Categorias
Uncategorized

Vaza Jato mostrará nesta segunda-feira conflito de interesses na captação de recursos para o instituto de Dallagnol

Dallagnol teria fundado o Instituto Mude, criado para levantar a bandeira das 10 Medidas contra a Corrupção e que seria dirigido “nas sombras” por ele.

A Agência Pública é mais um veículo que se junta ao The Intercept Brasil nas reportagens da Vaza Jato. O anúncio foi feito pelo Twitter da Pública, que adiantou que ainda nesta segunda-feira (2) deve divulgar reportagem sobre o conflito de interesses na captação de recursos por um instituto fundado por Deltan Dallagnol.

“A Agência Pública é o mais novo veículo parceiro do The Intercept Brasil na Vaza Jato. Nesta segunda revelaremos conflito de interesses na captação de recursos para instituto fundado por Deltan Dallagnol”, publicou.

Dallagnol teria fundado o Instituto Mude, criado para levantar a bandeira das 10 Medidas contra a Corrupção e que seria dirigido “nas sombras” por ele, para se posicionar sobre a substituição no STF sem aparecer para “não se queimar”. A organização, no entanto, estaria sendo usada para municiar grupos de direita e sites alinhados, como o Antagonista, para atacar inimigos da Lava Jato.

 

*Com informações da Forum

Categorias
Uncategorized

Bico, o bezerro de ouro do “empreendedorismo” que se transformou na tragédia nacional

Como é comum nos terceiro e quarto setores, as palavras ganham contornos alegóricos para fingir que elas não são o que realmente são. Assim, o bico ganha o glacê na nomenclatura e se transforma em empreendedorismo e todo o desastre que isso representa na vida das pessoas é jogado para os debates laterais. Aliás, o empreendedorismo cultural que, tempos atrás, já esteve muito em moda, traz um fato curioso, seus apologistas não vivem de empreendedorismo cultural, mas de palestras sobre o assunto.

É o charlatanismo do charlatanismo em que o sujeito dá aula daquilo que nunca viveu para dar testemunhos furados de algo sobre o qual não tem a menor ideia do que seja na vida real.

Assim é a vida de milhões de brasileiros vivendo em um país que se transformou na capital mundial dos ambulantes. Passamos o dia ouvindo as buzinas do carro do queijo, do pão, do ovo, da verdura, sem falar da multiplicação de cartões de visitas empilhados na caixa do correio com ofertas de serviços de encanador, eletricista, marceneiro, etc.

Esse país dos sacoleiros, que há poucos anos, a população nos governos de Lula e Dilma viveu o pleno emprego, com poder de compra, ocorre um fato curioso, tomados pelo fascínio do neoliberalismo por uma ideologia quase que religiosa, o empresariado brasileiro, no afã de não lucrar sobre o seu produto, mas sobre o seu empregado, acha uma maravilha ver seu consumidor precarizado, perdendo poder de compra, fechando a possibilidade de contar com crédito para consumir, e por aí vai. É o cachorro mordendo o próprio rabo.

O que se pode afirmar, sem medo de errar, é que, buscando uma régua que dê uma medida do nível intelectual do empresariado brasileiro, ele ostentará, sem dúvida, um troféu de burro motivado, pois não há no Brasil raciocínio mais ilógico do que o dessa gente.

Isso sem falar no pior, que é a vida de quem vive de bico, de como dorme e acorda sem saber se ele ou ela e sua família terão o que comer no almoço, já que não tem garantia de nada, depende da própria pessoa e de uma ação que lhe dê um retorno financeiro imediato para que, se trabalhar com venda, separe um dinheiro para realimentar o fundo do seu investimento e, dali, tirar a migalha que possibilitará a compra do seu alimento e de sua família.

Essa é a realidade nua e crua de quem vive do bico. E é esse conceito débil de economia que os neoliberais oferecem para fazer a economia bombar e acentuam isso na boca de Bolsonaro quando este arrota que, ou emprego ou direitos, sem reticências, como se a luz da economia pujante fosse a desregulamentação de qualquer lógica minimamente civilizada no mundo do trabalho.

Na verdade, o que assistimos é ao empobrecimento do país e o mesmo receituário da era FHC, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos e, lógico, não implantou as medidas que Temer e, agora, Bolsonaro implantaram, porque não teve tempo para fazê-lo.

Mas o PSDB fez questão de participar da história desse desastre votando, de forma incondicional, a favor de todas as medidas que detonaram direitos e seguridades mínimas aos trabalhadores brasileiros.

Sobre os resultados disso na vida das pessoas, na verdade, um drama nacional, a receita de sempre, um silencioso cinismo que transfere para o precarizado a responsabilidade de sua precarização. Ou seja, cada pobre é juiz de si mesmo, o que eles nunca contam é que essa visão pândega é inatingível para aqueles que renunciaram da civilidade deixando-se levar pela ganância que coroaria, de forma permanente, seus lucros, sem ao menos desconfiar que, na outra ponta desse processo, aparentemente oposto ao dos degradados, estão aqueles que aplaudiram essa cadeia de degradação e que vão lamentar muito a falência de seus negócios.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Com desemprego em alta, população está sem paciência com as bobagens de Bolsonaro

Bolsonaro tem no combate ao desemprego a sua pior avaliação entre 18 áreas, de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda (2). Após oito meses, 65% da população considera a atuação de seu governo como ruim ou péssima nesse quesito. O top 5 da tristeza se completa com saúde (59%), combate à fome e à miséria (58%), meio ambiente (49%) e educação (49%). Sua reprovação geral passou de 33% para 38% e a aprovação, de 33% para 29%.

O presidente da República teria mais liberdade para a sua pauta medieval em costumes e comportamento caso tivesse conseguido reduzir drasticamente o desemprego no país. A maioria da população brasileira, que não é de direita, nem de esquerda, mas pragmática, digeriu as denúncias do Mensalão e reelegeu Lula, em 2006, em meio ao crescimento econômico. Toleraria mais facilmente, portanto, o pacote bolsonarista desde que o seu governo garantisse dignidade econômica. O que não tem sido o caso.

A geração de empregos segue patinando. Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE, na última sexta (30), a taxa de desocupação caiu de 12,5% (no trimestre encerrado em abril) para 11,8% (no encerrado em julho). São 12,6 milhões de brasileiros procurando trabalho sem encontrar.

Mesmo diante desses números, o presidente não apresentou até o momento um projeto nacional para fomentar geração de postos formais de trabalho. Pelo contrário: pressionado, já disse: “Tenho pena? Tenho. Faço o que for possível, mas não posso fazer milagre, não posso obrigar ninguém a empregar”. O argumento é intelectualmente indigente, uma vez que governos podem e devem criar ambientes propícios para o crescimento econômico e a geração de postos de trabalho.

Acreditando que tinha cacife junto à população ou apostando no acirramento de posições para agregar aliados em torno de sua proteção, Bolsonaro apertou a tecla “foda-se” a partir de uma live no Facebook no dia 18 de julho. Não que ele já não fosse Bolsonaro antes disso, mas parece que qualquer indício de freio desapareceu.

Desde então, ele trouxe o cocô para o centro da retórica presidencial, abraçou publicamente o nepotismo e a filhocracia e brigou com o mundo quando reclamaram que ele estava permitindo a maior fogueira tropical do planeta. Com o desemprego e a informalidade em alta, um indulto às suas loucuras foi negado pela maioria da população como se pode ver pelos números do Datafolha.

A informalidade bateu recorde na série histórica da PNAD Contínua. A taxa de desocupação vem caindo através do aumento de postos sem carteira assinada (mais 441 mil frente ao trimestre anterior) e dos trabalhadores por conta própria (mais 343 mil). Vagas sem 13o salário, férias, descanso semanal remunerado, limite de jornada. Ou seja, sem direitos.

O que vai ao encontro de outro bordão presidencial: “o trabalhador vai ter que decidir se quer menos direitos e emprego, ou todos os direitos e desemprego”. Essa relação tende a ser binária apenas em matrizes de pensamento simplistas, que excluem a possibilidade de um empregado produzir mais riqueza quando está sob condições saudáveis.

Os números da informalidade, por incrível que pareça, são comemorados por membros de sua equipe que veem nisso um momento em que brasileiros se “libertam” do jugo da CLT. Confundem o empreendedor consciente com o precarizado desolado. Ignoram que muitos dos que trabalham como vendedores de quentinhas e bolos na rua e motoristas para serviços de aplicativos trocariam seu CNPJ de MEI por um emprego que garantisse segurança e direitos num piscar de olhos.

Parte de seus apoiadores vendeu a falsa ideia de que, com o avanço da Reforma da Previdência, leite e mel correriam no meio fio das calçadas de imediato e unicórnios vomitariam arco-íris nos trabalhadores. Mesma ladainha, aliás, vendida pelo governo Michel Temer com a Reforma Trabalhista, que prometeu um dilúvio de empregos formais. Agora que a vida real se impõe, encontram outras desculpas.

Bolsonaro inverteu a ordem das coisas, acreditando que manter uma base bolsonarista bem alimentada e com energia para sair às ruas é a melhor garantia de proteção ao seu mandato. Optou por manter o país em Estado de campanha eleitoral constante, fazendo com que a principal meta do governo não seja emprego, saúde, combate à miséria, meio ambiente, educação, mas sua reeleição e o bem-estar de seus filhos. Se a campanha, em 2018, foi a mais curta da história recente, durando 45 dias, a de 2022 será a mais longa, e vai durar quase quatro anos.

O problema é que a maior parte da população está ficando irritada em ver um presidente comprar briga com tudo e com todos, pondo em risco a imagem e os negócios do país, enquanto entrega, no lugar de empregos decentes, vídeo de golden shower e declarações com cocô.

 

*Por Leonardo Sakamoto/Uol

Categorias
Uncategorized

Orçamento de Bolsonaro para 2020 corta metade dos recursos do MEC para pesquisa

A proposta orçamentária para 2020, elaborada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), reduz em 18% os recursos totais do MEC (Ministério da Educação) com relação ao valores autorizados de 2019. As reduções vão da educação básica à pós-graduação, mas o impacto será muito maior no financiamento de pesquisas e nas contas de grandes universidades federais.

O maior corte ocorre na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que financia pesquisadores da pós-graduação e também professores de educação básica. Pela proposta, o órgão vai perder metade do orçamento: sai de R$ 4,25 bilhões, segundo o valor autorizado para 2019, para R$ 2,20 bilhões em 2020.

A Capes sofreu um congelamento de R$ 819 milhões de recursos deste ano. O órgão já cortou 6.198 bolsas neste ano, equivalente a 7% do que havia no início do ano.

O projeto de Lei Orçamentária de 2020 foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo federal na última sexta-feira (30/8). O MEC terá um orçamento previsto de R$ 101 bilhões em 2020, contra R$ 122 bilhões aprovados para 2019.

 

 

*Com informações do DCM

Categorias
Uncategorized

Se a eleição fosse hoje, Haddad venceria Bolsonaro por 42% a 36%, mostra Datafolha

Nas eleições de outubro passado, Bolsonaro foi eleito presidente com 55,13% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos). Haddad obteve 44,87%.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (2) mostra que as atitudes de Jair Bolsonaro – que foram manipuladas e escondidas durante a campanha – além de derreterem sua popularidade poderiam influenciar nas eleições de 2018. Segundo o levantamento, caso o segundo turno das eleições fosse hoje, Fernando Haddad (PT) venceria Bolsonaro por 42% a 36% dos votos. Outros 18% votariam branco ou nulo e 4% não souberam responder.

Nas eleições de outubro passado, Bolsonaro foi eleito presidente com 55,13% dos votos válidos (excluídos brancos, nulos e indecisos). Haddad obteve 44,87%.

Segundo o levantamento, entre aqueles que declarararam voto em Bolsonaro no ano passado, 74% manteriam a opção se a eleição fosse hoje. Um total de 10% migraria para Haddad, e 13% votariam branco ou nulo. Já 88% dos eleitores do petista manteriam seu voto hoje. Somam 4% os que mudariam o voto para Bolsonaro e 6% os que votariam nulo ou branco.

Os números divulgados nesta segunda-feira mostram que reprovação do presidente subiu de 33% para 38% em relação ao levantamento anterior do instituto, feito no início de julho.

Outro dado da pesquisa também aponta, pela primeira vez, o abandono dos eleitores mais escolarizados, ou seja, que têm ensino superior. O índice dos que consideram a gestão de Bolsonaro como ruim ou péssima saltou de 36% para 43%.

A pesquisa revela ainda para a queda de desempenho entre aqueles mais ricos, com renda mensal acima de 10 salários mínimos. Neste segmento, a aprovação ao presidente caiu de 52% em julho para 37% agora —bastante significativa, ainda que se mantenha acima da média.

 

 

*Com informações da Forum

 

 

Categorias
Uncategorized

Bolsonarismo e morismo a cada dia menores e mais ferozes

Um em cada quatro eleitores de Jair Bolsonaro se arrependeu de seu voto, segundo o Datafolha. E não repetiria a escolha se o pleito fosse hoje.

A bordo dessa pesquisa, certamente vem a popularidade do Moro, endereçada não só a ele, mas à Lava Jato como um todo, fruto das revelações do Intercept.

É difícil avaliar uma pesquisa sem saber exatamente como foi elaborada, mas duas coisas precisam levadas em conta, aquela palavrinha ajeitadora chamada “antipetismo” que a mídia usou na campanha a favor de Bolsonaro e Moro, saiu de moda. Por outro lado, não resta dúvida de que muitos fiadores de Bolsonaro, que não são bolsonaristas, já abandonaram a canoa furada. O que se vê hoje são capatazes do bolsonarismo radical usando truques e robôs nas redes para tentar segurar o monumento de vento dentro de uma bolha cada vez menor.

A grandiosa esfinge do mito está murcha. Oito meses de uma maquete governamental foram suficientes para que, sem projeto de país, seu governo deixasse uma lacuna enorme na vida nacional e as consequências dessa realidade indubitável são o arrefecimento do bolsonarismo e a ferocidade dos cachorros loucos adestrados no canil neofascista.

Isso é público e notório, não é papo de bastidor e nem de pesquisa. Aquele instinto animal deliberado de Bolsonaro com apito na boca, que visava chamar atenção apenas pelo barulho de suas exclamações, se deteriorou, e seus rompantes não têm mais bala de canhão retórico para comandar a guarda bolsonarista de outrora.

Bolsonaro sangra em praça pública e o mesmo pode ser dito sobre Moro. quem ainda os defende tem que dobrar as apostas nas asneiras que dizem, ou seja, acreditar na seriedade dessa gente em matéria de política, é uma piada. Nem Moro, nem Bolsonaro hoje despertam qualquer entusiasmo na população. Na verdade, os dois começam a se constituir em um acervo de massa falida. Se ainda não estão na bacia das almas, estão bem próximos, porque os nostálgicos pitbulls do bolsonarismo não têm força suficiente nas mandíbulas ou na gesticulação para arrebatar no músculo o sentimento de frustração que tomou conta do país.

Não há uma única luz de farol para guiar essa gente no universo bolsonarista ou morista e, à medida em que o tempo passa, a rejeição dos dois se acentua a olhos vistos, tendo apoio concentrado em núcleos cada vez menores, mais barulhentos e mais ferozes, até por reação ao fracasso precoce estampado no projeto dos dois ex-mitos.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Lula ao povo nordestino: “Em breve, estarei nas águas do São Francisco”

“Hoje eu só posso estar com vocês em pensamento, mas muito em breve estarei aí em carne e osso, molhando o corpo nas águas abençoadas do velho Chico”, leu emocionado o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) diante da multidão que acompanhou a passagem da caravana Lula Livre por Monteiro (PB).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou hoje (1) carta ao povo nordestino, que protesta contra a suspensão do bombeamento das águas do rio São Francisco pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). “Hoje eu só posso estar com vocês em pensamento, mas muito em breve estarei aí em carne e osso, molhando o corpo nas águas abençoadas do velho Chico”, leu emocionado o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) diante da multidão que acompanhou a passagem da caravana Lula Livre por Monteiro (PB).

No ato político, Fernando Haddad criticou Bolsonaro, “um pobre coitado, um cabra ruim, que não tem empatia, não consegue se colocar no lugar de ninguém, do negro, do índio, do LGBT”. “Não consegue se colocar no lugar de um nordestino que levou 500 anos para ter um presidente olhando para cá. E não foi só para ter água. Trouxe luz, educação, universidades, escolas técnicas”.

Para Haddad, a suspensão do bombeamento traz sérias consequências à população. “O que está acontecendo aqui é tão grave quanto o que esta acontecendo na Amazônia. Temos de dizer isso para os gringos, que nós aceitamos que o mundo olhe para nós com carinho, mas que tem de olhar também para o Nordeste. O Brasil inteiro precisa de cuidado”.

Leia a íntegra da carta de Lula:

A oportunidade que me foi dada pelo povo brasileiro de governar esse país fez de mim um homem feliz. Vocês não imaginam a alegria que eu sentia quando assinava um decreto para beneficiar milhares ou milhões de pessoas ou quando inaugurava uma universidade, uma escola técnica, uma refinaria, um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, porque eu sabia que qualquer um desses atos, por mais simples que fosse, estava contribuindo para a construção de um Brasil melhor e mais justo.

Poucas coisas na vida me fizeram tão feliz quanto tirar do papel um sonho de muitas gerações e tornar realidade a transposição do rio São Francisco. Uma das melhores lembranças que tenho é a inauguração popular que fizemos em 2017, aí em monteiro, com a presença da ex-presidenta Dilma, do ex-governador Ricardo Coutinho e de muitos de vocês que aí estão de novo, desta vez protestando e exigindo de volta aquela alegria que estão roubando de nós.

Ver a criançada mergulhando e o povo dançando e bebendo daquela água que o sertanejo esperava desde a época do Império. Nada disso tem preço. Não há dinheiro no mundo que pague os abraços que naquele dia eu recebi de tanta gente molhada do suor do seu trabalho e encharcada das águas do São Francisco. Tenho certeza de que aquelas cenas que vivemos, que estarão guardadas para sempre na minha memória, foram vistas com ódio pelos nossos adversários e hão de ter contribuído para que eu fosse preso sem nenhum crime cometido.

Fico imaginando a elite desse país vendo aquela felicidade toda e dizendo: temos que prender esse Lula senão ele vai ser presidente outra vez e a gente não vai poder mais tirar dinheiro do trabalhador e entregar para o mercado financeiro. Por isso me prenderam e querem a todo custo impedir que o povo volte a governar esse país. É por isso que estão tentando destruir tudo o que fizemos.

Estão queimando a Amazônia, que defendemos como nenhum outro governo, estão desmontando a construção civil que gerou milhões de empregos. Estão entregando o pré-sal, cujos recursos viriam para a saúde e a educação. Estão sufocando as universidades porque geram conhecimento e estão agora ocupadas pelas filhas e filhos do povo trabalhador.

Por isso eles não querem as águas do São Francisco correndo pelo sertão, porque não querem o povo feliz, produzindo, conquistando a sua autonomia. Naquele dia, em 2017, eu disse: nunca quis tirar nada do sul ou de São Paulo. O que eu quero é que o povo nordestino seja tratado em igualdade de condições.

Aqui tem de ter universidade, tem que ter indústria, tem que ter escola técnica, tem que ter mestres e doutores, tem que ter crianças de barriga cheia, pois eu continuo querendo e estou certo de que nós vamos desfazer cada maldade que fizeram com o Nordeste e que fizeram com o Brasil. Hoje eu só posso estar com vocês em pensamento, mas muito em breve estarei aí em carne e osso, molhando o corpo nas águas abençoadas do Velho Chico.

Um grande abraço.

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

Categorias
Uncategorized

Vídeo: Augusto Nunes, o lixo mais rastejante do bolsonarismo, usa os filhos de Glenn e David para atacá-los

Vendo que tanto Moro quanto Bolsonaro começam a derreter num deserto de apoio político, um dos jornalistas mais imundos da mídia de cangaço, Augusto Nunes, resolveu mostrar que pode ser mais sujo do que todo o seu passado denuncia.

Augusto Nunes é um velho rato  que viveu como lombriga lambendo o coturno dos generais da ditadura. Em termos de caráter, qualquer brasileiro sabe que ele está reduzido ao que existe de mais podre no ser humano, um ser abjeto, rasteiro que passou a vida debaixo de folhagens para se prestar ao papel de pistoleiro da grande mídia para o agrado da burguesia.

É a cultura mais vil do jornalismo de esgoto que nasceu nesse núcleo imundo da mídia nacional.

Pois bem, esse rato branco que exala fedor, uma viúva tucana que usa o governo Bolsonaro como um novo pensionato, assim como os animais domésticos do clube militar, como Alexandre Garcia, partiu para uma baixaria covarde numa exposição nojenta dos filhos de Glenn e David como resíduo final de quem sabe que não há mais munição para proteger um governo de criminosos, justiceiros e milicianos e, muito menos para defender um falso herói que se mostra a cada dia um dos mais perigosos bandidos que se entocaram na justiça, usando vulgarmente a toga, como Sergio Moro.

Augusto Nunes, em seu ataque covarde, não esconde o desespero em que se encontra diante de iguais destinos que se convergem rumo ao precipício de Moro e Bolsonaro, que vem num crescente avassalador. Não tendo como frear esses ventos, o sacerdote do bolsonarismo mais podre, usou o seu estilo mais baixo para tentar, com seus uivos de ódio, atingir Glenn Greenwald e, consequentemente o Intercept.

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Tragédia. Esta é a definição que se tornou unânime nos oito meses de governo Bolsonaro

Por mais que se busque trincheiras distintas na geografia política do país, uma curiosa inquietação define o governo, tragédia!

É a maneira que todos encontram para dar definição objetiva ao elefante dourado que subiu a rampa do Palácio do Planalto.

Essa concordância unânime de opiniões é daquelas que rompem todos os esconjuros que se pode ter de uma administração pública com a diabólica e assombrosa gestão Bolsonaro que, hoje, estarrece o planeta depois do incêndio criminoso na Amazônia, orquestrado de dentro do Palácio do Planalto.

Bolsonaro, em momento algum se comportou como um presidente, e sim como um moleque que se diverte com suas vinganças espalhadas nos terrenos que ele sempre odiou.

Na garupa de Bolsonaro veio o que existe de mais sombrio na sociedade brasileira. Ele produziu a cada dia uma nova treva no país, um novo pesadelo, traindo a soberania do Brasil e arrotando patriotismo. Esse é Bolsonaro, o espelho abundante de um projeto nascido na ponte entre Rio e Curitiba, entre Moro e os Marinho, engrossado por toda a escória da classe dominante, formando uma legião de golpistas para asfixiar o povo pobre, os negros, os índios, os gays, a educação, a cultura, a ciência e, sobretudo roubar a alegria e a esperança dos brasileiros e o futuro do país.

Ao contrário do que interpretou Dallagnol, em sua mais recente entrevista, Bolsonaro não se apropriou indevidamente da pauta anticorrupção que a Lava Jato dizia carregar em sua tarefa, ele é a grandiosa tragédia que assistimos ao vivo extraída desse projeto que farejou espaço político na mídia para produzir um sentimento coletivo de apoio a todas as ações ilegais e criminosas de Moro e procuradores.

Bolsonaro é uma mentira do tamanho da Lava jato, sem tirar nem por. Evidentemente que, como tal, o castelo de cartas está desmoronando, seja pelo lado da Lava Jato com o Intercept, seja pela própria sobrevivência do clã Bolsonaro, desonrado pelo caldo de crimes que vem na esteira do personagem Queiroz.

Bolsonaro não se importa em ser desmentido diariamente, ele zomba da sociedade com mais uma mentira para desmaterializar a última. E quanto mais é repudiado, mais parece querer sublinhar a asneira que praticou, produzindo mais asneira.

É a forma com que ele imagina que vai se sustentar debaixo dos escombros do seu próprio governo, não vai, porque ele está se desmanchando a cada dia. E, sem terra firme para se sustentar, o seu pescoço, enfeitado com rosário de capim, tende a ser entregue à guilhotina num tempo mais curto do que se imagina.

Este, na realidade, é o sentimento que trazem todos os que observam Bolsonaro. Seu mandato está em posição avançada no corredor da morte.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

Categorias
Uncategorized

Vídeo: governos do PT barraram o neoliberalismo e o neofascismo, diz Dilma

Durante Encontro de Assinantes do 247 em Brasília, a presidente deposta pelo golpe falou sobre a entrada do neoliberalismo no Brasil e sua ascensão ao neofascismo. “Eles não conseguiram colocar o neoliberalismo facilmente, eles tiveram de destruir inclusive partidos de centro e centro-direita. E aí? Quem restou? O neofascismo. No Brasil, eles são dois irmãos xifópagos, aqueles ligados pela cabeça: o neoliberalismo e o neofascismo”.

presidente deposta pelo golpe em 2016, Dilma Rousseff, falou no último sábado 25 durante o Encontro de Assinantes do 247 em Brasília sobre as consequências da entrada do neoliberalismo no Brasil. Ela contou que os governos do PT impediram a entrada desta ideologia, porém, com a ajuda da mídia e do sistema financeiro, o neoliberalismo adentrou no Brasil e trouxe, junto de si, o neofascismo.

“Nós realizamos várias coisas a partir de 2003, uma delas foi impedir que o neoliberalismo ocorresse. Nós não democratizamos o maior banco comercial, o Banco do Brasil, o maior banco imobiliário, Caixa Econômica, o maior banco de investimento, BNDES, a maior empresa de petróleo, a maior empresa geradora de tecnologia na área aeronáutica, Embraer e Embrapa, mantivemos a regulação do mercado de trabalho e aprovamos o critério de reajuste do salário mínimo baseado na inflação desse ano e no crescimento do ano anterior”, enumerou.

“Esse processo barrou o neoliberalismo, eles tentaram. Esse foi um processo sistemático, nós viemos desse processo e os governos do PT, certos ou errados em muita coisa, barraram o neoliberalismo”, analisou.

Ela disse que a prisão sem provas do ex-presidente Lula e a fraude eleitoral também integram o plano de ação do levante neoliberalista no país. Dilma afirmou ainda que o PSDB “caiu na sedução” do neoliberalismo e foi reduzido a praticamente nada.

“Nós temos um caso muito clássico, que é: dão um golpe, aí tem um candidato que sempre disse ‘eles não vão deixar eu ser presidente porque deram um golpe no impeachment’, vão lá e prendem, incriminam sem prova, e o impedem de concorrer na eleição. Isso não basta, destroem os partidos de centro, de centro-direita e centro-esquerda, o que virou o PSDB? Eles caíram na sedução neoliberal e na sedução golpista, eles achavam que sobreviveriam. O senhor Serra, ao virar ministro das Relações Exteriores, acreditava que sobreviveria. Não sobreviveu”.

A ex-presidente explicou que o neoliberalismo, com dificuldades de se introduzir no campo político brasileiro, destruiu partidos e, por consequência, surgiu o neofascimo. Segundo ela, o neofascimo usou da mídia golpista e do sistema financeiro para se estabelecer no Brasil.

“Eles não conseguiram colocar o neoliberalismo facilmente, eles tiveram de destruir inclusive partidos de centro e centro-direita. E aí? Quem restou? O neofascismo. O que eu quero dizer é que no Brasil eles são dois irmãos xifópagos, aqueles ligados pela cabeça, o neoliberalismo e o neofascismo. O neofascismo para ocorrer precisou dessa aliança com o que sustenta o neoliberalismo, o setor financeiro desse país e a mídia golpista. Todos os que sustentam, apesar de não serem escatológicos, absolutamente toscos, apesar de não serem nada disso, eles viabilizaram isso, se calaram diante disso, supunham que conseguiriam mitigá-lo e moderá-lo. É essa relação que ilumina essa conjuntura”.

Dilma Rousseff disse que a reação do país está nas mãos da união dos setores democráticos brasileiros.

A ex-presidenta fez também uma rápida fala sobre soberania e em defesa da Amazônia: “Soberania são pelo menos três coisas: a Petrobrás, o Future-se, ao contrário, temos que defender a educação pública e gratuita, é uma questão de soberania, não só social. Esse país vai virar um ‘paiseco’ se não tiver educação de qualidade, e ele não pode virar um ‘paiseco’ com esse tamanho, com essa riqueza e com esse povo. A terceira coisa é a questão ambiental. A Amazônia não é só um patrimônio da humanidade, antes de ser um patrimônio da humanidade ela é um patrimônio do povo brasileiro, que tem que zelar por ela”.

 

*Com informações do 247