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Randolfe diz o que está na boca do povo: ‘Todos os suspeitos da morte de Marielle têm relação com Bolsonaro’

Se essa fala do Senador Randolfe Rodrigues é dita por vozes balbuciadas na surdina, hoje ela está em voga nas bocas maldita, palavras cheias de vibração e emoção.

A surrada lógica do bicho que mia como gato, tem orelha de gato, olhos de gato, pelo e orelhas de gato, rabo de gato e não é gato, não cola mais, pelo menos não nos intermúndios, becos e bares.

Os rumores sobre esse caso tem se transformado em berros e a segunda pergunta que Randolfe também faz no twitter é ainda mais auspiciosa. A questão é: quem mandou matar?

Na verdade, a pergunta de Randolfe como a de todos, já vem com a resposta na primeira afirmação e não precisa mais que o canarinho belga cante isso no ouvido da população, pois a atmosfera em torno dessa questão está cada vez mais azeda para o lado do clã Bolsonaro.

 

*Da redação

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Auditor da Lava Jato, que multou o Instituto Lula, tem R$ 11 milhões escondidos na conta de mãe

O auditor fiscal que multou o Instituto Lula, Daniel Gentil, e sua mãe, Sueli Gentil, têm R$ 13,9 milhões depositados em 11 contas bancárias. A informação é do Banco Central.

Os valores foram bloqueados por determinação de Bretas, segundo o jornalista Reinaldo Azevedo. Gentil foi preso nesta quarta-feira (2) em uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Ele estava na equipe de auditores que promoveram uma devassa nas contas do Instituto Lula, o que resultou em penalidades de mais de R$ 18 milhões.

O grupo aplica multas aos acusados da operação por sonegação fiscal, e Daniel, subordinado a esse setor, extorquia dinheiro dos suspeitos em troca de anulação das multas por sonegação fiscal decorrentes das descobertas da operação.

O Banco Central informou ao juiz Marcelo Bretas que o auditor fiscal Daniel Gentil e sua mãe, Sueli Gentil, presos nesta quarta-feira (2) na Operação Armadeira, têm R$ 13,9 milhões depositados em 11 contas bancárias.

Desse montante, R$ 10,9 milhões foram encontrados na conta de Sueli. Os outros R$ 3 milhões, na conta de Daniel. Os valores foram bloqueados por determinação de Bretas.

A família Gentil é apontada pelo Ministério Público Federal como a responsável pelo intrincado esquema de lavagem de dinheiro de suspeitos no esquema, entre eles Marco Aurélio Canal, supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava Jato —grupo responsável por aplicar multas aos acusados da operação por sonegação fiscal. Daniel Gentil era subordinado a esse setor.

O grupo foi preso sob suspeita de extorquir dinheiro de investigados na Lava Jato. Em troca, eles anulariam multas por sonegação fiscal decorrentes de fatos descobertos pela operação.

 

 

*Com informações da Folha

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Milícia financia candidatos a conselhos tutelares no Rio, terra do Clã Bolsonaro

De acordo com o MP, esses grupos querem os conselhos tutelares como preparação para futuros quadros para as próximas eleições.

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga a atuação de milicianos e grupos religiosos que estariam de olho nos conselhos tutelares. De acordo com reclamações recebidas, um candidato apoiado por um vereador estaria oferecendo cestas básicas em troca de votos, na Zona Norte do Rio.

De acordo com o MP, esses grupos querem os conselhos tutelares como preparação para futuros quadros para as próximas eleições.

“Nós recebemos a denúncia, vamos ao local, ouvimos as testemunhas e se tiver indício de que há violação quanto ao equilíbrio do pleito, nós podemos pedir a impugnação do mandado”, disse Rosana Cipriano, promotora de Justiça da 1º Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude do MP.

Esses grupos estão mirando os conselhos tutelares pois ali são tomadas decisões importantes, e acabam por servir de trampolim para outros cargos eletivos, como vereador.

“Não pode ser tolerado o ingresso de milicianos e de poder paralelo, o abuso de poder político e religioso. O estado é laico e temos que entender que deve se conferir igualdade de chances aos candidatos que estão na disputa”, disse a procuradora.

Conselheiros tutelares defendem os direitos da criança e do adolescente atuando sempre que houver uma ameaça ou em casos de violência física, psicológica ou abuso sexual. Eles também são responsáveis por pedir serviços de saúde, assistência social e educação. O trabalho não é voluntário, existe remuneração.

 

 

*Com informações do GGN

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Bolsonaro quer invalidar a Vaza Jato e trava guerra com Gilmar Mendes

Jair Bolsonaro defendeu a invalidação das mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato que, segundo ele, teriam sido obtidas ilegalmente. Declaração pode ser o início de um confronto entre Bolsonaro e o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, e os ministros garantistas do STF.

Jair Bolsonaro reagiu à iniciativa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de validar as mensagens da Vaza Jato, o que poderá levar à anulação da Lava Jato, e afirmou nesta manhã (4) que as mensagens divulgadas pelo site The Intercept não devem ser reconhecidas pelo Judiciário. A declaração pode ser o início de um confronto entre Bolsonaro e o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, e os ministros garantistas do STF sob liderança de Gilmar.

“O que é criminoso é criminoso. Respeita a lei. Igual a quebra de sigilo. Se seguiu a lei, tudo bem. Não seguiu, está errado”, disse Bolsonaro ao deixar o palácio do Planalto.

Declaração de Bolsonaro foi feita dois dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ler trechos da Vaza Jato em seu voto no julgamento de um habeas corpus do ex-gerente da Petrobrás Márcio de Almeida Ferreira.

Nesta semana, também veio à tona a informação de que Gilmar e outros ministros também irão solicitar à Procuradoria Geral da República (PGR) a validação jurídica das mensagens de Telegram envolvendo o ex-juz Sergio Moro, o procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, e demais integrantes da operação.

 

 

*Com informações do 247

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Policiais denunciam: Projeto de Flávio Bolsonaro incentiva ações de milícia

Projeto prevê que mortes praticadas por policiais sejam classificadas como suicídios.

Argumento é que, ao se colocar em confronto, suspeito se põe em risco de morrer.

Policiais afirmam que, caso seja aprovado, PL incentivará ações de grupos de extermínio.

Em tramitação no Senado, o PL (Projeto de Lei) nº 4640, de 2019, proposto pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente da República, tem como objetivo transformar mortes decorrentes de intervenções policiais em “suicídios” e retirar a responsabilidade sobre essas mortes dos policiais do país.

Segundo anuário do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), enquanto o número de mortes violentas caíram 10,4% entre 2017 e 2018, durante o governo do presidente Michel Temer (MDB), o número de mortos pelas polícias subiu 20%. Esses casos, atualmente, geram inquérito e podem ser apreciados por corregedorias e justiças militares e comuns de cada estado.

O PL de Flávio Bolsonaro (veja os pontos ao final do texto) prevê que, ao se colocar em uma situação de confronto, um criminoso assume o risco de morte, retirando, assim, a responsabilização do policial.

Policiais que poderiam ser agraciados com o PL, no entanto, criticam a proposta e apontam que, caso seja aprovada, incentivará “maus policiais”, grupos de extermínio e milícias.

Os profissionais de segurança pública formam a base eleitoral do senador.

“Vai favorecer policiais que agem de forma ilegal dentro da instituição. Isso tende a proteger milícias, a favorecer policiais que possam agir na ilegalidade. Não vejo como valorização policial. É algo que está na linha do discurso ao ódio, do policiamento sem medida. Polícia tem que prestar contas. Se está lidando com o direito à vida das pessoas, você tem que prestar contas”, afirma Alexandre Rocha, delegado no Distrito Federal.

“O que me chama a atenção é ver que até parte das polícias acham que isso é uma valorização. Os políticos deviam revisar condições de trabalho e estrutura da polícia. Essa ideia de que polícia entra o tempo todo em confronto é algo mais palatável nesse discurso atual. Na prática, o confronto é mais esporádico”, complementou o delegado.

A opinião é corroborada pela tenente-coronel da reserva Cristiane Socorro Loureiro Lima, da Polícia Militar do Pará. Ela é doutora em ciências sociais e professora da Universidade da Amazônia, na capital paraense.

“É uma total aberração jurídica”, afirmou. Ela diz acreditar que, caso seja posta em prática, a medida pode aumentar a letalidade policial, além de impulsionar práticas de grupos de extermínio e de milícias. “Armas devem ser usadas apenas para preservar vidas.”.

Se no Brasil se comemora uma ocorrência policial com resultado de morte, isso é um total reforço dessas ações. Cristiane Lima, tenente-coronel da PM-PA.

O tenente-coronel Adilson Paes de Souza, da reserva da PM de São Paulo, vai além. Segundo ele, apenas o fator de existir essa proposição já é um incentivo para grupos de extermínio e milicianos. “Essa proposta faz com que se sintam amparados, no sentido de que suas ações ficarão impunes. Porque nem seriam processados por homicídio”, afirmou.

“Se esse projeto foi aprovado em alguma comissão do Senado, já é um absurdo. Porque não tem nenhuma base. Mas vamos supor que seja aprovado e vire lei: é totalmente inconstitucional. Fere princípios constitucionais”, complementou. No artigo 5º, a Constituição Federal garante a inviolabilidade do direito à vida.

Já o sargento Elisandro Lotin de Souza, da Polícia Militar de Santa Catarina, afirmou que o projeto “não resolve nem sequer minimiza os problemas da área e, propositadamente, desvia a atenção dos reais e necessários debates, seja na perspectiva dos policiais ou mesmo da maioria da população”.

Segundo o sargento, “até o momento, nenhum projeto de lei tratou das questões que historicamente afligem estes profissionais, como questões atinentes a um piso nacional, mudanças nas carreiras, modernização nos arcaicos regulamentos disciplinares onde, por exemplo, policiais são punidos e presos por questões administrativas internas”.

Como Flávio justifica o projeto de lei Segundo o “suicídio por policial” proposto por Flávio Bolsonaro, “não há crime quando o agente policial ou de segurança pública previne ou repele injusta agressão a sua vida ou a de outrem, utilizando-se de força letal contra o agente que durante ou após o cometimento de infração penal, e impossibilitado de evadir-se, se recusa a negociar ou a se entregar, e demonstra comportamento de que aceita ou assume o risco de que a situação se resolva com sua própria morte”.

 

 

*Com informações do Uol

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Lula recebe Prêmio de Cidadão Honorário de Paris, Moro se desespera e convoca o comédia Palocci

Esmagado pelo tamanho de Lula perante o mundo, com premiações, manifestos em vários países, denunciando a sua prisão política, Moro, sentindo que vai ter que arcar com as consequências de seus crimes, busca seus últimos suspiros no puído Palocci e suas histórias fantasiosas.

Isso mostra a aridez em que se encontra a Lava Jato que já esteve na moda, mas hoje anda na banca de liquidação, a 1,99. Prestes a ver o STF validar as mensagens vazadas pelo Intercept Brasil, Moro e seu bando de aspirantes de heróis vão sentindo o gosto cada vez mais amargo do refluxo que apenas começou contra toda a trama cruel que montaram contra Lula e, consequentemente contra os trabalhadores, a economia e o país como um todo.

Convocar Palocci a essa altura do campeonato, com seus furúnculos fantasiosos, para delatar suas mentiras ligadas a Lula, é confissão de falência de Moro e dos lavajatistas que estão nas trevas e cada dia mais bichados.

Na realidade, o que eles ainda não perceberam é que essas premiações que Lula vem recebendo são apenas um broto, uma amostra grátis das manifestações internacionais que virão de fora para dentro do Brasil, denunciando o cárcere político de Lula e a manipulação jurídica de Moro e seu bando.

E se Moro tem o Palocci como muleta, ele está mais manco do que se imaginava e em consonância com o colapso do próprio governo Bolsonaro do qual ele é o Ministro da Justiça. Ou seja, o rato não tem para onde escapar. E não será o topete mal-ajambrado que arrumaram para Palocci que o livrará do esmagamento moral que já lhe pesa dobre os ombros.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Rodrigo Maia e grupo do pacote anticrime querem que PF investigue crimes de milícias

O grupo de trabalho que discute o “pacote anticrime de Sergio Moro” na Câmara fechou uma proposta de emenda à Constituição, com apoio de Rodrigo Maia, para que as milícias sejam investigadas pela Polícia Federal.

A jornalista Andréia Sadi informa em seu blog que com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o grupo de trabalho que debate o “pacote anticrime” vai propor uma emenda constitucional para investigar as milícias.

A proposta é do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e conta com o apoio de todos os deputados do grupo, segundo a presidente do grupo, a deputada Margareth Coelho (PP-PI).

Maia confirmou que a Câmara vai analisar a proposta e quer avançar no tema. “É um crime tão sério, que a avaliação dos deputados do grupo, com a qual concordo, é de que é melhor a Polícia Federal investigar do que as polícias locais. Vamos trabalhar para avançar no tema na Câmara”, disse ele ao blog.

Vamos trabalhar para avançar no tema na Câmara”, disse o presidente da Câmara.

Originalmente, a proposta estava prevista no relatório do deputado Capitão Augusto (PL-SP) a partir da sugestão apresentada pelo Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), mas a mudança seria incorporada no Código Penal.

Margareth Coelho afirmou que o grupo vai começar a recolher as assinaturas na próxima terça-feira (9).

Isto é, como os deputados defendem que o crime de milícia seja federalizado e, com isso, julgado pela justiça federal, precisa ser feita uma alteração na Constituição que define os tipos de crimes que devem ser julgados pela esfera federal.

 

 

*Com informações do G1

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STF quer validar mensagens da Vaza Jato reveladas pelo Intercept

Em meio a questionamentos sobre os métodos da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal tomará iniciativas para validar juridicamente as mensagens de Telegram envolvendo integrantes da operação.

Por meio do ministro Gilmar Mendes, o tribunal vai acionar a PGR (Procuradoria-Geral da República) para buscar verificar a autenticidade dos arquivos. Outros integrantes do STF apoiam o movimento de Gilmar nos bastidores.

Se a apuração atestar oficialmente a veracidade das mensagens, estas poderão ser usadas em processos com eventuais impactos sobre decisões judiciais e agentes públicos que atuaram na Lava Jato.

As conversas de Telegram, obtidas pelo The Intercept Brasil e divulgadas pelo site e por outros veículos, incluindo a Folha, expuseram a proximidade entre Sergio Moro e procuradores e colocaram em dúvida a imparcialidade, como juiz, do atual ministro da Justiça e a conduta da força-tarefa, incluindo o chefe, Deltan Dallagnol.

Como disse Lula, a casa dos lavajatistas está caindo.

Mas isso é só o começo do refluxo contra a organização criminosa de Curitiba que sequestrou o MPF, PF e Judiciário do Paraná.

O mais irônico é que a Globo que tem omitido os vazamentos do Intercept nos seus telejornais pra proteger Moro, o sócio da novela policialesca da qual a Globo foi a produtora, terá que dar essa notícia e não poderá mais dizer que vem de fonte ilegal se as mensagens vierem validadas pelo STF.

 

 

*Com informações da Folha

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Paris reconhece prisão ilegal de Lula ao lhe conceder título de Cidadão de Honra

A homenagem, entregue apenas 17 vezes a personalidades e lideranças presas como Nelson Mandela, ressalta ameaças sofridas por Lula, sendo impedido de disputar eleições.

A Assembléia Municipal de Paris, na França, atribuiu a Luiz Inácio Lula da Silva o título de Cidadão de Honra da Cidade de Paris, reconhecendo, entre outras razões, a prisão ilegal do ex-presidente Lula e seus esforços em defesa dos direitos sociais, da justiça social e da democracia. A homenagem só foi entregue 17 vezes a personalidades presas ou lideranças ameaçadas, como Nelson Madela, Taslima Nasreen e Shirin Ebadi.

O título é concedido pela capital francesa a figuras que lutam pelos direitos humanos, proteção do meio ambiente e justiça social, por exemplo, e aqueles que foram alvos de injustiças ou ameaças de direitos. O órgão considerou que Lula, cumprindo prisão de oito anos e dez meses em Curitiba, deve receber esta honraria.

De acordo com a jurista Carol Proner, o Estatuto de Cidadão de Honra de Paris só foi atribuído outras 17 vezes, desde que foi criado em 2001, “a personalidades ou em perigo por suas opiniões políticas”. “Após Nelson Mandela, Taslima Nasreen ou Shirin Ebadi, Lula obtém a proteção da cidade de Paris e está reconhecido como um perseguido político, que não beneficiou de um processo justo”, informou Proner.

No documento, a Assembléia expõe entre razões para Lula receber este título a prisão ilegal:

“Considerando que sua prisão ocorreu em 4 de abril de 2018 enquanto ele era candidato nas eleições presidenciais e favorito nas pesquisas eleitorais; (…) que resultou em sua inelegibilidade e na necessidade de seu partido mudar de candidato; (…) que o Comitê de Direitos Humanos da ONU ordenou as autoridades brasileiras a assegurar os direitos civis políticos de Luiz Inácio Lula da Silva, notadamente como candidato; (…) que em outra ocasião, Sergio Moro interveio em julho de 2018 para revogar uma decisão de Justiça, que considerava ilegal a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedindo a sua libertação imediata.”

Frisando a ilegalidade da detenção do ex-presidente e então candidato político, a Assembléia de Paris também destacou “os inúmeros apelos de ex-chefes de Estado europeus, parlamentares franceses e juristas internacionais, denunciando a inconsistência das evidências apresentadas pela promotoria e as condições de detenção de Luiz Inácio Lula da Silva”.

O Conselho de Paris não deixou de fazer referência a um dos responsáveis pela prisão inconstitucional do líder político brasileiro, o ex-juiz Sergio Moro, referindo-se a ele como o “que depois se tornou ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro”, e que foi denunciado pelo jornal investigativo The Intercept, que “revelou que o mesmo juiz teria mantido conversas em particular com os investigadores responsáveis ​​pela Operação anticorrupção da Lava Jato para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva se apresentasse às eleições presidenciais de 2018”.

Em nome da Cidade de Paris, caracterizada pelo “empenho constante em favor dos direitos humanos”, a Assembleia concluiu destacando “o engajamento de Luiz Inácio Lula da Silva pelos direitos sociais, a justiça social, a proteção do meio ambiente e dos povos indígenas, valores compartilhados pela cidade de Paris, e o fato de Lula estar sendo ameaçado por este compromisso, (…) e que por meio da figura de Luiz Inácio Lula da Silva, todos os defensores da democracia no Brasil estão sendo atacados”.

 

 

*Do GGN

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Depois de Janot dizer que ia dar um tiro na cara de Gilmar Mendes, procurador esfaqueia juíza dentro do TRF-3

O procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção foi preso nesta quinta-feira (3/10) depois de tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na avenida Paulista. Ele invadiu o gabinete da juíza Louise Filgueiras, convocada para substituir o desembargador Paulo Fontes, em férias, e chegou a acertar uma facada no pescoço dela, mas o ferimento foi leve.

Sede do TRF-3, na avenida Paulista

Antes de se descontrolar totalmente, o procurador despachara com a desembargadora Cecilia Marcondes, quando já se mostrou alterado. Assunção então foi ao gabinete do desembargador Fábio Prieto, no 22º andar. Ele presidia uma sessão de julgamento e não estava no gabinete no momento.

O procurador, então, desceu as escadas e invadiu a sala que fica imediatamente abaixo, de Paulo Fontes, mas ocupado por Filgueiras durante suas férias.

A juíza trabalhava em sua mesa e foi surpreendida pela invasão do procurador, mas conseguiu se afastar dele —as mesas dos desembargadores são bastante amplas, o que dificultou o acesso de Assunção à vítima.

Diante do insucesso, ele ainda tentou jogar uma jarra de vidro na direção da magistrada, mas errou. O barulho da jarra quebrando foi o que chamou a atenção dos assessores. E o procurador foi imobilizado pelas pessoas que estavam dentro do gabinete durante a ação.

Assunção foi preso em flagrante e no momento aguarda a chegada da Polícia Federal para ser levado da sede do tribunal, na região central de São Paulo. Ele ainda não tem advogado constituído.

Quem viu o procurador se movimentar pelo tribunal comentou que ele parecia em estado de surto e intercalava frases sem sentido com de efeito sobre “acabar com a corrupção no Brasil”. Ao ser imobilizado, o procurador se mostrou confuso. Segundo os seguranças que o detiveram, Assunção afirmou que deveria ter entrado armado no tribunal, “para fazer o que Janot deixou de fazer”.

Neste momento, enquanto a Polícia Federal chega no prédio do tribunal para dar voz de prisão ao agressor, a segurança do TRF está mapeando a sua andança pelo prédio.

Repercussão
“Não bastasse a notícia recentemente divulgada de que um Procurador da República pensou em atentar contra a vida de um ministro do STF, agora temos uma infeliz ocorrência no TRF de São Paulo. Para além de lamentar o ocorrido e se solidarizar com a vítima e todos os colegas do tribunal, urge mais uma vez repensar os níveis de segurança das cortes e dos fóruns, em todo o país”, lamentou Jayme de Oliveira, presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB).

Para Fernando Mendes, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), não pode se admitir qualquer ataque à magistratura. “A magistratura vem sendo atacada simbolicamente nos últimos tempos, e essa campanha nefasta na tentativa de desacreditar a instituição acaba estimulando o comportamento criminoso de indivíduos. Temos de dar um basta a isso.”

Segundo Marcos da Costa, ex-presidente da OAB-SP, “não podemos admitir que se estabeleça um clima de ódio dentro do ambiente que deveria ser marcado pelo respeito entre aqueles que estão a dedicar suas vidas em prol da justiça”.

Presidente da Ajufe alerta para “campanha nefasta” contra o Judiciário.

O Conjur ouviu o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mendes, sobre o episódio de hoje em que um procurador tentou assassinar uma juíza em São Paulo.

Para Mendes, não pode se admitir qualquer ataque à magistratura. “A magistratura vem sendo atacada simbolicamente nos últimos tempos, e essa campanha nefasta na tentativa de desacreditar a instituição acaba estimulando o comportamento criminoso de indivíduos. Temos de dar um basta a isso.”

 

*Com informações do Conjur