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Caiado Cachoeira, Vera Magalhães e a moral dos imorais no Roda Viva

Lula não é player da Covid-19. É um condenado em prisão domiciliar, disse Vera Magalhães, num ato covarde de fake news.

Nesta segunda-feira (6), assistindo a sua entrevista com Caiado, vi o que é um player perna de pau ser entrevistado por outro da mesma monta.

Na verdade, Vera Magalhães parecia se coçar para fazer a pergunta derradeira de uma tucana que não desiste nunca: se Bolsonaro cair, quem assume é o Aécio? Sim, porque no fundo da alma da religiosa tucana estava essa pergunta saracoteando em sua ânsia por ressuscitar as múmias do tucanistão.

Aliás, as críticas que Vera faz, de forma recorrente, a Bolsonaro, nada têm a ver com questões econômicas, que são trágicas, porque Guedes segue rigorosamente, assim como Temer, a cartilha tucana do Estado mínimo que só é Estado máximo para salvar banqueiros, como foi o caso do Proer e, agora, a soma de R$ 1,2 trilhão que Bolsonaro, em 24 horas, desembolsou para a agiotagem nacional.

Não por acaso, Moro e Roberto Campos Neto, do Banco Central, tempos atrás foram ao confessionário da XP Investimentos, ao vivo, para, de joelhos, mostrar que o governo não tem compromisso com o povo, mas com os especuladores. Aliás, Moro é uma espécie de arroz de festa da XP, que vivia contratando o juiz, Dallagnol e cia para garantir a banqueiros que Lula seria impedido de concorrer à presidência da República.

Para quem chamou Lula de escorpião, Vera Magalhães parece não abandonar os que destilam veneno quando babam de ódio contra o PT e, nesse quesito, Caiado pode mesmo bater no peito e dizer que é um dos mais antigos na arte da hipocrisia falso moralista.

Com um DNA escravocrata, Caiado, como denunciou seu ex-comparsa Demóstenes Torres, foi bancado por um dos maiores contraventores do país, Carlinhos Cachoeira, o bicheiro, o que fez Caiado espernear, prometendo processá-lo para, depois, calar-se e nunca mais tocar no assunto.

Mas Caiado veio com aquela xaropada da Lava Jato, de que o PT fez o maior roubo da história, até porque é um governador inútil, ruim, que tem duas opções usadas na entrevista, dizer que pegou o estado quebrado e acusar o PT de corrupção.

Uma imitação barata do miliciano Bolsonaro, que é uma imitação barata do vigarista Temer. E assim, a direita vai construindo uma tripa de falência política e administrativa, porque, além de corrupta, é incompetente para administrar qualquer coisa. Só o que sabe fazer é o velho patrimonialismo para a mesma turma de sempre, a elite quatrocentona e decadente.

Tudo isso, junto e misturado, é que Vera Magalhães considera um grande player.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Mídia desenterra as múmias FHC e Temer em defesa de Bolsonaro para tentar impedir o protagonismo de Lula

A reação grosseira de Vera Magalhães, uma espécie de Augusto Nunes de saia, é um aviso de que, “todos, menos o PT” está mais vivo que o coronavírus na mídia de bancos.

O tema que trouxe FHC e Temer à baila, tirando-os dos sarcófagos dos golpistas e corruptos, foi a defesa de Bolsonaro, o último zumbi do neoliberalismo nativo. Ele caindo, não há nada para ser colocado no lugar.

O lema “Bolsonaro é uma desgraça para o povo, um câncer para o país, um genocida compulsivo, mas é nosso”, como pensa o mercado, convoca as bestas dos sarcófagos, Temer e FHC, porque, além de serem sabujos do grande capital, são canalhas o suficiente para defender um sujeito que está provocando mortes por coronavírus às pencas.

Na realidade, FHC, Temer e a própria mídia estão reforçando o discurso de que é melhor produzir um suicídio em massa, levando a população às ruas para se infectar, mas salvar o comércio do que imaginar que os lucros dos milionários brasileiros cairão com a quarentena.

Bolsonaro nunca esteve sozinho, sempre foi e de forma bastante clara, o principal representante das classes dominantes brasileiras, racista, escravocrata, com fobia de pobres e de uma docilidade nunca vista com os banqueiros, com a agiotagem, com a contravenção, com tudo o que não produz nada no país e vive só de sugar e extorquir a população. Afinal, Bolsonaro sabe o caminho das pedras, ensinando logo cedo aos filhos a mamarem nas tetas do Estado, defendendo os interesses do grande capital.

Para piorar o ranço contra Lula que lidera hoje um movimento de oposição às atrocidades de Bolsonaro, Datafolha aponta que o presidente vê sua aceitação despencar e sua rejeição disparar, mostrando que o avanço do coronavírus no país está num caminho inversamente proporcional à sua aprovação, como bem observou o jornal inglês The Economist.

O jeito que a mídia de bancos encontrou para tentar segurar o furação contrário a Bolsonaro, por ordem do mercado, foi desenterrar duas múmias sagradas do entreguismo nacional, FHC e Temer.

Não há dúvida de que essa será a última intervenção da direita brasileira, pois a festa do neoliberalismo acabou porque, por conta dela, muitos brasileiros se infectaram e muitos outros se infectarão.

Assim, a visão de que o mercado é mais importante que as pessoas, vai a pique, pois já está obrigando o mundo a entender que, sem solidariedade humana, as pandemias serão cada vez mais avassaladoras.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro quer transformar o Brasil no Equador de Lenin Moreno

Bolsonaro é cínico, pois sabe mais do que ninguém, que o problema não são simplesmente as vítimas do coronavírus que, na maioria dos casos, são pessoas idosas e com outras comorbidades. Ele sabe que a questão é infinitamente maior e que pode atingir qualquer brasileiro que precisar de um atendimento médico para qualquer tipo de enfermidade se a propagação da doença chegar rapidamente a um pico que leve o sistema de saúde ao colapso, coisa que não está longe de acontecer no Brasil por uma série de razões, mas principalmente por Bolsonaro ter colocado o mercado no centro das suas soluções e não as pessoas, sobretudo das camadas mais pobres da população.

Bolsonaro usa todo o tipo de covardia sórdida para pressionar os pobres a voltarem às ruas para sustentar os lucros de quem ainda segura o seu mandato que, sem dúvida, está por um fio, pois a qualquer momento ele pode ser arrancado da cadeira da presidência da República e ir direto para a cadeia junto com seus três filhos delinquentes.

O fato é que o Brasil corre o risco de assistir coisa muito pior do que vem acontecendo no Equador em função da pandemia da coronavírus, onde corpos estão sendo abandonados nas ruas por não ter condição de fazer um enterro digno. O Brasil, por ter uma extensão territorial continental e pelo número de sua população que é onze vezes maior que a do Equador, pode sofrer uma hecatombe, caso Bolsonaro continue no governo.

Mais estúpido ainda é Bolsonaro imaginar que, num quadro de colapso no sistema de saúde como o que assistimos no Equador, repetindo-se no Brasil, resultando numa catástrofe de proporções infinitamente maiores que no Equador, o exército nas ruas não vai controlar o estouro da boiada, como se as pessoas ficassem todas passivas diante do genocídio incalculável que o coronavírus pode promover no país.

É visível o isolamento de Bolsonaro e sua iminente queda. O general Villas Bôas reclamou que estão todos contra Bolsonaro, não mencionando, no entanto, que hoje o maior aliado do coronavírus no Brasil é justamente o presidente da República.

Assim, não há inimigo maior do povo brasileiro do que o próprio presidente que se revela a cada momento a figura mais abjeta que a direita brasileira, a mídia que vive a serviço do mercado, além de empresários e banqueiros sem vírgula de escrúpulo colocaram no poder.

Somente nas últimas 24 horas, Bolsonaro trabalhou com quatro frentes, dois vídeos fake, o do Ceasa e o da professora do chiqueirinho e de uma enquete produzida pelo gabinete do ódio, pedindo para a população votar se quer ou não a intervenção militar e, vendo que o resultado foi pífio, ridículo para as suas pretensões, Bolsonaro resolveu usar Eduardo e seu capanga Allan dos Santos para convocar uma manifestação de apoio para o dia 5 de abril, próximo domingo, o que pode lhe custar a cabeça, ao contrário do que diz o jornal inglês, The Economist, que o impeachment de Bolsonaro dependerá do número de mortos que ele produzirá com o coronavírus no Brasil.

 

*Charge em destaque: The Economist

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A mesma elite que produziu a miséria secular no país, agora está “preocupada com os miseráveis”

Quem quiser entender como Bolsonaro chegou ao poder, é só ver o comportamento da elite brasileira nesse exato momento, digo nesse exato momento, porque ela não faz outra coisa que não seja defender seus lucros a ferro e fogo.

A pandemia do coronavírus, no Brasil, segundo autoridades sanitárias, ainda não chegou no pico, o que está previsto para duas semanas. Quando isso ocorrer e a tragédia mostrar sua face mais cruel, com a desgraça se abatendo sobre o país, atingindo, inclusive, muitos da elite, veremos a elite fazer o que sempre fez.

Foi assim quando os que hoje fazem carreata pela volta ao trabalho elegeram Collor e, mais recentemente, quando votaram no corrupto Aécio que, derrotado, convocou a manada para derrubar Dilma em nome do combate à corrupção.

Hoje, não se encontra um sujeito que bata no peito e diga que votou em Aécio depois que foi escancarada, pela própria mídia que o apoiou, a propina que recebeu da JBS, com gravação em áudio e vídeo, com mala de dinheiro, revelando de forma inapelável quem é o vigarista.

O que provavelmente ocorrerá dentro de quinze dias será o silêncio dos que  defendem que os trabalhadores voltem a produzir, que os brasileiros voltem a consumir e que os empresários voltem a ter seus super lucros. Assim, os banqueiros voltam à atividade da agiotagem e os rentistas seguem especulando, como é da natureza dessa gente.

O problema é que a elite não combinou isso com o coronavírus, que tem arrastado não só pobres e cidadãos médios para o epicentro da tragédia, mas também ricos, milionários, políticos de peso e banqueiros, mesmo que em menor escala, mas ninguém está seguro em lugar nenhum, mesmo com todo o dinheiro do mundo.

O capitalismo é isso, uma máquina de ilusão. Não é à toa que cada vez mais especuladores se transformam em milionários da noite para o dia, por saberem como ninguém construir bolhas especulativas e delas se servirem como em um banquete.

Por hora, quem é minimamente responsável tem que parar de polemizar com esses abutres, cobrando do Estado uma posição imediata de salvação dos milhões de brasileiros que se encontram impossibilitados de trabalhar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Bolsonaro usa imagens de pobres e negros na campanha “O Brasil Não Pode Parar” para dar lucros a brancos e ricos

Num surto de cólera, Bolsonaro e seus três filhos delinquentes fazem uma campanha assassina intitulada “O Brasil Não Pode Parar” em que 90% dos personagens são negros e pobres, em nome do lucro e da ganância dos brancos e ricos.

A premissa doutrinária da peça publicitária tem como objetivo atingir a gleba bolsonarista das classes média e alta para impedir que a totalidade da população, que carrega esse país nas costas, formada por negros e pobres se proteja da Covid-19, justamente os que mais morrerão com o contágio por total abandono do governo Bolsonaro e pela própria condição socioeconômica, para dar lucros a grandes empresários, rentistas e banqueiros ricos e brancos, gente que quer colocar os pobres para trabalhar, mas se proteger e a sua família para que as camadas mais segregadas da população se contamine e morra em massa, mas que sustente a ganância do bolsonarismo genocida.

Isso é fascismo em estado puro que não se compara aos piores facínoras da história.

Espera-se que o Ministério Público e o judiciário cassem essa peça publicitária criminosa que tem todas as credenciais para o estímulo à produção de um holocausto no Brasil.

No momento em que a Fiocruz anuncia a explosão de casos da Síndrome Respiratória Aguda no Brasil, Bolsonaro e seus filhos fazem um preparado diabólico contra o povo brasileiro.

A campanha bolsonarista contra o isolamento social está sendo divulgada na página da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), cujo chefe, Fabio Wajngarten, foi contaminado pelo coronavírus.

Bolsonaro postou em sua conta no Facebook o vídeo de uma carreata realizada em Camburiú (SC) contrária ao isolamento social.

Assista ao vídeo. A música fúnebre de fundo revela que tipo de desgraça Bolsonaro prepara para o país se subordinando à ambição do 1% mais rico.

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/237367117652507/

 

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Depois de apoiar o golpe, Lava Jato, prisão de Lula e eleição de Bolsonaro, o Globo pergunta por que o Brasil não atrai mais investimentos

Lula foi curto e grosso ao responder a pergunta que o Globo não tem coragem sequer de citar, “O Brasil só não está em colapso financeiro porque os governos do PT acumularam US$ 370 bilhões em reservas internacionais.”

O Globo prefere ouvir FHC, que saiu do governo sem deixar centavo de reserva e entregou a Lula o país totalmente quebrado.

Mas como FHC é o paraninfo do golpe contra Dilma e um dos entusiastas de Moro e, sobretudo da prisão de Lula, a Globo vive colocando microfones na boca da múmia neoliberal.

Lembrando que este mesmo momento porque o Brasil passa, é o mesmo dos três últimos anos do governo FHC, por um motivo simples, a receita aplicada por Bolsonaro, assim como foi por Temer, quando ninguém investia no Brasil, foi rigorosamente a mesma de FHC, hoje, com confetes de autoritarismo militarizado. De resto, é uma coisa só.

Lógico que o Globo quer condimentar sua matéria a partir do animal que ele se esforçou como ninguém para eleger, e que agora faz questão de esquecer fingindo que não tem nada com isso, porque tem dois motivos, o Grupo Globo foi o maior incentivador das reformas trabalhista e da Previdência, que jogaram o Brasil num caos ainda pior do que com Temer, mas, culpando só Bolsonaro, ele se acha no direito de cobrar mais reformas com a mesma promessa da varinha de condão neoliberal, o que certamente promete produzir mais uma violência contra a economia e contra os próprios brasileiros.

A única coisa que a Globo pode dizer é que a pobreza e a miséria, trazidas pelo neoliberalismo que ela prega, é que Bolsonaro, com sua tara fascista, sente-se feliz fabricando mais pobres e miseráveis no país.

De resto, a Globo, principal propagadora do que proporciona o desastre na economia, está aí há mais de meio século, promovendo a democracia de mercado na qual os mais fracos, que são a imensa maior parte da população, não têm o que esperar, porque a ideia de conjunto da sociedade foi destruída pela própria Globo.

Com isso, como se vê, a sorte está sempre do lado dos banqueiros. Ou seja, os Marinho não podem reclamar, pois conseguiram exatamente o que queriam, derrubar Dilma e prender Lula para que os pobres ficassem ainda mais pobres e os ricos, ainda mais ricos.

Bolsonaro não foi causa, mas consequência, foi instrumento perfeito, assim como Temer, para fazer o trabalho sujo que produziu o que hoje a Globo reclama, o sumiço de investidores num país sem o mínimo de perspectiva econômica e política.

A Globo se esquece ou finge que não sabe que ela é a própria central da tragédia nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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“O risco tá bem pago”: Dallagnol sobre a propina que recebeu da XP para garantir que Lula ficaria preso

Não falha!

Aonde tem fumaça, é certo, tem fogo. Aonde tem pilantra da Lava Jato, tem corrupção. Aonde tem palestra de Dallagnol sobre ética, Moro e Fux (In Fux we trust), tem a XP pagando para os pilantras garantirem aos banqueiros que Lula não volta para a presidência.

Isso foi escancarado pela Vaza Jato do Intercept.

“O risco tá bem pago”

Quem se esquece dessa frase cretina de Dallagnol com sua empresa de palestras que tinha a XP como maior cliente?

Tudo feito nas sombras, tudo feito na base da sabotagem da democracia.

Um procurador federal corrupto, braço direito de um juiz corrupto e que hoje é capanga de milícia.

Não, não é filme de terror, isso é a Lava Jato.

Os corruptos, que “combatiam a corrupção”, dizendo que eram contra os poderosos e recebiam propina em forma de palestra desses mesmos poderosos para garantir que Lula não seria candidato, pois ficaria inelegível por um crime que jamais cometeu e, por isso mesmo, não tem provas.

Agora, estoura nos EUA um escândalo financeiro que mostra que a XP é tão vigarista quanto a Lava Jato.

Surpresa? Nenhuma.

Essa escumalha é uma coisa só. Uma liga da escória golpista que se soma a outros componentes para levar Bolsonaro à Presidência da República e os banqueiros a lucrarem como nunca.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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“Nossa aldeia é sem partido ou facção, não tem bispo, nem se curva a capitão”. Portela

No momento em que o Globo revela que metade dos povos indígenas isolados do Brasil é alvo de religiosos e que a milícia do Ceará soma quase 150 assassinatos desde início da paralisação de PMs, o carnaval é marcado pelas críticas contra a beligerância do bolsonarismo, as escolas de samba do Rio de Janeiro, no primeiro dia de desfile, produziram uma mistura de emoção, resistência e luta contra os tratados entre o governo Bolsonaro, milícia e pastores evangélicos, que têm como principal foco a mutilação da cidadania, a segregação, o racismo e a discriminação de negros, índios, mulheres e gays, resumindo a capacidade de fazer o mal que esse governo tem exercido.

Lógico que uma parte significativa da população carioca, principalmente das camadas mais pobres, viu-se espelhada nos enredos dos desfiles das escolas até aqui. Vários temas com várias versões desaguaram numa crítica contundente a esse estado de coisas que o Brasil vive e que assombra não só o país, mas a comunidade internacional.

Bolsonaro é um monstro tipo exportação e todo o cenário de ódio que o rodeia, pois tudo o que tem a marca do bolsonarismo, tem crime, sangue, violência, crueldade, injustiça, segregação e exaltação ao terror, marcas de uma mesma sociedade, que tem em uma parcela de fanáticos a garantia de que a individualidade é o melhor caminho para se nutrir o preconceito. Individualidade que tem como comissão de frente o mercado que, por ser um conceito abstrato, estimula todo o tipo de egoísmo, cobiça, indigência intelectual, social e política em nome do lucro e do enriquecimento a todo custo.

É nessa lógica do privado contra o comum que as escolas de samba souberam muito bem explorar e expor os mercadores da fé, as milícias, os magnatas, banqueiros garimpeiros, madeireiros e grileiros que não medem esforços para saciar a ambição que carregam consigo, potencializada com a chegada de um clã disposto a fazer acordos, parcerias com o que existe de mais nefasto numa civilização.

Nada disso impediu que as escolas de samba saíssem deslumbrantes com sambas encantadores, cada um mais belo que o outro, trazendo o tom da emoção ao limite do humano, principalmente os temas que carregam a defesa das religiões de matrizes africanas. mas o coro somado das escolas produziu um só enredo no primeiro dia de desfile no Rio, o de repúdio a Bolsonaro e a tudo o que representa o bolsonarismo como ideologia de guerra em nome do ódio ao outro.

Como diz e estrofe do lindo samba da Grande Rio:

“Salve o candomblé, Eparrei Oyá
Grande Rio é Tata Londirá
Pelo amor de Deus, pelo amor que há na fé
Eu respeito seu amém
Você respeita o meu axé”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Glauber Braga, ao chamar Moro de Capanga de Milícia, deu um mata-leão no jagunço e na Globo

Estava tudo armado para Moro sair da câmara vitorioso em sua luta pela prisão após condenação em segunda instância.

O alvo era Lula. Tirar dele qualquer chance de disputar e vencer a eleição em 2022. Esse é o único objetivo da cruzada de Moro e da Globo pela prisão após condenação em 2ª instância. Tirar Lula do páreo.

Tudo caminhava bem. Moro, ministro da justiça do governo miliciano, desfilou de salto alto na passarela do congresso sob os holofotes da Globo que faria uma exaltação a sua luta “contra a corrupção” no Jornal Nacional e aquela xaropada toda, conduzida por Bonner, já conhecida por todos.

Aos 45 minutos do segundo tempo, a maré virou e o que parecia ser um passeio, transformou-se em pesadelo para Moro e a Globo quando Glauber, cirurgicamente, foi na jugular do jagunço de Curitiba chamando o vigarista pelo nome correto: Capanga de Miliciano! Capanga da milícia!

Glauber desarmou todo o circo do momento, mas também do futuro. Ele fez uma exposição rápida da hipocrisia de Moro que, enquanto no Congresso defendia a prisão após condenação em 2ª instância, no Ministério da Justiça e Segurança Pública era um verdadeiro cordeiro com as milícias, mais que isso, um capanga em defesa das milícias, porque em um ano, Moro não tocou sequer no twitter na palavra milícia. Está lá o arquivo do vigarista que não deixa mentir.

Para piorar, Moro, sentindo que saiu do Congresso, desarranjado, cagado outra vez diante do mesmo Glauber Braga, resolveu fazer um gracejo acusando Freixo, que teve um irmão assassinado pela milícia, pelo seu combate a esse tipo de crime, de não apoiar Moro num suposto de combate às milícias, que hoje praticam os mais violentos crimes e que mais crescem no Brasil com o estímulo da família Bolsonaro. Moro, com isso, piorou ainda mais seu andaço.

Freixo deu uma aula sobre seu histórico, como se combate a milícia e mostrou por A mais B que, ao contrário de combater as milícias, Moro as protege cabalmente.

Como disse Freixo, na sua lei anticrime, Moro pede que abrandem as penas de milicianos em relação às penas de traficantes. Isso, simplesmente, matou a estratégia de Moro e, por conseguinte, da Globo.

Como Moro, a partir de agora, vai abrir a boca em qualquer recinto para defender a prisão após condenação em segunda instância, se ele foi desossado por Glauber Braga e Marcelo Freixo que expuseram com precisão toda a sua hipocrisia em defesa das milícias?

O que aconteceu foi que eles inverteram a lógica, jogaram luz na armação de Moro que, de um lado, não pode tocar nas milícias porque pisa nos calos de Bolsonaro, mas do outro, tem que atender ao projeto da Globo de, novamente, tirar Lula da disputa eleitoral. E não há equação possível para isso, porque Moro e os Marinho levaram um nó tático de Glauber e Freixo que souberam muito bem dar um bote no capanga de miliciano, sem chance de reação e, com isso, talharam a estratégia da Globo de atacar Lula por esse caminho.

Que a esquerda toda reflita sobre isso e se prepare para a mais sangrenta e fascista guerra contra a esquerda que a Globo está produzindo para defender a permanência do desmonte do país através do neoliberalismo que arrasa com o Brasil, que produz uma nação de mais de 40 milhões de trabalhadores segregados, desempregados, desalentados, precarizados fazendo bicos, vivendo numa condição de subcidadania humilhante para atender aos interesses dos patrões da Globo, os banqueiros.

Enquanto isso uma legião de brasileiros é massacrada pela política de Guedes que, na verdade, segue a cartilha pela qual a Globo reza, escrita por banqueiros, rentistas e outros tipos de agiotas que patrocinam a Globo que, por sua vez, sustenta, através de uma guerra midiática, um verdadeiro assalto que os brasileiros sofrem diariamente pagando juros pornográficos aos cafetões do grande capital.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Eike Batista vai delatar banqueiros e Aécio. Se vai dar certo, são outros quinhentos

Delação sem combinação com Moro, costuma dar em nada.
Eike, pode até tentar arrumar alguma coisa delatando compadres de Moro, mas as chances de ter êxito, são quase nulas.

Mas o efeito pode efetivamente dar numa complicada pra Eike.

Moro é irmão de fé de Aécio, como mostrou a Lava Jato. Banqueiros são patrões de Moro.

Lauro Jardim, de o Globo, diz que Aécio Neves (PSDB-MG), quando foi governador de Minas Gerais e senador teria recebido vantagens em troca de favores ao grupo EBX.

Disso não se duvida, mas daí a virar maré contra um tucano de patente de general no partido, vai uma enorme distância.

É improvável que o possível candidato à presidência pelo PSDB, que Moro certamente será, permita que a imagem do partido seja ainda mais emporcalhada com essa delação.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas