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Depois de cinco anos, a farsa da Lava Jato, que prometia combater poderosos, deixou os ricos mais ricos e os pobres mais pobres

Só o cinismo midiático mantém de pé a farsa instituída pela Lava Jato: Temer admite que a Presidenta Dilma foi derrubada por um golpe; Vaza Jato expõe a manipulação de Moro para impedir Lula de assumir a Casa Civil em 2016; ação clandestina da Lava Jato planejava derrubar até ministros do STF. (Saul Leblon – Carta Maior)

A Globo ignora a confissão de Temer afirmando por duas vezes no programa Roda Viva, TV Cultura, que Dilma foi golpeada.

Elio Gaspari faz o traçado de Moro mostrando como a Lava Jato impediu Lula de assumir a Casa Civil para fortalecer o golpe que aconteceria seis meses depois.

Tudo isso teve um resultado prático na vida nacional. A Lava Jato que jurava combater poderosos, deixou os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, pior, fez a miséria, praticamente erradicada no país com Lula e Dilma, voltar a fazer parte da paisagem brasileira.

Esta é a inapelável realidade. Mas não só isso.

Se dermos um google, vamos lembrar que a farsa da Lava Jato começa pra valer no dia 17 de março de 2014. Neste período do governo Dilma, o Brasil vivia o pleno emprego. O salário mínimo tinha o maior poder de compra da história.

Com a farsa repetida à exaustão pela Globo de que a Lava Jato era a maior investigação de corrupção da história do país, Moro e a república de Curitiba promoveram um desmonte na economia nacional e uma destruição em massa de empregos que passaram de R$ 8 milhões.

Apenas banqueiros e rentistas ganharam, e batendo recorde sobre recorde de lucros com esses cinco anos de operação que contou com praticamente dois golpes de Estado. A Vaza Jato, em vazamentos recentes, mostrou que Dallagnol foi contratado pela XP Investimentos para uma reunião secreta com banqueiros para garantir que Lula a prisão de Lula e a vitória de Bolsonaro.

O primeiro, contra Dilma já eleita e, o segundo, preventivo, com Moro prendendo Lula para Bolsonaro vencer a eleição e Moro ser seu ministro.

O resultados dos golpes da Lava Jato produziram também a precarização dos trabalhadores e numa lista de perda de direitos jamais vista na república.

Esta é apenas parte da realidade concreta de um país que foi arrasado depois do maior crime jurídico da história, chamado Lava Jato.

O resto é conversa mole do colunismo midiático que foi contratado pelo mercado pra dizer que o PT quebrou o Brasil, sem explicar como e nem porque.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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O Brasil tem apenas dois partidos, o PT e a Globo

Desde a redemocratização, o Brasil viu um embate só. De um lado, o Partido dos Trabalhadores e, do outro, a Globo, o Partido do Mercado, o Partido do Neoliberalismo. Assim foi em 1989, com Lula (PT) versos Collor (Globo). Duas vezes, Lula (PT) versos Fernando Henrique Cardoso (Globo), esses com vitória da Globo no embate com o PT.

A partir de 2002, a Globo sofre uma série de derrotas seguidas para o PT, o que a leva a comandar o golpe contra Dilma.

As derrotas da Globo: em 2002, Lula versos Serra. Em 2006, Lula versos Alckmin. Em 2010, Dilma versos Serra e em 2014, Dilma versos Aécio. E perderia pela quinta vez consecutiva com a esmagadora vitória de Lula, já no primeiro turno, se não fosse a polícia política dos Marinho, comandada por Moro, prender Lula para a vitória de seu candidato Jair Bolsonaro.

Se alguém tinha alguma dúvida de que a Globo e Bolsonaro estão do mesmo lado, que é também o lado de Serra, Alckmin, Fernando Henrique Cardoso e Aécio, o pedido de demissão da cúpula da Época, em reação à Globo que pediu desculpas pela matéria feita sobre a esposa de Eduardo Bolsonaro, acho que não tem mais.

Então, quando se fala em “antipetismo” no Brasil, fala-se de pró Globo. O Brizola mesmo dizia que Roberto Marinho deveria disputar a cadeira da Presidência da República, já que ele era o próprio presidente do partido de direita, mas como era covarde, não tinha coragem de disputar uma eleição limpa e, portanto, preferia jogar o peso de um monopólio da comunicação de massa contra quem era considerado inimigo do rentismo, ou seja, dela própria.

Hoje, entende-se melhor como a Globo insuflou as manifestações de 2013, propagou o ódio contra Dilma, depois contra o PT e, na sequência, contra Lula. Em 2014 convocou atos fascistas dos patos amarelos contra Dilma e, em 2018 fez a ponte, em pleno Jornal Nacional, do General Villas Bôas, a mando dos banqueiros como um bom capataz da casa grande, ameaçando o STF de golpe se Lula fosse libertado.

A Globo não é simplesmente o partido do mercado, ela é o partido da extrema direita brasileira, dos fascistas brasileiros, como foi a máquina de propaganda de todos os anos da ditadura.

E é esse embate que o Brasil terá daqui para frente, porque a Globo conseguiu avançar muito na escravidão moderna contra os trabalhadores depois do golpe em Dilma, a prisão de Lula e a eleição de Bolsonaro.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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E o STF, não é guardião nem de si próprio?

É difícil entender por que a direita quer o fechamento do STF, senão por um orquestrado jogo de cartas marcadas saído da república de Curitiba em seu, hoje escancarado, projeto de poder.

O STF passou cinco anos subordinado à Lava Jato de Moro, modificando completamente a geografia política do país, em parceria com a Globo, sem que fosse incomodado pela Corte Suprema.

Nesse ínterim, a Lava Jato se uniu, primeiramente, com o corrupto Aécio Neves para derrubar Dilma e, como um golpe de Estado, colocar no lugar Temer, outro comprovado corrupto e, em seguida, mergulhar de cabeça na campanha de outro corrupto miliciano, que é Bolsonaro, prendendo Lula, sem provas, para dar a eleição a Bolsonaro. Tudo isso debaixo das barbas do STF, chamado de “guardião da constituição”, o mesmo guardião que, emparedado pela Globo, mercado e os militares, o que é, na verdade, uma redundância, fez ouvidos moucos para todos esses absurdos.

Na realidade, o STF fazia parte dessa integração e, por isso, fica impossível entender por que alguns retardados vestidos de verde e amarelo queriam o seu fechamento, pois, quando perguntados sobre o porquê do fechamento do STF, nenhum sabe responder.

Aquele modelo cívico de gado do bolsonarismo atendia a um berrante de força maior, e essa força tem nome e endereço, como mostrou nesta segunda-feira (16) a Vaza Jato em que a procuradora Thaméa Danelon, da Força-Tarefa da Lava Jato, confessa a Dallagnol que se corrompeu ao aceitar prestar serviços de elaboração do pedido de impeachment de Gilmar Mendes feito pelo advogado Modesto Carvalhosa, que defende interesses corporativos referentes a muitos bilhões, dentro da Petrobras, o que mostra que não existe mais fronteiras entre a ética e a corrupção para os lavajatistas, já que Dallagnol, sabendo dessa arrumação pela própria Thaméa, comemora com palminhas e oferece seus préstimos para analisar a qualidade da minuta.

Fica a pergunta: o STF, que se calou até aqui sobre os vazamentos do Intercept, tendo apenas Gilmar Mendes se posicionado frontalmente contra os crimes da Lava Jato, ficará mudo e cruzará os braços, mostrando que não é guardião nem de si próprio?

A conferir os próximos capítulos.

 

*Por Carlos Henrique Machado freitas

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Ciro parece querer disputar espaço com Olavo de Carvalho

Em entrevista à BBC, como exemplo das estratégias equivocadas do “hegemonismo petista”, Ciro Gomes disse que Marcia Tiburi teve um desempenho pífio nas eleições no Rio de Janeiro porque ela “faz apologia do cu na televisão”:

“Quantos votos teve a candidata a governadora do Rio de Janeiro nas eleições passadas? Você tem ideia? Rio de Janeiro é a maior concentração de artista por metro quadrado, intelectuais, engenheiros, do Brasil. É a sede da Globo, da ABI, enfim, de tudo o que é progressista. Sabe quantos porcento PT tirou lá? Dois por cento. Porque a Marcia Tiburi, que é uma figura respeitável, queridíssima e tal, faz apologia do cu na televisão. Eu tenho até vergonha de citar e isso não quer dizer que não haja uma grande interessante questão nesta tese da Marcia Tiburi, mas foi o que dominou o debate no Rio de Janeiro. Você quer uma governadora que faz apologia?”.

É esse tipo de “crítica [que] permite uma boa discussão sobre a viabilidade de um projeto nacional dentro de um modelo democrático brasileiro”? É isso um polemista nato? Para mim, Ciro de muito já não passa mais de um boquirroto amargurado que abriu mão de seu compromisso com a democracia. Agora parece querer disputar espaço com Olavo de Carvalho.

Na entrevista com Lula, Mino Carta afirmou que cultivou um “ódio sublime” de Haddad quando esse, numa entrevista cheia de cascas de banana para ele escorregar, elogiou a Lava Jato. Mas não me lembro dessa indignação quando Ciro diz que Lula não é um preso político, além de um caudilho latino-americano corrupto e traidor.

“Até quando eu vou ter que engolir em nome de uma pseudounidade que essa gente se aproprie o país, roube feito um condenado, se acostume com a vida e as frivolidades da burguesia? O que aconteceu com o Lula? O Lula se corrompeu. Desculpa, é doído dizer isso, mas o Lula se corrompeu. Ele virou sabe o quê? Um caudilho sul-americano. É o culto à personalidade. Toda a agenda do país agora é refém do egoísmo do Lula.” (leia a entrevista aqui).

Sei lá… Não entendo como jornalistas tarimbados, tão críticos com relação ao PT e sua direção, fechem os olhos para estes comportamentos nada dignificantes de Ciro Gomes. Sinceramente.

 

*Por André-Kees Schouten/GGN

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Elio Gaspari esmiúça o papel da Lava Jato no golpe contra Dilma

O que tem de revelador no artigo de Elio Gaspari, neste domingo (15) no Globo, intitulado, “Moro desculpou-se, mas não se arrependeu”, não são as trocas de mensagens da Lava Jato, pois como ele mesmo diz, a Folha já havia feito essa revelação.

O que Gaspari faz com perfeição é mostrar com detalhes as filigranas de uma operação moldada por Moro e os procuradores da Lava Jato para derrubar o governo Dilma.

O interessante é que esse artigo é publicado um dia depois da revelação assombrosa de Janaína Paschoal em seu twitter, quando confessa que Dilma sofreu um golpe, com uma única frase “alguém acha que a Dilma caiu por problema contábil?”.

Gaspari soube em seu artigo traduzir com precisão a manobra macabra que estava por trás daquele vazamento que Moro fez para a Globo da conversa entre a presidenta Dilma e Lula, que resultou no impedimento da posse de Lula como Ministro-chefe da Casa Civil e, seis meses depois, a derrubada de um governo legitimamente eleito nas urnas.

Mais do que valer a pena ler o artigo, ele indica um caminho. Na verdade, o caminho natural das coisas, buscar os efeitos concretos da Lava jato na fonte para se entender não só o golpe em Dilma, mas a prisão de Lula e como a Lava Jato mergulhou o país nessa coisa abominável que se chama governo Bolsonaro, da qual Moro é parte.

 

*Da redação

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Cada vez mais isolado, dentro e fora do governo, Moro tenta barrar CPI da Vaza Jato que lhe custará a cabeça

Moro, que já foi uma griff brasileira de intocável pelo medo que muitos tinham da Globo em enfrentá-lo, parece que vê pipocar o abandono do campo de batalha de antigos aliados e, com isso, sua irremediável ruína.

Para quem achou que o judiciário era um latifúndio de sua propriedade e que, no Brasil, não existia quem o parasse, porque os fatos fabricados pela Lava Jato ganhavam dimensão brutal dos holofotes do Jornal Nacional e já precipitava uma decisão contra qualquer um que Moro apontasse o dedo, agora parece escravo das próprias súplicas na tentativa de salvar o pescoço. Sem falar dos fatores que amedrontavam a muitos, como as prisões arbitrárias para lhe servir de trunfo na acusação de suas vítimas preferenciais, políticos do PT, coisa que hoje se tornou impossível para Moro instrumentalizar o judiciário.

Era fácil, bastava manchar a honra de alguém pela boca de Bonner para Moro já cantar sua vitória e impor no cativeiro suas normas para a liberdade.

Todos sabiam que, para conseguir a liberdade, a senha era delatar algum político do PT, mesmo sem provas, mas, sobretudo Lula, o grande troféu almejado por Moro.

Mas o Brasil não parou e, muito menos o PT e, principalmente Lula. Ao contrário, Lula, de dentro do seu cárcere político, vai se transformando num personagem mundial da envergadura de um Mandela, porque a história já interpretou todo o estado emotivo produzido por Moro e Globo na preparação psicológica das massas para prender Lula sem provas. Isso foi feito por Moro sem escrúpulos, sem alma, sem nada, como se o Brasil fosse uma sociedade primitiva, mas não é. O Brasil não está cativo e, assim, depois do rapto de Lula, foram surgindo vários pontos de resistência e luta contra a sua prisão política.

A parte decente da justiça imediatamente denunciou Moro e seus comandados, entre tantas manifestações nacionais e internacionais de grandes políticos, juristas, artistas e intelectuais, mas o destino reservou para Lula e Moro um mesmo ponto com sinais trocados, os vazamentos que o Intercept publicou, resultando numa multiplicação de veículos que estabeleceram parceria com Glenn Greenwald e passaram também a publicar.

Isso obrigou a Globo a se manter distante, porque, na verdade, manteria-se distante de si mesma, da delinquência jornalística que praticou junto com Moro.

Moro, hoje, tem que advogar em causa própria, porque sua prostituição jurídica não encontra mais eco dentro do governo, dentro do congresso e, sobretudo na Globo, tendo espaço somente para tentar angariar apoios no varejo que impeçam a CPI da Vaza Jato já com assinaturas suficientes para dar início aos trabalhos e prevalecer a verdade oculta na Lava Jato, tendo como destino a condenação de todos os crimes cometidos por Moro, Dallagnol e cia.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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VÍDEO – Os delegados da PF e a origem fraudulenta da Lava Jato

Neste vídeo reportagem, o jornalista Joaquim de Carvalho conta como a Lava Jato se consolidou na Superintendência da PF de Curitiba a partir de escutas ilegais e da manipulação de sindicâncias e inquéritos. Você verá depoimentos exclusivos de delegados.

Certos aspectos da prostituição da PF, MP e judiciário só puderam acontecer subsidiados pela grande mídia, sobretudo a Globo.

Baseado em plano de ação em que a justiça era mutilada, a Globo e congêneres trabalhavam como um braço livre da Lava Jato para garantir trono aos componentes da Força-tarefa, evocando um combate à corrupção tendo justamente agentes corruptos do Estado à frente dessa cruzada dirigida por Moro.

Por isso não foram suficientemente cautelosos, pois acreditaram que o patriarcado midiático podia tudo, bastando uma doutrina sistemática que manipulasse parte da população. No entanto, essa visão precipitada das coisas seduziu os lavajatistas e, com isso, foram deixando rastros pelo caminho.

Depois da apoteose midiática que embotou os olhos dos próprios componentes do califado de Curitiba, vem a ressaca e, com ela, o desabamento de uma farsa.

Assista ao vídeo

 

*Vídeo: DCM

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Vídeo: resposta de Glenn à tentativa de intimidação de Moro

Em vídeo, jornalista do Intercept diz que Globo e Antagonista não fazem “jornalismo”, mas “parceria” com a Lava Jato, e por isso publicam vazamentos ilegais do Ministério Público sobre o deputado federal David Miranda, tentando prejudicar a imagem do parlamentar, que é seu marido, e a dele próprio. “Eles querem que você esqueça o caso de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz e pensem que meu marido e eu temos uma reputação suja usando uma tática covarde, que são os vazamentos ilegais”.

O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept, publicou um vídeo nas redes sociais criticando duramente o vazamento ilegal do Ministério Público do Rio de Janeiro ao Globo e ao site O Antagonista envolvendo seu nome e o do deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), seu marido.

Segundo reportagem do Globo, “um relatório enviado pelo Coaf ao Ministério Público do Rio dois dias depois de o site The Intercept Brasil começar a divulgar mensagens atribuídas a autoridades da Lava Jato aponta que o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) fez ‘movimentações atípicas’ de R$ 2,5 milhões em sua conta bancária entre 2 de abril de 2018 e 28 de março de 2019”.

Para Greenwald, trata-se da “retaliação mais óbvia, mais patética, mais falsa até agora em resposta às nossas reportagens da Vaza Jato”.

“É muito irônico, para começar. Porque um tema principal da nossa reportagem desde o começo é o fato de que o Ministério Público abusa o tempo todo vazando ilegalmente informações de investigações para destruir reputações usando veículos da mídia como Antagonista e Globo, que não são jornalísticos, são parceiros [da Lava Jato]”, diz ele. “É exatamente o que eles fizeram nesse caso”, completa.

Ele reforça ainda o fato de que o relatório foi enviado apenas dois dias depois do início da Vaza Jato, como informa o Globo no primeiro parágrafo. “É possível ser mais óbvio?”, questiona.

“Eles estão tentando criar equivalência com o caso de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, que com certeza são culpados de ser corruptos. Eles querem que você esqueça o caso de Flávio e Queiroz e pensem que meu marido e eu temos uma reputação suja não usando o processo legal, mas uma tática covarde, que é a utilização de vazamentos ilegais”, completa.

Glenn Greenwald lembra que “é muito difícil” para o MP explicar como Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz receberam tanto dinheiro, além de seus salários. “O Ministério Público não tem uma explicação, como ele recebeu tanto dinheiro de milicianos”, diz.

“Mas no nosso caso é muito fácil, e se O Globo tivesse jornalistas e repórteres, em vez de propagantistas da Lava Jato, que meu salário é uma informação pública e ele é muito maior – e tenho até vergonha de dizer isso – do que as quantias que o David está sendo acusado de receber”, explica. “Se O Globo tivesse usado algo chamado Google, descobriria que eu tenho ainda outras rendas”. Assista:

 

 

*Com informações do 247

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Como um mafioso, Moro usa, nas sombras, o Coaf como tática de máfia contra David Miranda para atingir Glenn

Na velha parceria com os donos da Globo, Moro, desancado pelo Intercept em nova reportagem da Vaza Jato, mostrando que ele aplicava métodos de máfia usando a filha de um empresário como instrumento de chantagem para atingir o pai, agora, usa a maquina do Estado nas mãos dos fascistas e encomenda relatório do Coaf para tentar atingir Glenn via David Miranda.

A coisa armada por Moro chega a ser provinciana e primária.

A partir do documento, o Ministério Público do Rio abriu uma investigação sobre as movimentações de Miranda e foi colocado no jornalão dos Marinho em garrafais, nos mesmos moldes que essa parceria Lava Jato e Globo fizeram durante cinco anos para fabricar o golpe em Dilma e a prisão de Lula, levando os corruptos Temer e Bolsonaro à Presidência da República.

Em despacho de sete páginas que decretou o segredo de justiça do caso, o juiz Marcelo da Silva pede que o deputado e outras quatro pessoas, entre assessores e ex-assessores dele, sejam ouvidos antes de qualquer ação cautelar. “Entendo prudente postergar a análise do pleito para o momento posterior à instauração do contraditório”

David Miranda afirmou, através de sua equipe, que o cargo de deputado não é a sua única fonte de renda e, portanto, “as movimentações são compatíveis com sua renda familiar”. O deputado recebe R$ 33,7 mil de salário. Ele afirmou que depósitos fracionados detectados pelo Coaf vêm dessa outra fonte, uma empresa de turismo da qual é sócio com Glenn Greenwald”.

 

*Da redação

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A Globo chocou o ovo da serpente e, agora, não sabe o que fazer com ela

Por Luis Nassif

No período áureo do chamado jornalismo de esgoto, Veja se incumbia das fake news, Globo dava dimensão nacional às matérias, mas sem sujar as mãos: limitava-se a repercutir no Jornal Nacional todas as capas da Veja.

Anotei, na época, que a Globo era a melhor não apenas por ser a maior, mas por ter a melhor visão estratégica da instrumentalização do jornalismo.

Corrijo: a Globo cavou sua própria sepultura com a estratégia do impeachment, de se aliar a Eduardo Cunha e acelerar a queda de Dilma Rousseff. O epitáfio está na matéria de hoje, da Folha, sobre os planos de expansão da Amazon no Brasil. O Pacote Prime, a R$ 9,90 por mês, dará acesso a filmes, música, livros, jogos, revistas. Mas não apenas isso: a frete grátis para todo o país, na compra de produtos da Amazon.

O modelo de negócios da Time, nos anos 50, incluía catálogo de vendas, se não me engano de produtos da Sears. Era uma maneira de aproveitar o fator público e a rede de distribuição para expandir o catálogo de produtos seu serviço de logística para toda sorte de produto.

A Amazon nem precisa de parceria. Já faz as vendas de livros eletrônicos, montou um eficientíssimo sistema de logística, tem catálogo de filmes, paga as editoras à vista, em vez do consignado. E há um mês contratou João Mesquita, executivo que dirigia a Globoplay, principal projeto da Globo para enfrentar a Netflix, a Amazon e outras empresas OTT (de streaming de vídeo). Também deu início às co-produções exclusivas.

Não é a única frente no caminho da Globo. Em publicidade, Google e Facebook já ultrapassaram a Globo no Brasil. Cada uma delas, incluindo a Amazon, vale 30 Globos em faturamento e 200 em valor de mercado. Os grandes grupos internacionais de mídia estão se juntando aos de comunicação, casos como Comcast/Universal ou AT&T/HBO, Time Warner. E, internamente, enfrentará cada vez mais a aliança Bolsonaro com Record e SBT.

A Globo terá que se juntar ao Magazine Luiza se quiser enfrentar a Amazon e dificilmente terá condições de comprar o próximo Brasileirão sem um parceiro internacional.

Em 2015, um acordo com PT e com Dilma poderia ter sido a salvação da Globo. Toda a lógica econômica de Dilma era de fortalecimento de empresas nacionais. Não haveria maiores dificuldades para aceitar uma política similar às dos países europeus, regulamentando e controlando as gigantes de tecnologia americana, como Google, Facebook e Amazon.

Do mesmo modo, a Globo nunca aceitou uma Lei Geral das Telecomunicações, confiando em seu poder de lobby individual. Uma Lei da Mídia protegeria a Globo. Dificilmente haveria TVs de bispos ou uma SBT devendo mais de R$ 4 bilhões no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).

Agora, a Globo está sozinha, com os Bolsonaro e seu internacionalismo raso tratando-a como inimiga e pretendendo abrir todas as facilidades para a entrada de grupos estrangeiros. Assim como a Lava Jato, a Globo tornou-se vítima de seu excesso de poder.

Mas era tão poderosa que podia se permitir ser defendida pelo seu então advogado, Luis Roberto Barroso, com um dos pareceres mais ridículos jamais escritos sobre o fenômeno da globalização das mídias:

“A primeira questão a ser enfrentada diz respeito ao fato de que as empresas genuinamente brasileiras que atuam nesse mercado não podem ter mais de 30% de capital estrangeiro, por imposição constitucional. Admitir-se empresas com 100% de capital estrangeiro fazendo jornalismo ou televisão no Brasil não apenas viola a Constituição como cria uma competição desigual. Imagine se um jogo de futebol em que um dos times devesse observar as regras tradicionais e o outro pudesse pegar a bola com a mão, fazer faltas livremente e marcar gols em impedimento. A injustiça seria patente.”

Existem (…) razões mais substantivas para que as regras sejam mantidas e respeitadas. O Brasil é um país cioso de suas tradições culturais, que incluem uma belíssima música popular, o melhor futebol do planeta, novelas premiadas mundo afora e cobertura jornalística acerca dos fatos de interesse nacional.

Entregar o jornalismo e a televisão ao controle estrangeiro poderia criar um ambiente de surpresas indesejáveis. No noticiário e na programação, teríamos touradas ou jogos de beisebol. Ou, quem sabe, de hora em hora, entraria em tela cheia a imagem do camarada Mao, grande condutor dos povos. Como matéria de destaque, uma reportagem investigativa provando que Carlos Gardel era uruguaio e não argentino. Pura emoção. À noite, um documentário defenderia a internacionalização da Amazônia.”

 

*Do GGN