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Bolsonaro abandona o PSL

A insatisfação do presidente com a sigla vinha em uma crescente, mas ganhou força nessa terça (8) após o presidente declarar a um apoiador para “esquecer o PSL”.

O fato é que Bolsonaro bateu o martelo, está fora do PSL e, com o amo, a parte miliciana do partido, baterá em retirada junto com ele, desidratando ainda mais o PSL.

Não se sabe ainda a dimensão das consequências desse ato, mas parece que a guerra por interesses pouco republicanos produziu em ambos os lados um antagonismo uniforme.

O Globo diz que Bolsonaro ainda resiste em sair, afirmando que ele não sairá de livre e espontânea vontade, mas o fato é que a mudança de partido ou de postura de Bolsonaro no espaço político, terá suas consequências, principalmente para um capataz do mercado que vê a sua popularidade se esfarelar por arrombar todas as portas do absurdo.

Na realidade, o governo Bolsonaro, desde o primeiro dia, é uma crise permanente. O que parece é que seu governo vive dentro de um liquidificador, sacudido todos os dias com lambanças do próprio Bolsonaro ou de seus filhos. A população já percebeu há muito tempo que o país está à deriva e que o capitão não tem a menor ideia de onde fica o leme da embarcação, numa nulidade inacreditável.

Seja como for, essa crise é resultado de uma série de juramentos não cumpridos por Bolsonaro, mas sobretudo, para quem dizia que não aumentaria os preços, os impostos e, muito menos tiraria direitos do povo trabalhador.

O resultado é um governo colapsado que não realiza e não deixa o setor privado realizar. Não oferece ferramentas para o desenvolvimento, somente armas para a população para que um mate o outro.

Sem falar que a imagem de Bolsonaro está cada vez mais associada aos assassinatos de Marielle e Anderson. E a coisa promete piorar.

Outro ponto de erosão entre Bolsonaro e o PSL veio após reportagens revelarem que, durante a apuração sobre o laranjal na seção mineira da sigla, a PF encontrou menções à campanha dele. O ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo de Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio, que na época era coordenador de sua campanha a deputado federal no Vale do Rio Doce (MG), disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”.

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‘Tem até 2026’, diz Bolsonaro sobre o prêmio de Chico Buarque. Se fosse miliciano já estaria assinado

Chico é o vencedor do Prêmio Camões de 2019, o mais prestigiado troféu da língua portuguesa, e deve receber a condecoração em uma cerimônia em Portugal em abril do próximo ano.

Bolsonaro, no entanto, ainda não assinou o certificado do prêmio e, ao ser questionado por jornalistas nesta terça-feira, disse que ‘tem até 2026’ para assinar o diploma.

Primeiro, que eu tenho dúvidas de que Bolsonaro saiba escrever, que fará assinar. Vale polegar?

Segundo que, com o caso da Marielle fungando cada vez mais em seu cangote, se chegarem ao mandante do crime, ele cai na hora.

Então, falar em 2026 para quem está na beira do barranco, é uma gigantesca piada.

O fato é que arte não é o forte dos dois neurônios de Bolsonaro. O clã está acostumado a condecorar milicianos assassinos, sobretudo os que prestaram “grandes serviços” à família delinquente.

Outra, Chico Buarque não é torturador e, muito menos, nazifascista.

Pra que Bolsonaro assinar a honraria?

Convenhamos, honra para o Chico é Bolsonaro não assinar.

Chico e Bolsonaro sempre estiveram em posições diametralmente opostas. Chico, um gênio da nossa cultura. Bolsonaro, um jumento revestido de farda militar. A mesma farda que impôs ao país duas décadas de ditadura a qual Chico dedicou a sua carreira a combater em cada frase, em cada palavra as atrocidades que Bolsonaro defende.

A concepção de mundo de Bolsonaro é o da violência, o da morte, o do sangue. A de Chico é a da síntese do amor, da arte brasileira, da grandeza do nosso povo.

Por isso, seria bom que esses dois extremos não cruzassem sequer através do polegar analfabeto de Bolsonaro estampado no prêmio de Chico, pois descaracterizaria o próprio sentido de toda a magnífica obra do gênio Chico Buarque.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Bolsonaro dá passaporte diplomático a parentes de suspeito da morte de Marielle

Documento originalmente é concedido só para pessoas que “representam o país”. Familiares de Joice Hasselman também receberam o benefício.

João Vitor Moraes Brazão e Dalila Maria de Moraes Brazão, filho e esposa do deputado federal Chiquinho Brazão (Avante-RJ), receberam do Itamaraty o passaporte diplomático em 9 de julho deste ano. O parlamentar, que também possui o documento, é irmão de Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) acusado de obstruir as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em março de 2018, e suspeito de ser um dos mandantes do crime.

Os integrantes da família Brazão estão em uma lista com os 1694 passaportes diplomáticos emitidos pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) até 15 de agosto, a qual o Brasil de Fato teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação.

Domingos Brazão é investigado desde fevereiro deste ano sob suspeita de obstruir as investigações do caso Marielle. No último dia 17 de setembro, a ex-procuradora geral da República, Raquel Dodge, apresentou uma denúncia contra ele nesse sentido e também solicitou a abertura de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar se o conselheiro foi o mandante do assassinato.

Chiquinho Brazão, que é sócio do irmão Domingos Brazão em uma rede de postos de gasolina, fez toda sua trajetória política em Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro, e região controlada pelas milícias.

Em 2012 e 2016, Chiquinho Brazão foi o vereador mais votado na região de Rio das Pedras. Em 2018, foi eleito deputado federal, usando o bairro como base para sua campanha. Entre 2016 e 2018, seu patrimônio subiu de R$ 2,3 milhões para R$ 3,4 milhões, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Joice Hasselmann

A relação com os 1694 beneficiários do benefício, que ainda será alvo de outras matérias no Brasil de Fato, mostra, também, que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), eleita com um discurso contra os privilégios da classe política, requereu e conseguiu um passaporte diplomático para sua filha, a estudante Gabriela Hasselmann, e outro para o marido, o médico Daniel França Mendes de Carvalho. Ambos vencem em 31 de julho de 2023.

As vantagens para os que possuem passaporte diplomático começam na gratuidade para a emissão do documento, que custa R$ 257,25 para os demais viajantes. Além disso, os portadores do documento não pegam filas nos aeroportos internacionais e conseguem o visto mais facilmente. Em alguns países, a depender de acordos com o Brasil, o visto é dispensado.

Imoral

Em nota enviada ao Brasil de Fato, o Itamaraty aponta que o passaporte diplomático é um direito garantido pelo Decreto 5.978 de 2006, que prevê a entrega do documento para os seguintes cargos: Presidente e vice-presidente da República; Ministros de Estado e chefes de Secretarias ligadas à Presidência da República; Governadores de estados; Adidos credenciados pelo Ministério das Relações Exteriores; militares a serviços em missões da Organização das Nações Unidas (ONU); Membros do Congresso Nacional; Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União; Procurador-Geral da República; e juízes brasileiros em Tribunais Internacionais Arbitrais.

Sobre a entrega do documento para parentes de parlamentares, o decreto afirma. “A concessão de passaporte diplomático ao cônjuge, companheira ou companheiro e aos dependentes das pessoas indicadas neste artigo será regulada pelo Ministério das Relações Exteriores.”

Para Gisele Ricobom, professora da Faculdade Nacional de Direito e membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), o decreto permite uma interpretação ampla, que afasta a possibilidade de ilegalidade. Porém, “é uma prática imoral, já que filhos de deputados não representam o Brasil no exterior.”

“Qual a função do passaporte diplomático? Não é um privilégio, é uma prerrogativa de um funcionário público que estará representando o país em uma missão internacional, seja ela permanente ou temporária. Por essa lógica, o passaporte tem que ser utilizado para o cumprimento da função pública. Ele pode não ser estritamente irregular, mas podemos avaliar que existem princípios administrativos, que a Constituição prevê, que é, por exemplo, a impessoalidade, que proibiriam esses abusos que estão ocorrendo”, explica Ricobom.

Segundo o embaixador e ex-secretário geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, “todo privilégio é injusto”.“A concessão de passaporte diplomático se justifica para pessoas em missão oficial. Isso é o que significa, porque a situação diplomática é o indivíduo que está em missão oficial, então ele está representando o Brasil. Agora, o sujeito que vai a passeio, não há justificativa.”

Ricobom recorda o episódio ocorrido em Sevilla (Espanha) em 25 de junho deste ano, quando um integrante da comitiva presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) foi detido com 39 quilos de cocaína, na escala para a reunião do G20 no Japão.

“Se no avião presidencial tivemos essa bomba, uma quantidade expressiva de cocaína, não é de se duvidar que pode ser uma facilidade para que eles cometam ilícitos. Sabemos que há uma passagem privilegiada pelas alfândegas, há o pressuposto que essas pessoas têm prerrogativas maiores que as demais”, encerra a jurista.

Outro lado

Procurados, os deputado federais Chiquinho Brazão e Joice Hasselmann não enviaram nenhuma nota até o fechamento desta matéria.

 

 

*Rodrigo Chagas e João Paulo Soares/Brasil de Fato

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A grande mídia, que fez parte da Lava Jato, sempre soube da inocência de Lula

Na entrevista de Gilmar Mendes ao Roda Viva, ficou latente o sentimento de frustração por ele comprar por inteiro os vazamentos do Intercept. Não que tenha novidades nas revelações publicadas por Glenn Greenwald, tanto que o próprio diz que está preparando material que mostrará a relação promíscua entre Moro, Dallagnol e a grande mídia.

Nisso, para a população, de maneira geral, não há nenhuma novidade, pois se uma enorme parcela da sociedade, sobretudo a militância do PT, criticava a parcialidade da mídia na construção da farsa e denunciava, a parcela que queria ver Lula preso, vibrava com essa promiscuidade que ela sabia que existia.

Então, não há ingênuos nisso. O comportamento melancólico de Josias de Souza, Vera Magalhães e Dora Kramer com Gilmar Mendes, no Roda Viva, está em consonância com a mentalidade reinante na mídia industrial, que sempre achou que o melhor remédio para vencer o PT seria, apoiar e trabalhar, junto com Moro, pelo golpe contra Dilma e dobrar a aposta contra Lula.

Então, por mais que se esfregue na cara deles todas as mensagens vazadas pelo Intercept, no máximo, eles aceitam se dobrar que Moro, Dallagnol e a força-tarefa da Lava Jato formaram um bando de gangsters, como sempre enfatiza Gilmar Mendes. Daí para eles admitirem que não houve golpe me Dilma e que Lula é um preso político por ser absolutamente inocente, é querer demais de quem, sabendo da verdade porque nada contra Dilma e Lula foi provado, eles sempre preferiram apoiar a farsa da república de Curitiba.

Como eles fariam o caminho de volta diante de um quadro desse? A resposta foi dada no Roda Viva, não farão, ficarão especulando contra Dilma e Lula para não admitir que são tão gangsters quanto o bando de Moro, assim como 90% dos colunistas da grande mídia.

Na própria mídia, há uma ampla documentação, como mostra Folha de S. Paulo, que merecia uma manchete, em garrafais, condenando de forma absoluta o banditismo jurídico praticado por Moro e Dallagnol.

Mas o que segue abaixo, na sequência de twitters, é um panorama que sintetiza, em cada parágrafo, o legado de picaretagem jurídica deixado por Moro e sua Lava Jato, que a Folha só resolveu juntar depois que Moro usou o twitter para criticar a matéria da Folha sobre os laranjas que fazem parte do clã Bolsonaro.

Não deixa de ser um cafezinho de um veículo da grande mídia em resposta ao banquete de ofensas que Bolsonaro vem produzindo para manter a imprensa longe dele, sobretudo no que diz respeito à sua relação e de seus filhos escancarada, com milicianos e traficantes de armas envolvidos no assassinato de Marielle.

https://twitter.com/folha/status/1181643912458461185?s=20

https://twitter.com/folha/status/1181644524407398400?s=20

https://twitter.com/folha/status/1181645349510942723?s=20

https://twitter.com/folha/status/1181646657093541893?s=20

https://twitter.com/folha/status/1181647168328912898?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Emir Sader: A direita latino-americana apodrece

O retorno eufórico da direita a governos latino-americanos produziu a derrota espetacular, o estado de exceção de Lenin Moreno no Equador, para tentar conter a ira popular contra o seu pacote neoliberal, a projeção de Bolsonaro como o mais ridículo, caricato e grotesco chefe de Estado do mundo. Esses eram os personagens que iriam recolocar as economias dos nossos países na linha, sanear as finanças públicas, recuperar o prestígio internacional dos nossos países, terminar com a corrupção, superar os governos populistas e fazer nossos países chegarem à estabilidade, o desenvolvimento e o bem-estar social.

Passou pouco tempo, até que os personagens heroicos da restauração neoliberal sejam personagens grotescos, ridicularizados – Macri, Lenin Moreno, Bolsonaro. Quem dá algo por eles? Quem acredita que o Macri vai virar o resultado das eleições na Argentina? Quem acredita que o Lenin Moreno vai se safar da crise equatoriana atual? Quem acredita que o futuro do Brasil é o Bolsonaro?

A direita tomou o governo de países que tinham sido recuperados por governos populares, fazendo com que voltassem a crescer, que passassem a distribuir renda, a ter boas relações de cooperação com seus vizinhos, a conseguir estabilidade política, convivência pacifica e democrática entre as forcas políticas, sociais e culturais, a fazer respeitar o Estado por suas políticas de governar para todos e garantir os direitos de todos. Basta olhar qual é a situação de países como Argentina, Brasil, Equador, entregues à recessão, ao desemprego, à perda de apoio e de legitimidade dos seus governos, a poucos anos de que presidentes de direita voltaram, para nos darmos conta de para que a direita fez todos os esforços, legais e ilegais, para brecar os governos de esquerda e voltar à presidência desses países.

O que era o Equador de Rafael Correa e o que se tornou nas mãos de alguém eleito em base ao sucesso de Correa, para trair a tudo com o que tinha sido eleito, fazendo o que a direita queria e jogar o país na beira do abismo, com ocupação militar das ruas do país.

O que era o Brasil do Lula, país respeitado no mundo todo, com um presidente que terminou seu mandato com 80% de referências negativas na mídia, mas com 87% de apoio da população. O Brasil crescia e distribuía renda ao mesmo tempo. E o que é o pais nas mãos de um presidente a quem ninguém respeita, que tirou o país da miséria e da violência desenfreada.

Da mesma forma que Nestor e Cristina resgataram a Argentina da pior crise da sua história, fizeram o país voltar a se desenvolver e a gerar empregos. Como conseguira superar o endividamento com o FMI e a voltar a ser um país respeitado no mundo. Em comparação com o país que o Macri não tem vergonha de entregar de volta para as forças democráticas, um país que cumpre três anos de estagflação, com o povo entregue à miséria e à fome.

Mas há uma lógica, ainda que perversa, nessa loucura que a direita promove nesses países e quer fazer em outros. Seu objetivo é, antes de tudo, buscar tirar legitimidade e apoio popular das lideranças populares mais importantes que esses países tiveram. Esses líderes foram transformados nos principais inimigos das oligarquias locais e da política norte-americana, porque eles conquistaram a confiança dos seus povos e o prestigio internacional, com políticas que privilegiam processos de integração regional e não os tratados de livre comércio com os EUA.

Em segundo lugar, para substituir políticas econômicas que privilegiam o desenvolvimento do mercado interno de consumo de massa, pelo retorno das políticas de ajuste fiscal, que promovem os interesses do capital financeiro. Retomam o modelo neoliberal, vigente no capitalismo mundial, apesar de ter levado as grandes potências a uma profunda e prolongada recessão. Substituir o modelo antineoliberal é terminar com um exemplo de política econômica alternativa, que prova que não há um único caminho, como o consenso de Washington e o pensamento único tratam de impor.

A direita latino-americana retomou os governos de países como a Argentina, o Brasil, o Equador, e demonstrou que não aprenderam nada do seu fracasso anterior e do sucesso dos governos antineoliberais. Fracassam de novo, fracassam melhor, fracassam maus, são e serão derrotadas de novo, também no Brasil.

 

 

*Do 247

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Fogo amigo?: Ala do PSL escracha Bolsonaro e lembra do caso Queiroz

“Temos o caso do Queiroz e o do ministro do Turismo, e o presidente tenta encobrir esses dois assuntos ao mesmo tempo em que desfere ataques indevidos ao PSL”, diz o deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que ajuda a elaborar um manifesto contra os ataques do clã Bolsonaro a seu próprio partido; o motivo da briga é o comando de um fundo partidário de R$ 359 milhões.

O ataque feito por Jair Bolsonaro a seu próprio partido, em razão da briga pelo comando de um fundo partidário de R$ 359 milhões, pode terminar mal. Isso porque uma ala do partido saiu em defesa do atual presidente da legenda, Luciano Bivar, que foi alvo dos ataques do clã Bolsonaro.

“Um manifesto que começou a circular hoje exalta a importância da sigla nas eleições de 2018 e prega que Bivar redistribua postos de comando da legenda nos municípios –medida que poderia inclusive desfazer arranjos impostos por Flávio Bolsonaro no Rio e Eduardo Bolsonaro em São Paulo”, informa a coluna Painel.

Um dos defensores do texto é o deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que deixou no ar uma ameaça velada a Bolsonaro. “Temos o caso do Queiroz e o do ministro do Turismo, e o presidente tenta encobrir esses dois assuntos ao mesmo tempo em que desfere ataques indevidos ao PSL”, diz Bozella.

“O partido é um partido de bem, conduzido por pessoas de bem. Se Bivar não tivesse aberto as portas, o presidente fatalmente não teria tido legenda para concorrer em 2018. Se hoje ele é o que é, deve isso ao deputado Bivar e ao PSL”, acrescenta o deputado.

 

 

*Com informações do 247

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O antipetismo do jornalismo tosco no Roda Viva com Gilmar Mendes

Três figurinhas carimbadas do colunismo antipetista formaram o paredão de proteção da Lava Jato no Roda Viva. Vera Magalhães, Dora Kramer e Josias de Souza são o que se pode chamar de rapa do tacho adormecido do jornalismo tucano.

Os três mosqueteiros queriam arrancar de Gilmar um milagre, um elogio a Moro, uma gentileza, uma fidalguia, uma única linha ao menos do passado de Moro que pudesse dar a ele, senão um cocar, uma pena de cacique do combate à corrupção.

Mas Gilmar Mendes não estava afim de perfumar a imagem de Moro. E o mínimo que ele classificou Moro e procuradores da força-tarefa, foi de contraventores.

O objetivo dos três era um só, não deixar que Lula e o PT fizessem vida na pecha de gangsters, termo que Gilmar usou para classificar os membros da república de Curitiba, sem a menor moderação.

Ainda assim, os três batiam na mesma tecla oca, vestidos de imprensa lavajatista, cobrando do Ministro os efeitos do fim da prisão após condenação em 2ª instância, como o STF promete votar dentro de alguns dias.

Lógico que o alvo é Lula, e os três saracotearam em torno do tema, dando bicadas em Gilmar, enumerando uma série de consequências que tal decisão traria ao país.

Josias de Souza, um antilulista ortodoxo, em seu anacronismo de pedra, tentou emparedar o entrevistado, dizendo que ele, Gilmar, tem hoje pensamento diferente sobre essa questão do que tinha no passado.

Gilmar Mendes defendeu de forma objetiva sua posição atual. E Josias de Souza, Vera Magalhães e Dora Kramer, como não têm abrangência nenhuma sobre o tema, denunciada no próprio silêncio depois da resposta do Ministro, naturalmente se emudeceram. Os três sequer reagiram quando Gilmar deu neles uma escanteada, dizendo que Moro chegou aonde chegou com seus crimes revelados pelo Intercept, porque teve apoio de jornalistas como os três na mídia, sob a absurda orientação dos donos dos veículos de imprensa.

O fato é que os três se sentiram impotentes diante do entrevistado para chegar ao objetivo que queriam, falsear um engodo qualquer para criar um ambiente de alarido antipetista e não deixar que Lula ou o PT se beneficiasse da beira do barranco em que se encontra Moro e a Lava jato.

Isso mostra, de forma milimetricamente desenhada, como o país chegou a essa coisa cotó, em termos de raciocínio, que se chama Bolsonaro.

A vulgaridade a que assistimos dioturnamente desde que o ogro assumiu a presidência, teve a introdução, ou melhor, o estopim na desqualificação intelectual desse jornalismo que operou como tutor de Moro, da Lava Jato e, por tabela, da eleição de Bolsonaro.

A velha mídia é a grande criadora da “nova política” de Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Video: Bolsonaro pede para apoiador ‘esquecer o PSL’ e diz que Bivar, presidente do partido, está ‘queimado’

Na manhã desta terça-feira, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente foi gravado cochichando para um apoiador ‘esquece o PSL, esquece o PSL, tá ok?’.

Quando o mesmo homem menciona Luciano Bivar, Bolsonaro afirma que o presidente nacional do partido está ‘queimado para caramba’. Bivar é citado em investigações sobre supostas ‘candidaturas-laranja’ na campanha eleitoral de 2018.

A jornalista Andréia Sadi, da Rede Globo, entrou em contato com o líder do PSL, que informou que não sabe o motivo da declaração de Bolsonaro.

Ainda assim, o rapaz gravou um vídeo junto ao presidente em que diz: “Eu, Bolsonaro e Bivar juntos por um novo Recife”. Bolsonaro então pediu para que ele não divulgasse a gravação.

A conversa foi gravada por um dos apoiadores e publicada no canal do Youtube “Cafezinho com pimenta”. A imprensa é proibida de ficar no mesmo local onde esses apoiadores gravam esses diálogos com o presidente.

https://twitter.com/UOLNoticias/status/1181572094473191425?s=20

 

 

*Com informações do Uol

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TRF-3 julga nesta quarta processo bilionário que opõe Moro a Bolsonaro

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região analisa nesta quarta-feira (9/10) um processo de mais de R$ 2,3 bilhões sobre o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD). A peculiaridade do caso está no antagonismo entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro.

O fundo é vinculado ao Ministério da Justiça e é gerido pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. No TRF-3, o recurso foi interposto pelo Ministério Público Federal, em Campinas (SP), e é contra decisão que pediu para separar os recursos do FDD. A liminar impedia impedir que o dinheiro fosse para “reserva financeira da União”.

Reportagem da ConJur mostrou que os valores arrecadados pelo fundo, que deveriam servir para a reparação dos danos, têm sido usados pela União para inflar a conta do superávit primário.

Em março deste ano, Moro compareceu à reunião do Conselho e agradeceu ao MPF pelos esforços em descontingenciar os valores. Ele defendeu que o dinheiro seja gasto “de forma eficiente e efetiva para os fins a que se destinam”.

De acordo com o processo, a União diz que o valor que será destinado
ao fundo neste ano “será superior ao orçamento global de despesas
discricionárias de diversos órgãos”, como a Advocacia-Geral da União, ministérios da Cultura, Direitos Humanos, entre outros.

Voto-vista
Segundo o desembargador Fábio Prieto, em voto-vista, o sistema do fundo de direitos difusos é burocrático e praticamente contraria o exercício da cidadania.

O dinheiro vem principalmente das multas aplicadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a empresas condenadas por formação de cartel.

Para o magistrado, o crescimento das verbas do fundo mostrou um problema grave do modelo: “Bilhões podem ser gastos, em nome de valores sensíveis como o meio ambiente, o patrimônio histórico e outros, sem que o contribuinte e cidadão tenha qualquer controle direto sobre a eficácia das escolhas e de sua real execução”.

O magistrado apontou ainda que só a verba liberada pela tutela de urgência, que agora está suspensa pela liminar, é superior a toda proposta orçamentária do Supremo Tribunal Federal.

“Parece indiscutível que tal abertura temática e finalística levou o FDDD à condição de autêntica instância de governança paralela aos poderes legítimos dos representantes do povo na definição de políticas públicas e na destinação de recursos orçamentários — os parlamentares e os integrantes do Poder Executivo”, considerou o desembargador.

Além disso, Prieto afirmou que há um modelo de “troca de cadeiras”, em que as próprias entidades que compõem o conselho têm projetos aprovados por ele mesmos, como também mostrou a ConJur. O magistrado criticou o feito, considerando que “é flagrantemente imoral, ineficiente, inconstitucional”.

 

 

*Com informações do Conjur

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Vídeo – Bolsonaro e o fake da facada, parte 2: “o mandante”

Em vídeo publicado na internet, Bolsonaro diz:

“chegou uma carta às minhas mãos e passei para as autoridades competentes. (…) A carta não foi dele (Adélio Bispo) não, é do vizinho de cela. Ele conta o drama dele primeiro, pô, dá até vontade de chorar. O drama dele, cheio de problema, etc. Se eu tivesse 10% dos problemas que ele tem teria morrido há muito tempo. Mas tudo bem, a carta chegou (…) e falou que o Adélio tem falado algumas coisas lá que – se quiser vazar a carta pode vazar (inaudível) vocês pegaram essa carta. Agora, qual o problema ali? Se se … não pode publicar a carta, pelo trecho, pela letra, alguém pode chegar no vizinho e matar o vizinho. Acho que é bom… não vaza não, pode dar problema pro vizinho – chegou ao meu conhecimento uma correspondência do vizinho de cela contando por alto quem poderia ser o mandante do crime. Eu não quero falar o nome do cara porque podem vir me questionar, vão falar que eu que forjei essa carta para criticar o João da Silva de tal partido. — disse o presidente.”

Depois da facada sem sangue, agora, tem a carta sem carta. Bolsonaro diz que pode vazar, mas não vaza. Parece briga de bêbado. Quem é essa autoridade competente que está investigando a tal carta?

Quem teve essa ideia genial de criar um fake do vizinho de cela de Adélio que mandou uma carta a Bolsonaro dizendo o nome do mandante do crime, certamente é o mesmo da facada sem sangue e sem cicatriz que o Bolsonaro diz ter sido vítima.

O troço é tão ridiculamente muquirana que o próprio Bolsonaro diz que não vai dizer o nome porque “vão falar que a carta é forjada”.

Que isso Bolsonaro!

Quem colocará em dúvida a palavra do rei dos laranjas, dos fantasmas e da milícia, tudo junto e misturado?

Quem seria capaz de duvidar do vizinho do assassino de Marielle que nem imaginava que um miliciano, traficante de armas fosse seu vizinho?

Só porque o clã Bolsonaro passou a vida condecorando, empregando milicianos e parentes de milicianos em seus gabinetes?

Todos sabem que é pura coincidência, assim como é coincidência que todas as vezes em que se descobre alguém ligado ao assassinato de Marielle, (e é também ligado ao clã Bolsonaro) e se chega mais perto do mandante do crime, Bolsonaro vem com a fuleiragem da facada de Adélio.

O fato é que não se pode dizer que “é verdade esse bilhete”, porque nem bilhete tem. A coisa é cem por cento fake.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas