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Quem tem o apoio das Forças Armadas não precisa de acordos com Roberto Jefferson

Florestan Fernandes Jr

Neste domingo, 03 de maio, postei no Twitter que Bolsonaro estava blefando ao sugerir que tinha as Forças Armadas ao seu lado para dar fim à democracia. Não demorou muito e vieram sinalizações de oficiais confirmando a minha previsão.

É uma questão de lógica: quem tem o apoio das Forças Armadas para dar um golpe de Estado não precisa de acordos com Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto e com os parlamentares do centrão. Mesmo porque, caso o golpe seja bem-sucedido, o Congresso e o Supremo seriam fechados pelos golpistas.

As bravatas semanais de Bolsonaro nas portas dos quarteis ou na frente do Palácio do Planalto só confirmam o desespero dele por estar acuado e isolado no poder. Acuado pelas acusações feitas por Sérgio Moro e pelas investigações que correm na Polícia Federal, na Justiça e no Congresso contra seus filhotes.

Nesta segunda (04/05), numa entrevista para o jornalista Fábio Pannunzio na TV Democracia, o general da reserva Paulo Chagas, um bolsonarista de primeira hora, fez três afirmativas esclarecedoras: “Ele (Bolsonaro) quer governar sozinho. Infelizmente é um tempo que passou e uma circunstância que não volta mais… Isso é influência do Olavo de Carvalho. O gabinete do ódio existe de fato. Eles ficam colocando ideias na cabeça do presidente… Não está dando certo.

Continuo vendo nele um deputado”. Em outras palavras, Bolsonaro como presidente é pior do que foi como deputado durante 28 anos.

O desgaste de Bolsonaro vem de dentro e de fora do governo. Sem articulação e comando, vem colecionando inimigos. Se desentendeu com Deus e o diabo, como chefes de Estado da França, Alemanha, China, Argentina, Venezuela, com governadores, senadores, deputados, empresários da comunicação, jornalistas e até com generais. Em um ano e quatro meses, demitiu seis ministros.

Por tudo isso já seria impensável imaginar oficiais das Forças Armadas brasileiras se aventurando num golpe de Estado. Muito menos para fazer do clã Bolsonaro uma espécie tropical da dinastia Kim, que governa com mão de ferro a Coreia do Norte há 70 anos.

Tudo leva a crer que está em andamento hoje uma concertação para pôr fim ao desgoverno do capitão. Apaziguando o país para o desafio que se coloca para a pós-pandemia.

É simbólico ver Lula, Dilma, FHC e Ciro juntos em um vídeo em comemoração ao 1º de Maio. Mais simbólico ainda é ver os mesmos personagens em reportagem do Jornal Nacional. As derrotas de Bolsonaro no Supremo já falam por si.

Nas próximas semanas, virão à tona as oito horas de delação de Sérgio Moro, com potencial para subir a audiência da TV Globo e abrir caminho para a Justiça fazer condenações e colocar muita gente na prisão.

Em uma coisa Bolsonaro acertou na mosca: “daqui para frente não tem mais conversa… daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição”.

 

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro, em claro desespero, arrasta PF e Forças Armadas para o inferno de seu clã familiar

A velha máxima de que, “merda quanto mais mexe mais fede” cristaliza-se em cada passo de Bolsonaro.

Isso fica claro em sua defesa do coronavírus, o novo amigão do peito do mito, mas sobretudo na escancarada defesa da impunidade dos crimes cometidos pelos filhos, certamente, a mando do papai.

Para piorar, Bolsonaro coloca tudo no mesmo balaio, blindagem dos filhos e incentivo à contaminação e morte por Covid-19.

O cara é um portento em matéria de tragédia cruzada.

Resta saber se as Forças Armadas embarcarão no caveirão do coronavírus com sua imagem tatuada em cada vítima da Covid-19, porque Bolsonaro diz que tem apoio do que ele chama de “povo” que, na verdade, é uma mixaria das classes média e alta, branca e desgastada, como se viu ontem, mas principalmente das Forças Armadas.

Que Bolsonaro se escora nas Forças Armadas, não resta a menor dúvida, mas se há consenso, aí sem, resta dúvida.

Mais dúvida ainda há se Bolsonaro está jogando para sua horda de dementes ou tentando fazer a PF engolir a seco as mudanças na corporação com a finalidade de livrar a cara dos filhos delinquentes que ele moldou, a modo e gosto, para lhe servir nas velhas picaretagens e crimes comuns.

Seja como for, a impressão que se tem é a de que, com um chiclete agarrado no coturno, Bolsonaro corre, mas no asfalto em brasa, seguindo a trilha do inferno e chegando mais perto da garganta do diabo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Generais desmentem Bolsonaro, dizem que ele ‘está enganado’ e que Forças Armadas não apoiam golpe

Declarações do presidente Jair Bolsonaro, durante manifestação realizada hoje, em Brasília, foram interpretados por políticos de vários matizes como um recado golpista. “Nós temos o povo ao nosso lado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo”, disse Bolsonaro. “Chegamos ao limite, não tem mais conversa”, falou, em outro momento.

Generais da reserva ouvidos pela coluna, no entanto, disseram que não há qualquer possibilidade de Exército, Marinha e Aeronáutica embarcarem em uma aventura antidemocrática. O Ministério da Defesa afirmou que não comenta declarações do presidente.

“Ele (presidente) tem apoio popular, como demonstrado hoje. Mas as Forças Armadas são conscientes da sua missão constitucional”, garantiu o general Maynard Santa Rosa, que até novembro era o responsável pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal. “O momento merece equilíbrio e reflexão, não precipitação”.

O general Paulo Chagas, que foi candidato a governador do Distrito Federal nas últimas eleições, não vê nenhuma chance de golpe. “O presidente está enganado, está interpretando do jeito que ele quer. As Forças Armadas jamais vão entrar numa aventura. O povo está dividido, o Brasil quer que cada um faça sua parte de forma responsável”.

Também o deputado General Peternelli (PSL-SP) diz ter certeza que as Forças Armadas não agirão fora da legalidade. “Trabalham sempre dentro das normas constitucionais”, afirmou. “Às vezes me ligam também perguntando se vai haver um golpe contra o presidente. Nem uma coisa e nem outra”.

Os oficiais do Exército ouvidos também criticam decisões do Supremo Tribunal Federal que, segundo eles, se intromete em áreas que são exclusivas do Executivo. “O precedente aberto pelo STF permite que um juiz de qualquer lugar decida ‘eu quero isso’ , ‘eu quero aquilo”, diz Chagas. Eles se referem ao cancelamento da indicação do diretor-geral da Polícia Federal e à suspensão da expulsão de diplomatas venezuelanos.

Os generais acham que os esforços do governo federal deveriam estar direcionados para o combate ao coronavírus e não para confrontos políticos. “Parece que ele (Bolsonaro) gosta desse tipo de confusão. Acho que tem alguma alma do outro mundo, que mora na Virgínia (referência ao astrólogo Olavo de Carvalho), que manda recados e ele acredita. Isso é ruim. Prejudica a ele e prejudica o Brasil”, avalia Chagas.

Dois dos oficiais não gostaram de saber que o presidente apareceu na rampa do Planalto com as bandeiras de Israel e Estados Unidos no mesmo nível da bandeira brasileira.

“Acho que um Estado soberano como o Brasil não tem motivo para atrelar a manifestação a bandeiras de outros países”, opinou Peternelli. “A manifestação deveria ser essencialmente brasileira”. Chagas lamenta: “Não sei onde o presidente quer chegar com isso, sinceramente”.

 

 

*Com informações do Uol

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Bolsonaro divide com as Forças Armadas a culpa pela carnificina que provoca com seu incentivo ao fim da quarentena

Bolsonaro volta a apoiar ato contra o STF e o Congresso e diz que Forças Armadas estão ‘ao lado do povo’.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada neste domingo (3) e foi até a rampa do Planalto para acenar aos manifestantes, aglomerados, que gritavam “Fora Maia”, entre outras coisas. Uma bandeira do Brasil foi estendida na rampa.

Bom, o “povo” que ele diz, é justamente uma massa de gente demente, branca das classes média e alta que veste verde e amarelo e odeia o povo brasileiro.

Bolsonaro ainda arrota valentia golpista: “Chegamos no limite, faremos cumprir a Constituição”.

Moro também foi alvo do protesto organizado pelo gabinete do ódio, comandado pelos filhos, Carlos e Eduardo Bolsonaro, que estão cada dia mais perto da cadeia do que da política.

O maníaco do planalto voltou a atacar governadores pelas medidas de isolamento social no combate à pandemia do coronavírus e criticou o que chamou de “interferência” em seu governo, numa alusão às recentes medidas do STF que podaram suas asas para se blindar e a filhos em ações da PF.

Bolsonaro disse querer “um governo sem interferência que possa atrapalhar o futuro do Brasil”

Segundo o neofascista, o efeito colateral das medidas de isolamento pode ser mais “danoso” que o próprio coronavírus.

No final da pantomima, Bolsonaro repetiu a referência às Forças Armadas: “Vocês sabem o povo está conosco, as Forças Armadas estão ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade, também estão ao nosso lado”.

Faltou dizer que os militares, junto com ele, são culpados por cada morte de cada brasileiro ocorrida por conta de seu apoio à Covid-19.

 

*Da redação

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Governadores se assombram com a incapacidade do Ministro da Saúde e dos militares que o tutelam

Bolsonaro arrastou as Forças Armadas para seu inferno político de tal forma, que nem em cem anos elas conseguirão se limpar perante o povo.

Todos os generais do governo Bolsonaro que falavam em honra, moral, patriotismo e outros bordões, hoje, encontram-se na mesma canoa de Roberto Jefferson, Kassab e Valdemar Costa Neto, remando sob o mesmo compasso.

Ainda hoje, o jornal Washington Post publicou um artigo em que Bolsonaro é descrito como um insano que prepara uma bomba biológica contra os brasileiros que causará uma tragédia sem precedentes.

Revela ainda o medo que os países vizinhos do Brasil estão do grau de contaminação e mortes que Bolsonaro promoverá no país nas próximas semanas.

Nesta quinta-feira (30), os governadores que estiveram com o ministro de Saúde, Nelson Teich, que Bolsonaro, por questões políticas, colocou no lugar de Mandetta, se disseram assombrados não só com incapacidade absoluta de Teich para o cargo, como também dos militares da ativa que o tutelam.

Essa conversa de que as Forças Armadas são uma coisa e o governo é outra, já não fazia sentido, agora, é que não faz mesmo. As Forças Armadas estão sim alinhadas em pensamento e ação com o genocida que ela própria expurgou de seu quadro quando esse mesmo delinquente se envolveu em atos terroristas e contravenção, sobretudo com o garimpo ilegal, arrastando com ele alguns subalternos para a empreitada.

O caso do Brasil está deixando brasileiros, com um mínimo de juízo, apavorados. As pessoas estão se sentindo dentro de uma câmara de gás em que a válvula a cada dia vai sendo aberta de maneira em que o processo de asfixia alcance a todos de forma inapelável.

Mesmo diante desse quadro drástico, Bolsonaro, como todo psicopata que até hoje quer explorar o garimpo ilegal, segue vomitando pelos quatro cantos do país o fim do isolamento social, irmanado com membros dos Clubes de Diretores Lojistas e outras entidades patronais, contando com colunistas sem absolutamente qualquer escrúpulo como Augusto Nunes, Roberto Cabrini, Alexandre Garcia, Ana Paula do vôlei, JR Guzzo e outros lixos vendidos ao capitão da morte, assim como a deputada vigarista, Carla Zambelli, figuras que representam bem o tipo de escória a quem Bolsonaro se une politicamente para ter a prerrogativa de fomentar um genocídio no país sem que de fato as instituições acionem mecanismos concretos para impedir imediatamente o avanço de Bolsonaro, militares, políticos sujos e colunistas inescrupulosos.

Alguma coisa muito séria precisa ser feita imediatamente para estancar essa sangria com o afastamento imediato desse monstro que se uniu a outros tantos do mesmo calibre para produzir o caos que o país todo vive e ainda viverá. É urgente e inadiável.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

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Mourão diz que governo Bolsonaro vai extrair o melhor de Roberto Jefferson, Valdemar da Costa e Kassab

A pergunta a se fazer é, qual o limite do cinismo dessa gente?

Fica cada dia mais evidente que o ser humano não tem qualquer importância, o  mercado é o ponto central e, em nome dele, pode-se cometer qualquer desatino.

E é assim que Mourão justifica a democracia de mercado em que o Brasil vive, sem falar no papel patético de Braga Neto sendo humilhado publicamente diante do sermão dado por Paulo Guedes por ordem do mesmo mercado contra o tal programa Pró-Brasil, que teve uma reação absolutamente histérica do mercado contra o governo, fazer investimento em obras de infraestrutura para gerar emprego e aquecer a economia.

Guedes soltou rojão ao lado do parcimonioso Braga Neto. O Estado não vai casar um tostão com obras, o mercado é que vai alavancar a nossa economia, disse.

Assim, está pronto o discurso dos neoliberais e Guedes, o mais espetaculoso de todos, não economiza rojões na hora de soltar seus balões que pegam fogo logo na saída. Está aí o seu Pibinho de 1%, possivelmente subnotificado, porque na vida real, para os brasileiros, foi negativo. O mesmo PIB que Guedes bateu bumbo durante todo o ano prometendo 2,5% a 3,5%.

E quem cobra isso dele, a mídia de banco? A Globo era só entusiasmo com o discurso de Guedes e seu passa-moleque no general rastejante Braga Neto. Guedes ainda complementou que “alguns ministros querem aparecer”.

Assim é o general Mourão hoje explicando o recruta zero expulso das Forças Armadas, Jair Bolsonaro. Sua fala justifica porque Bolsonaro é um rato do sistema financeiro e ele, Mourão, um devoto da banca. Sem falar em suas ambições pessoas, que não são poucas.

Mourão sapecou sua explicação esfarrapada para o governo fechar com a escória da corrupção brasileira dentro do Congresso. Ele fala do centrão que tem como caciques, Roberto Jefferson, Kassab e Valdemar da Costa Neto: “vamos extrair o melhor do centrão e outras siglas que o governo conversará para o bem do Brasil”.

O despudor dessa gente não cabe na frase de que o inferno é o limite, pois aonde o governo Bolsonaro mergulha, o inferno está dois andares acima.

Mas quem, a essa altura do campeonato, se importa em manter qualquer coerência em um ambiente em que um presidente genocida, enxovalhado nos quatro cantos do planeta, está politicamente com o pé na cova na mira do STF?

Bolsonaro sabe que vai cair, por mais demente que pareça e psicopata que é,  tem dimensão do perigo que ele e os filhos correm de saírem de Brasília algemados.

Certamente, Bolsonaro vai se debater como qualquer animal que luta instintivamente num matadouro antes do abate.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Em defesa de Bolsonaro, Roberto Jefferson fala em nome das Forças Armadas, Polícias e ameaça o STF

Aonde Bolsonaro foi amarrar a égua das Forças Armadas?

É a desmoralização total da instituição.

Roberto Jefferson, que dispensa apresentações, em plena entrevista com Leda Nagle, se autodeclarando porta-voz das polícias civil e militar e corpo de bombeiros, já é um insulto, mas vê-lo dizendo que “nosso grupo”, referindo-se sobretudo às Forças Armadas, é a avacalhação total com a instituição.

Poderia falar, eu, Augusto Nunes, Datena, Valdemar da Costa Neto, a própria Leda Nagle, porque fazem parte da turma do balcão de negócios, vá lá.

Mas o que ele fez com os militares bancando o general cinco estrelas em defesa e em nome de Bolsonaro foi uma depravação.

https://twitter.com/mariocrpl/status/1255544815334416387?s=20

 

*Da redação

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Entre militares e milicianos, Bolsonaro escolhe proteger Ronnie Lessa, miliciano, traficante de armas e assassino de Marielle

Reinaldo Azevedo: “Ao assim agir, ou seja, ao impedir a edição de normas compatíveis ao ordenamento constitucional e que são necessárias para o exercício da atividade desempenhada pelo Comando do Exército, o Sr. Presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública, e possibilita mecanismos de fuga às regras de controle da utilização de armas e munições”, escreveu Raquel Branquinho.

“O presidente Jair Bolsonaro revogou nesta sexta-feira (17) três portarias do Exército que estabeleciam regras para rastreamento e identificação de armas de fogo no Brasil. As normas também tratavam da obrigatoriedade de dispositivos de segurança em armas de fogo”.

“Atiradores e colecionadores: determinei a revogação das portarias Colog [Comando Logístico do Exército] nº 46, 60 e 61, de março de 2020, que tratam do rastreamento, identificação e marcação de armas, munições e demais produtos controlados por não se adequarem às minhas diretrizes definidas em decretos”, escreveu o mandatário em sua conta no Twitter. (Folha)

A imprensa publicou nesta terça-feira que os militares se disseram decepcionados com Moro, depois que o ex-juiz e ex-ministro, Sergio Moro revelou, através do Jornal Nacional, mensagens trocadas entre ele e a deputada (PSL) Carla Zambelli e entre ele e Bolsonaro, uma mistura explosiva e perigosa para a própria imagem das Forças Armadas a um governo que tem como oposição não só o PT, a esquerda e os tais “comunistas” que sempre criaram para justificar seus atos autoritários.

O mundo todo trata Bolsonaro como a figura mais repugnante do planeta por suas ações criminosas em parceria com garimpeiros, madeireiros, grileiros nos incêndios da Amazônia, como agora na ação criminosa contra o povo brasileiro, aliando-se ao coronavírus em benefício do mercado.

No caso das Forças Armadas, ainda surge o fato de esmagar a autoridade da instituição para beneficiar traficantes de armas, milicianos, traficantes de drogas e assassinos de aluguel como os do escritório do crime, comandado por Adriano da Nóbrega, morto recentemente na Bahia, e sobretudo Ronnie Lessa, seu vizinho no condomínio Vivendas da Barra que, preso por ter assassinado Marielle Franco e Anderson Gomes, a polícia descobriu 117 fuzis em sua posse, mostrando que o mesmo que matou Marielle é o maior traficante de armas do Rio de Janeiro, cidade em que circula o maior tráfico de armas do país.

Pergunta inevitável: aonde foi parar a sanidade do comando das Forças Armadas para seguir, como bolsonaristas fanáticos, um maníaco, expulso da instituição, além de ser ligado à cúpula mais pesada das organizações criminosas cariocas?

O tal Bolsonaro grosseirão que às vezes serve de mote para alguns textos elogiosos, vendendo sua suposta simplicidade, neste caso expõe de maneira despudorada, sua intenção de proteger criminosos e se, depois dessa desmoralização das Forças Armadas, o oficialato ainda se mantiver cego, surdo e mudo como um gado bolsonarista, a instituição está completamente falida no propósito mais simples de garantia da defesa do território nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Como as Forças Armadas, que são parte do governo, explicam Bolsonaro, o maníaco que saiu da escola militar

Quando se fala que Bolsonaro é um maníaco, um psicopata, fala-se algo que está em consonância com o laudo do próprio exército no período de sua expulsão.

Até aí, está tudo certo. As Forças Armadas começam a se enrolar nessa história na hora de explicar o que tantos militares da alta patente, da reserva e da ativa, estão fazendo nesse governo.

Não há a menor dúvida de que, pelo seu comportamento, como disse a economista Laura Carvalho, ” a morte dos pobres (e são os que mais vão morrer) vai cair no colo de Bolsonaro” e, consequentemente, das Forças Armadas, mesmo que a mídia, de tempos em tempos, insista em dizer que os militares não são parte desse governo.

E convenhamos, algo extremamente difícil de explicar, como a mídia chegou a esse cálculo político, até porque generais da ativa sabem que o coronavírus vai atingir em cheio as tropas, já que a maioria dos soldados mora em comunidades pobres, vindos de famílias pobres e, portanto, serão mais atingidas pela doença.

Beira à esquizofrenia o silêncio das Forças Armadas diante do comportamento genocida de Bolsonaro, inclusive depois de um manifesto da própria instituição em apoio ao isolamento social.

É certo que essa culpa não pode ser jogada somente nas costas dos militares, Bolsonaro não chegou ao poder de improviso, teve apoio maciço das classes dominantes, as mesmas que trouxeram o vírus para o Brasil e que foram também atingidas primeiro, mas que, no final das contas, na soma total dos casos, serão infinitamente menos atingidas do que as classes menos favorecidas da população.

É a herança civilizatória da escravidão, como bem disse Milton santos, vigente nos tempos atuais, é que determinará a grosso modo quem vai morrer e quem vai viver.

Bolsonaro fez de tudo para chantagear os pobres para que eles voltassem ao trabalho pelo lucro dos ricos que sustentam o seu governo inútil ao país, mas extremamente benéfico aos banqueiros, à agiotagem que, certamente, estão bem guardados dentro de um abrigo mais blindado e seguro do que os cofres dos seus bancos, enquanto Bolsonaro manobrou e, agora, vai às ruas exigir que os pobres voltem a trabalhar para o grande capital, porque o show dos milhões tem que continuar. E faz isso atropelando, como presidente da República, toda a orientação de órgãos sanitários nacionais e internacionais.

Bolsonaro, com esse comportamento, está provocando um genocídio, em primeiro lugar dos profissionais da saúde que estão na linha de frente no campo de batalha dentro dos hospitais contra um vírus perigosíssimo por ser extremamente contagioso.

Em seguida, os que sofrerão mais com essa irresponsabilidade serão os garis, que carregam o lixo das casas, inclusive das casas de pessoas infectadas, muitas vezes sem saber que estão.

Depois, vêm os profissionais que não podem deixar de trabalhar como os de serviços essenciais, como supermercados, farmácias, bancos, corpo de bombeiros, policiais civis e militares, exército, marinha, entre outros. Ou seja, Bolsonaro é inimigo desses milhões brasileiros que estão mais expostos à contaminação pelo coronavírus.

E pelo seu comportamento de psicopata, o maníaco do Planalto, que já usou todos os subterfúgios para negar a existência e gravidade da pandemia, classificando-a como gripezinha, resfriadinho e, mais à frente, bancando o médico com o receituário da cloroquina, convocando manifestações de comerciantes contra o isolamento e, agora, indo para as ruas promover aglomerações e a consequente disseminação do coronavírus. Isso, sem falar do pior, a sua postura tem levado milhões de brasileiros a seguirem seu comportamento, porque, na verdade, Bolsonaro pretende na próxima semana transformar o país em uma bomba biológica que, inevitavelmente, levará o sistema de saúde ao colapso.

E quem pensa que, depois disso, ele vai parar, não tem ideia de como se comporta um psicopata.

Diante desse caos, as Forças Armadas sairão com a imagem ainda mais deteriorada porque Bolsonaro soube explorar bem a sua imagem de militar, mesmo sendo político há trinta anos e, principalmente porque muitos militares da reserva e da ativa, encantados com o canto sereia e abraçados com o monstro, estão levando as Forças Armadas para o centro da tragédia nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro virou pavão: Braga Netto é o novo “presidente operacional do Brasil”

Um dos mais influentes jornalistas argentinos, Horácio Verbitsky anunciou hoje que um militar brasileiro “de altíssimo nível” revelou a um amigo argentino, também general, que as Forças Armadas brasileiras decidiram manter Bolsonaro na presidência, “mas sem poder efetivo”. Segundo ele, a função passa a ser exercida de fato pelo chefe da Casa Civil, general Braga Netto.

Um dos fundadores do jornal Página12 e autor do livro-reportagem “O voo”, que denunciou a ditadura argentina por atirar em alto-mar seus adversários políticos, o veterano e premiado jornalista argentino Horácio Verbitsky foi também quem pela primeira vez trouxe a público as relações do então cardeal Jorge Bergoglio, hoje papa Francisco, com os militares argentinos. A revelação de Verbitsky viria a ser confirmada no filme “Dois papas”, do brasileiro Fernando Meirelles.

Leia, a seguir, os principais trechos da revelação de Verbitsky sobre a crise política brasileira, feita durante o programa de rádio “El Destape”.

“O comportamento do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, já vinha recebendo o repúdio tanto dos brasileiros como do mundo em geral. Diante da pandemia de coronavírus, Bolsonaro agiu com total despreparo e ignorância da situação, o que levou as Forças Armadas do Brasil a deixá-lo sem poder efetivo, e colocar no seu lugar, como ‘presidente operacional’, o general da reserva Walter Braga Netto.

Em uma comunicação telefônica, um oficial do alto escalão do Exército brasileiro revelou a um seu colega argentino que as Forças Armadas haviam tomado a decisão de ignorar o presidente Bolsonaro em todas as decisões importantes. O escolhido para exercer as funções foi o general Walter Braga Netto, que Bolsonaro nomeou há poucas semanas para a chefia da Casa Civil da Presidência. Braga Netto aposentou-se como general-de-exército, mas ainda tem papel relevante dentro das Forças Armadas.

Em sua conversa com o homólogo argentino, o general brasileiro ressaltou que Bolsonaro continuará em seu papel de presidente constitucional, embora não venha a ter o mesmo peso de antes. Não se trata de algo equivalente à deposição do presidente, mas de sua redução a uma figura de monarca constitucional, sem poder efetivo.

Esta informação não veio para a Argentina sob a forma de um relatório oficial. Foi uma comunicação telefônica entre dois amigos que representam posições muito altas nas respectivas hierarquias. Com isto, Bolsonaro começa a perder o poder no país que o elegeu presidente em 2018”.

 

 

*Do Nocaute