o estilo do ministro Toffoli. Temos, de início, que respeitar, nós do colegiado. Mas ele não compromete de forma alguma o Judiciário, mesmo porque ele não tem procuração para isso — afirmou Marco Aurélio.

A participação de Toffoli em reunião, nesta terça-feira, com o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi considerada inadequada por especialistas. Isso porque, eventualmente, a Corte terá que se posicionar sobre a constitucionalidade de leis propostas por Legislativo e Executivo.

Para Marco Aurélio, o pacto proposto por Bolsonaro não é viável do ponto de vista do Judiciário:

— O pacto é viável na área administrativa, mas na área jurisdicional não existe, porque o Supremo é um colegiado. O presidente (Toffoli) é o coordenador apenas desse colegiado.

O ministro, que presidiu o STF de 2001 a 2003, disse ter uma visão “ortodoxa” sobre a atuação no cargo:

— Não passaria pela minha cabeça preconizar um pacto e muito menos ir ao encontro dos demais chefes de Poder, onde fosse, para debater esse pacto.

Bolsonaro recebeu o chefe dos demais Poderes dois dias depois dos atos de rua favoráveis a seu governo e com críticas ao Legislativo e ao Judiciário.

 

 

 

*Do Globo

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Vídeo – Vem aí o corte de salário dos servidores: STF deve permitir, diz advogado-geral da União

Para o ministro André Luiz de Almeida Mendonça, advogado-geral da União, o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) será favorável à possibilidade de redução de salários de servidores públicos. O tema foi analisado em fevereiro e será retomado em 6 de junho. Mendonça conta com deliberação rápida da Corte. Acha que será favorável à União, que defende a liberdade para reduzir os vencimentos do funcionalismo em situações específicas de dificuldade fiscal.

Mendonça defendeu a constitucionalidade da versão mais recente do decreto que flexibiliza a posse e o porte de armas. E também da MP da Liberdade Econômica, criticada por vários advogados. A AGU e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) estão finalizando os detalhes de 1 seminário para debater o tema em 17 de junho.

Pastor presbiteriano, Mendonça integra os quadros da AGU desde 2000. O ministro concedeu entrevista ao Poder360. Assista à íntegra abaixo.

(29min35seg):

 

 

 

 

 

*Com informações do Poder 360

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Após manifestações neofascistas, STF toma medidas de proteção a Dias Toffoli, incluindo a divulgação de sua agenda

As manifestações pró-Bolsonaro pediram o fechamento do STF e este tomou medidas de proteção ao seu presidente, Dias Toffoli.

O Supremo Tribunal Federal tornou menos transparente a divulgação da agenda do presidente da Corte, o ministro Dias Toffoli. Antes, a agenda era divulgada com antecedência. Agora, a presidência do STF vai “avaliar o melhor momento de publicação dos compromissos ao longo do dia”.

A Corte atribuiu a mudança a questões de segurança, um dia depois de os ministros serem alvos dos atos pró-Bolsonaro de caráter neofascista registrados pelo país neste domingo (26). Além dessa medida, o Supremo, no final do ano, reforçou sua frota de carros blindados e comprou armas não letais (como as de choque) para uso dos seguranças.

Na manhã desta segunda, Toffoli participou de um seminário internacional sobre a lei de proteção de dados na internet, representando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O compromisso foi divulgado no site do STF quando já estava para começar.

 

 

 

*Com informações do A Postagem

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Opinião

Coisas que não se encaixam nas manifestações pró-Bolsonaro; algo está muito errado

Vamos lá.

Bolsonaro depende de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, para aprovar suas medidas contra o povo, sendo a principal, a reforma da Previdência. As manifestações de hoje pedem o impeachment e ou a morte de Rodrigo Maia, além do fechamento do congresso.

STF que, em suas decisões, sempre beneficiou a direita, desde o “mensalão, passando pelo impeachment (golpe) de Dilma, quando se calou e deixou as coisas rolarem. A prisão de Lula, as muitas negativas a diversos habeas corpus dele, a demora em liberá-lo para velar seu irmão, entre muitas outras decisões contra a esquerda. Os manifestantes de Bolsonaro pedem o seu fechamento. Isso, sem falar das investigações contra o clã Bolsonaro, com provas evidentes, que caminham em passos pra lá de lentos.

Davi Alcolumbre, presidente do Senado, é do Dem, partido de direita que tem três ministros no governo Bolsonaro, entre eles, Onix Lorenzoni, Ministro da Casa Civil. Os manifestantes pedem a saída dele para deixar o Brasil crescer.

Os manifestantes, muitos ricos, mas nem todos, apoiam a reforma da Previdência, a mesma que só traz prejuízos para o pobre e para a classe média de modo geral.

Descrever a cabeça de Bolsonaro é chover no molhado.

Dá pra imaginar o que vem depois dessas manifestações?

Tenho que concordar com o que disse Roberto Requião: “Tenham paciência com os eleitores de Bolsonaro, o cérebro deles é como caixa preta de avião, só abre depois da tragédia”.

A conferir.

 

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Haddad: “Colocaram um burro na presidência que só quer armar a população”

Caravana Lula Livre, comandada pelo ex-ministro da Educação e pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, está em Santarém, Pará.

Comandada pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT) e pela deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a Caravana Lula Livre chegou nesta sexta-feira (24) em Santarém, no Pará.

Ambos participaram de um ato em defesa da educação, na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Em discurso, Haddad ressaltou a relevância das práticas de inclusão dos governos do PT. “A imprensa dizia que nós, com a política de colocar os negros e pobres na universidade, íamos acabar com a qualidade. Falavam que era um lugar de mérito e que não podia entrar qualquer um”, destacou.

“Vocês mostraram para essa elite do que são capazes. Do que foi o dia 15 de maio. Eles acharam que as ruas e a bandeira eram deles. Vocês demonstraram que tem um projeto de país muito mais sofisticado que eles. Eles falavam que a gente ia colocar gente sem inteligência e capacidade na universidade, mas foram eles que colocaram um burro na presidência, que só quer armar a população”, acrescentou Haddad.

O ex-ministro da Educação também ressaltou a importância da luta pela liberdade do ex-presidente Lula, outro objetivo da caravana.

“Fazemos justiça para todos, mas também para cada um. E se tivermos um injustiçado, temos que olhar para ele. E hoje, infelizmente, temos um preso político nesse país, que é o ex-presidente Lula”, afirmou.

Haddad mencionou, ainda, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta (23), de criminalizar a homofobia. “Nosso Brasil é o Brasil que se expressou pela decisão de ontem no STF, de que não vamos aceitar nenhuma descriminação ou preconceito”.

Gleisi Hoffmann também destacou a importância da luta pela educação. “Uma das coisas mais importantes é que mudamos o perfil do ensino universitário brasileiro. Hoje, 70% dos alunos vêm de família de baixa renda e isso graças à força da educação da escola pública, que foi importante para que o filho do trabalhador, filho daqueles que dão duro para construir esse país, dos negros, da população indígena pudessem chegar a universidade”, disse Gleisi.

 

 

 

 

 

*Com informações da Agência PT de Notícias

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“Bolsonaro é como Nero, incendeia todo o país. Não quer construir, apenas destruir”, diz Lula em entrevista a uma revista alemã

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparou o presidente Jair Bolsonaro a Nero, o imperador que ateou fogo em Roma. “Bolsonaro é como o imperador romano Nero: incendeia todo o país. Não quer construir, apenas destruir”, disse Lula em entrevista em Curitiba à revista alemã Der Spiegel. Para Lula, feito prisioneiro político em 7 de abril de 2018, Bolsonaro é um “perigo” para o país.

Lua afirmou ao jornalista Von Jens Glüsingque é alvo de um “processo político” e que a Justiça ainda não conseguiu provar sua culpa. “Queriam impedir minha candidatura”, afirmou. A entrevista foi publicada na edição online da Der Spiegell desta sexta-feira (24).

O imperador romano Nero Cláudio César Augusto Germânico, que governou entre os anos de 54 a 68 da era cristã, ficou conhecido por causa do incêndio que devastou Roma no ano de 64, apesar de não haverem evidências de que ele tenha sido o responsável pelo fato.

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Lula tem o direito a conceder entrevistas, ele já concedeu quatro entrevistas à veículos de imprensa. Para a Der Spiegel, Lula reafirmou que é alvo de um “processo político” que visava impedir sua candidatura à Presidência da República na última eleição.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247

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Milícia de robôs de Bolsonaro bombam nas redes memes de divulgação do dia 26 de maio

Agrupadas em torno da hashtag ‘Ore pelo Brasil’, as mensagens sugerem um golpe e pedem o fechamento do Congresso e do STF.

Robôs apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) começaram a espalhar memes nas redes sociais, na manhã desta segunda-feira (20), convocando para as manifestações do próximo domingo (26).

Agrupadas em torno da hashtag ‘Ore pelo Brasil’, as mensagens sugerem um golpe e pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com informações do Painel, da Folha, também têm sido feitas convocações através de grupos de WhatsApp. Os chamados disparados até agora miram o núcleo mais radical do bolsonarismo. Há um esforço para reengajar caminhoneiros.

O áudio de um dos líderes afirma o seguinte: “O ideal é todos partirem para Brasília (…). Fechar o Congresso e sitiar aquele povo. Chamar o Bolsonaro para tomar uma atitude. Se não deixarem, as Forças Armadas.”

 

 

 

 

*Com informações do A Postagem

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Outros poderes atuam para barrar o decreto do porte de armas editado por Bolsonaro

Especialistas explicam que atitude do presidente é inconstitucional e caracteriza abuso de pode.

O porte de armas no Brasil foi facilitado com a publicação do decreto nº 9.785 pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), no último dia 7 de maio. Outros poderes, entretanto, discordam da legalidade da medida tomada pelo Executivo.

O entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) é de que o decreto fere o Estatuto do Desarmamento.

O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, entrou com pedido de suspensão imediata à Justiça.

Além disso, uma iniciativa de senadores visa barrar o decreto do porte de arma com projeto a ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para Felippe Angeli, especialista em relações internacionais do Instituto Sou da Paz, a atitude do presidente de alterar substancialmente o Estatuto fere a legislação.

“A lei [Estatuto do Desarmamento] aprovada pelo Congresso Nacional veda de forma muito expressa. O porte [de arma] é proibido em território nacional e ali estabelece algumas exceções. A presidência poderia regulamentar as exceções e não ampliar na questão do porte, como fez para várias categorias”, explica Angeli.

::Moradores de áreas rurais e diversas categorias terão porte de armas facilitado::

O especialista explica que a competência da presidência se dá somente no âmbito de detalhar e trazer interpretações, mas nunca alterar o conteúdo, como fez Bolsonaro com o decreto do porte de arma. Ele considera a atitude “completamente inconstitucional” e afirma que ela dá base para os pedidos de suspensão que já estão em vigor.

O principal ponto do decreto é a ampliação do porte de arma de fogo para quase 20 categorias profissionais, entre elas políticos, caminhoneiros, moradores de área rural e jornalistas de cobertura policial. Em pronunciamento, o presidente também incluiu atiradores esportivos, caçadores e praças das Forças Armadas.

Segundo João Telésforo, membro do Núcleo de Atuação Política do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), o Brasil detém recorde em homicídios com arma de fogo no mundo. Ele ressalta, porém, que os números poderiam ser bem maiores caso o Estatuto do Desarmamento não tivesse sido aprovado. A principal função do Estatuto foi atuar na diminuição de circulação de armas de fogo pelo país.

“A curva de crescimento se atenuou, o número elevado de mortes por arma de fogo no Brasil tem vários fatores, mas um deles é exatamente a facilidade de obter armas de fogo e o estatuto atenuou isso”, explica Telésforo.

Ele explica que as consequências de alteração do Estatuto pelo decreto de Bolsonaro podem sentenciar o país a mais mortes, e cita o risco de que os impactos do chamado “decreto da morte” aumentem a violência contra a mulher e conflitos no campo. Para o integrante do IBCCRIM, o governo Bolsonaro está dando carta branca para matar ao mesmo tempo em que está armando as pessoas.

::Decreto do porte de armas afronta Estatuto do Desarmamento, dizem técnicos do Senado::

Telésforo também adverte que a questão da ampliação do porte de arma vai muito além do ideal conservador. Ele se remete à atitude de submissão do presidente aos EUA e empresas estadunidenses.

“Estamos enfrentando interesses de grandes corporações. Não é simplesmente uma ideologia conservadora que está em jogo aqui. Está em jogo um interesse corporativo tentando sequestrar as decisões do estado brasileiro”, argumenta.

Para contrapor às tentativas de suspensão do decreto de Bolsonaro, Telésforo revela que há articulação da bancada da bala para apresentar um PL que amplie ainda mais porte de armas no campo.

O especialista entende que é preciso pressão popular, e explica que não “se pode depender somente das instituições nos dias de hoje”. Ele também aponta que é justamente o medo da pressão popular que provavelmente fez com que Bolsonaro caminhasse por “vias ilegais” ao tentar liberar o porte de armas, já que se seguisse o que determina a lei, seria necessário que o presidente encaminhasse um projeto de lei ao Congresso Nacional.

 

 

 

 

*Com informações do Brasil de Fato