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Nova ‘Carta aos Brasileiros’ alerta para defesa da democracia e respeito ao resultado das eleições. Leia a íntegra, você pode assinar

Na noite de 8 de agosto de 1977, em plena ditadura militar, o professor Goffredo Telles Jr. leu ém evento na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, um documento que se tornaria histórico: a Carta de 77.

“Das Arcadas do Largo de São Francisco, do ‘Território ­Livre da Academia de Direito de São Paulo, dirigimos, a todos os brasi­leiros esta Mensagem de Aniversário, que é a Proclamação de Princípios de nossas convicções políticas.

Na qualidade de herdeiros do patrimônio recebido de nossos maiores, ao ensejo do Sesquicentenário dos Cursos Jurídicos no Brasil, queremos dar o testemunho, para as gerações futuras, de que os ideais do Estado de Direito, apesar da conjuntura da hora presente, vivem e atuam, hoje como ontem, no espírito vigilante da nacionalidade.

Queremos dizer, sobretudo aos moços, que nós aqui estamos e aqui permanecemos, decididos, como sempre, a lutar pelos Direi­tos Humanos, contra a opressão de todas as ditaduras.

Nossa fidelidade de hoje aos princípios basilares da Democracia é a mesma que sempre existiu à sombra das Arcadas: fidelidade indefectível e operante, que escreveu as Páginas da Liberdade, na História do Brasil.

Quarenta e cinco anos depois a democracia está seriamente no Brasil.

Por isso, no próximo dia 11 de agosto, a Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, será palco da leitura de uma nova “Carta aos Brasileiros” (na íntegra aqui).

O documento já tem mais de 3 mil signatários.

Entre os quais, juristas, empresários, banqueiros, artistas, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sindicalistas, professores, lideranças populares.

Aqui, a lista completa

Todas e todos nós comprometidos com a defesa da democracia e os direitos humanos podemos também apoiá-la.

Para assinar, clique aqui.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

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Em apoio à milícia do Ceará e vingança com os nordestinos, Bolsonaro quer tirar exército das ruas

Sabem aquele ditado popular que diz “juntou a fome coma vontade de comer?”. Pois bem, é isso que Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira, em sua live em que mente descaradamente sobre o vídeo que compartilhou e que, sabemos agora, também financiou via Embratur, através de seu assessor, que também é o mesmo que narra aquela chanchada fake news.

Bolsonaro, na live, não conseguiu esconder a alegria de apoiar a milícia do Ceará e se vingar do governo do PT e da população cearense, já que sempre se mostrou preconceituoso com os nordestinos.

Então, ele faz uso de uma força do estado em prol dos seus negócios, para uso próprio, seja para os negócios das milícias que ele pretende expandir, seja para obter lucros com a milícia ou para se vingar de um adversário político e castigar a população que ele não gosta.

Bolsonaro quer colocar a GLO debaixo do braço e levar para casa, como se as Forças Armadas fossem sua propriedade. Logo ele, o então tenente Cavalão, expulso do exército por ganância, falta de caráter, insubordinação, quebra de hierarquia e terrorismo contra a instituição. O sujeito era repudiado até mesmo por Geisel, que disse sobre ele: “mau militar”, “fora do normal”, “vivandeira” da ditadura. 

Agora, está aí esse Elias Maluco na Presidência da República, como um psicopata, mentindo descaradamente e, para completar, no mesmo vídeo compartilhado por ele, tripudia de um fato extremamente grave, dá total razão para a milícia amotinada, desqualificando o próprio o Estado de Direito e a Constituição, em mais um ato de total quebra de decoro.

Se Bolsonaro de fato tirar as Forças Armadas do Ceará, estas pagarão caro, com desmoralização, pelo ato do chefe.

Esse ensandecido só vai parar no dia em que for enjaulado, como fizeram com Elias Maluco.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Motim no Ceará provoca mais de 170 mortes e milícia faz ameaças a quem critica a PM nas redes

Segundo informações que circulam nas redes sociais, os policiais (leia-se milicianos) amotinados do Ceará estão usando dados pessoais para fazerem ameaças a críticos nas redes sociais.

Certamente, isso é feito pelos amotinados ou por pessoas ligadas a essa forma de fascismo, como revela o twitter abaixo.

Isso mostra que o motim miliciano no Ceará adquiriu formato idêntico ao do Talibã ou ao do Estado Islâmico. Ou seja, a ida de Moro ao estado, cheio de “respeito” com quem comete crime contra a constituição, fazendo motim policial, já que é expressamente proibido por lei que policiais façam greve.

O STF, há pouco tempo, sublinhou que é inadmissível a greve de policias, já que andam armados. Então, não há o menor sentido, diante dessa tragédia em que a milícia se rebela contra o Estado de Direito, tendo o apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, como fez Moro em sua visita ao Ceará, pois hora nenhuma ele sequer criticou a greve de PMs encapuzados e armados.

O resultado está aí, o número de mortos nas ruas se multiplica e, agora, eles ameaçam não só os jornalistas que os criticam, mas também qualquer um que faça o mesmo nas redes sociais ou em matérias sobre o motim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Bolsonaro usa o corrupto da Secom Fabio Wajngarten, para atacar New York Times

Bolsonaro resolveu exportar estupidez através da Secom, a mesma Secretaria envolvida num grande esquema de corrupção comandado por Fabio Wajngarten atacando o editorial do New York Times que criticou a lambança promovida pelo ministro da justiça Sergio Moro contra Glenn.

No editorial publicado nesta terça-feira (21), o jornal diz que a denúncia contra Glenn Greenwald pelo Ministério Público Federal (MPF) é um grave ataque à liberdade de imprensa e ao Estado democrático de Direito no Brasil. Para o jornal, acusações contra o editor do Intercept é um “sério desserviço” e uma “ameaça perigosa.

O texto diz ainda que o jornalista cumpriu com seu papel ao revelar “uma verdade dolorosa sobre os que estão no poder”, especialmente através das reportagens da Vaza Jato, que revelaram o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

“Furar a imagem heroica de Moro foi obviamente um choque para os brasileiros e prejudicial para Bolsonaro, mas exigir que os defensores da lei sejam escrupulosos em sua adesão a ela é algo essencial para a democracia. Atacar os portadores dessa mensagem é um desserviço sério e uma ameaça perigosa ao Estado de Direito”, afirma o editorial.

A forra do corrupto.

Fabio Wajngarten, testa de ferro de Bolsonaro, resolveu rebater o New York Times, e usando o perfil da Secom no Twitter foi até à publicação do editorial do jornal The New York Times dizer: “É uma grande mentira atribuir ao Governo Federal qualquer influência nos procedimentos do Ministério Público Federal. Também mostra desrespeito às instituições públicas brasileiras. Fonte: Presidência do Brasil”, tuitou a Secom em inglês na publicação do NYT.

O perfil da secretaria ainda fez questão de explicar ao jornal estadunidense que a acusação contra “o jornalista americano Glenn Greenwald se deve ao seu envolvimento com hackers que atacaram celulares de autoridades brasileiras”.

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Entidades representantes de jornalistas se mobilizam contra ataques de Bolsonaro

Associação Brasileira de Imprensa (ABI) diz que busca acertar encontro para definir rumos de ações na defesa do jornalismo e da integridade física dos profissionais.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) se manifestou neste domingo (19) sobre os ataques do governo Bolsonaro à imprensa. A entidade afirma que junto com a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), a Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) acertam um encontro de suas diretorias para discutir “os rumos que tomaremos diante de todas as ameaças ao jornalismo e, principalmente, aos jornalistas”.

Em artigo publicado em seu site, a entidade repercute texto do jornalista Janio de Freitas, publicado neste domingo na Folha de S.Paulo, sobre o assunto.

Confira o artigo da ABI:

“Ainda não foi desta vez“, constata o articulista Janio de Freitas, em sua coluna dominical publicada na Folha de S. Paulo, ao comentar a falta de reação dos profissionais de imprensa aos ataques e insultos feitos pelo presidente da República. Não deixa de ser um questionamento sobre a falta de reação dos ataques de Jair Bolsonaro, normalmente ocorridos nos plantões na porta do Palácio Alvorada, em Brasília, onde há sempre uma claque bolsonarista. Mas não apenas lá.

Os ataques aos profissionais de imprensa sem que, até agora, tenha ocorrido alguma reação, tem provocado questionamentos na própria categoria. Até quando aguentarão calados? O próprio Janio de Freitas admite que “não está eliminada a possibilidade, um dia qualquer, de que um repórter não aceite ver sua mãe em frase de moleques, e reaja à altura“. Se ocorrer, qual será a reação? O que fazer para que não se chegue a este ponto de ruptura? Quais os riscos de alguns mais fanáticos partirem para agressões a profissionais de imprensa no exercício diário dos seus trabalhos?

Trata-se de um debate eminente que a categoria precisa travar, junto com entidades que representem não apenas os profissionais de imprensa, mas também aquelas que reúnem os órgãos de comunicação. Não só. A própria sociedade precisa estar atenta a estes ataques do presidente. Bem como todas as demais instituições que compõem o Estado Democrático de Direito.

Nesse sentido, a Associação Brasileira de Imprensa – ABI, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER) estão acertando um encontro para definir rumos na defesa do jornalismo e, principalmente, da integridade física dos jornalistas.

Como mostrou o estudo “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil“, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj, relembrado também no artigo de Janio de Freiras, estes ataques tiveram um crescimento exponencial no último ano. Sozinho o presidente foi responsável por 58% deles.

O jornalismo livre, como se sabe, é pilar fundamental do Estado Democrático de Direito. A imprensa livre não é um benefício à categoria em si, mas uma conquista da própria sociedade que tem o direito de receber as informações de diversos canais, com diferentes enfoques. Só assim o cidadão poderá refletir sobre o que ocorre à sua volta e tomar as decisões no momento da escolha dos governantes, através do voto.

A Liberdade de Expressão e, dentro dela a Liberdade de Imprensa, são preceitos constitucionais que se sobrepõem a diversos outros, tal como tem sido reafirmado pelo Supremo Tribunal Federal. Reafirmações não apenas no sentido de que a imprensa é livre para noticiar. Livre, também, para criticar, em especial os chamados agentes públicos.

Tal como definiu Carlos Ayres Britto, no famoso julgamento da ADPF 130, em novembro de 2009, em uma decisão que sempre é relembrada pelos demais ministros, como foi o caso de Rosa Weber na Reclamação Nº 16.434, em 30 de junho de 2014, ao levantar a censura que o judiciário capixaba havia imposto à revista eletrônica Século Diário., do Espírito Santo. Extrai-se da sua decisão o texto originalmente de Ayres Britto:

“O exercício concreto da liberdade de imprensa assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero ou contundente, especialmente contra as autoridades e os agentes do Estado. A crítica jornalística, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada. O próprio das atividades de imprensa é operar como formadora de opinião pública, espaço natural do pensamento crítico e “real alternativa à versão oficial dos fatos” (grifos do voto de Rosas Weber).

No caso de Bolsonaro, as reações não são sequer às críticas, mas ao simples noticiário de fatos que ele não consegue contestar. Reage com brutalidade ao não conseguir desmentir e, menos ainda, explicar as notícias provenientes de seu governo e da sua equipe. Não dá respostas, como bem explicou Janio de Freitas. Provavelmente por não ter o que responder. Por isso, parte para o ataque aos meios de comunicação e aos jornalistas, muitas vezes o insultando. Fica a pergunta: até quando?

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Lava Jato trouxe insegurança jurídica e moldou quadro político, concluem especialistas

Há cinco anos do início da operação “lava jato”, operadores de direito e políticos apontam que o saldo final pode ser mais negativo do que positivo.

O criminalista Pierpaolo Bottini, no evento “Impactos da lava jato”, realizado nesta segunda-feira (25/11) e São Paulo, opinou que a omissão do Supremo Tribunal Federal em coibir os abusos da força-tarefa foi responsável por parte dos pontos negativos da operação.

“O STF não questionou conduções coercitivas e uma série de coisas que foram fazendo o Ministério Público Federal se sentir cada vez mais confiante a cometer excessos”, comenta.

“Agora os tribunais começaram a combater esses excessos. Um movimento que é fundamental para manter a integridade do Estado de Direito”, diz.

Bottini explicou que um dos efeitos mais negativos da “lava jato” é a polarização dos tribunais e uma “insegurança jurídica brutal”. “Precisamos voltar ao sistema em que um advogado pode exercer seu trabalho e garantir os direitos de seus clientes sem que isso seja visto como uma ofensa brutal”, diz.

Para o especialista em Direito Empresarial Walfrido Jorge Warde Junior, a operação praticamente inviabilizou muitas empreiteiras. “Em dado momento, as empreiteiras não tinham mais capacidade de captar dinheiro e de participar de licitações. Quando uma empresa como a Odebrecht vai se inviabilizando, ela afeta toda uma cadeia produtiva”, diz.

Segundo ele, o impacto econômico da “lava jato” foi desastroso. Sobretudo para o setor de infraestrutura. “Não tivemos capacidade de salvar essas empresas e punir seus dirigentes”, resume.

Walfrido também pondera que o instituto dos acordos de leniência não foi pensado para salvar 29 empresas. “Tivemos um setor inteiro envolvido na “lava jato”. Um setor fundamental para o desenvolvimento do país”, comenta.

O advogado também condenou a busca de protagonismo institucional por parte de alguns membros do Ministério Público. “As empresas foram destruídas e seus dirigentes seguiram ricos. Tivemos juízes de 1ª grau fazendo política”, resumiu.

Impacto político

Líder do MTST e candidato à presidência pelo PSol em 2018, Guilherme Boulos fez uma análise histórica do impacto da “lava jato” no quadro político brasileiro.

“A força-tarefa foi decisiva do ponto de vista político para explicar aonde chegamos atualmente. O seu impacto político não foi criado apenas pelo Moro. O discurso dos apoiadores da “lava jato” é uma reedição do discurso do udenismo. Aquela coisa do Carlos Lacerda de usar o combate à corrupção como instrumento para ataques políticos contra líderes populares.”

Ele também citou coincidências históricas nas acusações dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Lula. “Os dois foram acusados de serem donos de um tríplex e impedidos de disputar a eleição em que eram favoritos”, comenta.

Já para o jornalista e comentarista político Reinaldo Azevedo, um dos pontos negativos da “lava jato” é o culto a personalidade do ex-juiz e atual ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro. “Ele foi beatificado pela imprensa. A imprensa adotou uma dinâmica de servidão voluntária em relação a essa operação que eu sempre me coloquei contra”, diz.

O jornalista lembra que, antes do escândalo da “vaza jato”, criticar a força-tarefa de Curitiba era um verdadeiro tabu. “Criticar a “lava jato” virou ser sinônimo de ser a favor da corrupção. Toda crítica a essa operação passou a ser atacada”, diz.

Azevedo também criticou o uso do instituto da delação premiada pelo MPF. “Uma lei que dá a Sérgio Cabral a chance de decidir a eleição no Rio de janeiro. Precisa ser revista”, argumenta.

 

 

*Com informações do Conjur

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Joice é abre-alas do desfile macabro de mau-caratismo e podridão política

“Em meio a xingamentos e acusações mútuas de traição, a deputada Joice Hasselmann é, ao mesmo tempo, abre-alas, destaque, porta-bandeira e bateria desse desfile macabro de mau-caratismo e podridão política”, constata o jornalista Leandro Fortes, que acrescenta: “Resta saber se vai ter coragem de contar ou vai fazer como o delegado Waldir, que prometeu implodir um vagabundo, mas só conseguiu implodir a si mesmo, até agora”.

– Como era de se esperar, a violenta dissolução da gangue do PSL começou a produzir detritos, os mais diversos. Em meio a xingamentos e acusações mútuas de traição, a deputada Joice Hasselmann é, ao mesmo tempo, abre-alas, destaque, porta-bandeira e bateria desse desfile macabro de mau-caratismo e podridão política.

A deputada Joice é uma criatura gestada nos intestinos da mídia brasileira, em seu pior momento, junto com o agora santificado Reinaldo Azevedo – que, ao contrário dela, fez um cálculo preciso de reabilitação de imagem, antes de ser tragado pela História. Mas, quando ambos eram da Veja, dividiam alegremente o esgoto antipetista que viria a desembocar na eleição de Jair Bolsonaro.

Enquanto Tio Rei, demitido da Veja, mudou o discurso e o figurino, colocando-se como radical da legalidade constitucional e do Estado de Direito, Joice mergulhou, enlouquecidamente, na insanidade do bolsonarismo. Na campanha de 2018, era uma puxa-saco tão ostensiva que, se a facada de Adélio Bispo tivesse sido mais embaixo, tinha furado Joice, primeiro.

Por isso, é possível imaginar que os níveis de ódio na circulação sanguínea de Joice devem estar mais altos do que os de açúcar. Defenestrada da liderança do governo no Congresso Nacional por apoiar a permanência do inacreditável delegado Waldir à frente da liderança do partido na Câmara, Joice é, agora, uma legião de demônios.

Em meia dúzia de tuítes, a furiosa parlamentar já conseguiu chamar o ex-ídolo de estúpido (“inteligência emocional de menos 20”), golfou homofobia sobre um assessor da Presidência e um deputado do PSL, e confirmou o que todo mundo já sabia: existe uma milícia virtual bolsonarista montada, desde a campanha, para destruir a reputação de opositores e, eventualmente, aliados.

Joice diz saber o que a família Bolsonaro fez no verão passado.

Resta saber se vai ter coragem de contar ou vai fazer como o delegado Waldir, que prometeu implodir um vagabundo, mas só conseguiu implodir a si mesmo, até agora.

 

 

*Leandro Fortes/247

 

 

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Áudio: 542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país

”Dá para imaginar o fim do ‘apartheid’ com Mandela preso? É a mesma relação entre Lula Livre e a democracia plena aqui.”

O futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar: ”Lula Livre”!

Ouça a segunda parte da entrevista exclusiva do Embaixador e ex-Ministro CELSO AMORIM a Carlos Tibúrcio e Saul Leblon.

https://soundcloud.com/user-397632368/entrevista-com-celso-amorim-2-parte

Tic,tac,tic,tac,
542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país. Agora, Curitiba quer vê-lo longe e o pressiona a aceitar o regime domiciliar. Lula recusa. Procuradores já admitem: o melhor é julgá-lo de novo.

Celso Amorim à Web Radio Carta Maior:

No manicômio judicial instalado pela Lava Jato no país – dentro do qual a confissão do quase homicida ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, é só mais um despautério — o poder paralelo de Curitiba exige que um preso político agora incômodo exerça o atenuante da pena que lhe foi imposta pelo crime que não cometeu.

Na recusa em protagonizar a farsa, o mais importante preso político do mundo na atualidade cobra que lhe devolvam a liberdade junto com a plena inocência.

Inocência que ganha maior espaço para ser comprovada com a decisão do STF que restaurou em parte o direito de defesa no país, restituindo a um réu delatado que argua ao final as acusações de seu delator.

Nesse enredo pronto de Costa Gravas, emoldurado por um quadro econômico em franca colisão com as urgências e esperanças da sociedade, a defesa da democracia tornou-se a peça-chave do xadrez político.

A liberdade de organização e expressão é o abrigo de todas as causas sociais, econômicas e políticas que afligem a nação brasileira neste momento.

Não por acaso tem sido fustigada por um governo cuja agenda antissocial e antinacional colide com o clamor crescente do imenso dique de interesses comprimidos pelo arrocho neoliberal.

É nesse ambiente que a união das forças democráticas emerge como uma estaca indispensável à defesa do Estado de Direito e da Constituição de 1988 — cada vez mais caricaturada como um estorvo à livre mastigação do Brasil pelas mandíbulas dos mercados globais.

Defender a democracia, no entanto, nunca é uma bandeira abstrata.

No limite, todos se dizem apóstolos da democracia.

Mas o cerco a ela tem a marca, o peso e a medida de cada passo da história.

A argúcia de cada geração para captar esse catalisador é que muitas vezes decide o futuro das nações.

Hoje o símbolo que condensa o divisor político entre as ameaças e a plena vigência da democracia para decidir o nosso futuro chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

Não é preciso concordar com as suas ideias para identificar na causa da sua liberdade o núcleo duro do futuro institucional brasileiro, vale dizer do futuro da nação e do seu desenvolvimento.

Basta enxergar o ostensivo esbulho do Estado de Direito que cercou a sua condenação.

Basta admitir que ele, como qualquer outro brasileiro pode, sim, ser arguido judicialmente.

Mas, como qualquer outro, merece também a garantia constitucional do devido processo legal, as provas incontrastáveis de eventuais ilícitos, o testemunho de cidadãos preservados da coação e da chantagem, o veredito de juízes isentos e um julgamento baseado nos autos, não em indícios, não em convicções, não em conveniências eleitorais ou derivadas do ódio ideológico ou partidário.

Qualquer trecho dos muitos vazamentos de bastidores da Lava Jato, divulgados após criteriosa checagem de veracidade pelo Intercept Brasil em parceria com um gradiente plural de veículos da mídia brasileira e internacional, mostra que esses requisitos não foram observados no seu caso.

E o seu caso não se encerra nele mesmo.

Assim também como não se encerrava nela mesma o caso da norte-americana Rosa Parks, por exemplo, arrancada de um ônibus e presa em Montgomery, nos EUA, em dezembro de 1955, por se recusar a ceder o assento a um passageiro branco, conforme o código oficial de segregação da cidade.

A prisão da senhora Parks mobilizou protestos por direitos civis em todo o país. Em Montgomery e arredores, os negros ficaram sem usar ônibus por 381 dias impondo graves prejuízos às empresas.

As mobilizações revelaram grandes lideranças da luta pelos direitos civis nos EUA, entre elas Martin Luther King. Em 1956, em meio à forte pressão, o Supremo Tribunal norte-americano julgou inconstitucional a segregação de passageiros no transporte coletivo de todo o país.

Na segunda parte de sua entrevista à Web Rádio Carta Maior, nesta edição especial da ‘Sua Voz na Conjuntura’, o embaixador Celso Amorim, que preside o Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa da Democracia e de Lula Livre, reforça a natureza ecumênica dessa bandeira remetendo a um outro paralelo histórico.

‘Alguém pode imaginar a vitória contra o apartheid na África do Sul, separada da libertação de Mandela?’, questiona o ex-Ministro ao defender uma frente democrática no país

Todos que se preocupam com as garantias democráticas no Brasil não podem hesitar na resposta.

Mais que isso: quem ainda acha que o cerco em torno de Lula abrirá uma clareira propícia ao florescimento da ‘esquerda consequente’, na verdade está azeitando o encontro da guilhotina com o seu próprio pescoço. O de Lula, assim como a garganta dele, a voz que ela ecoa, as coisas que diz e, sobretudo, o que esse conjunto simboliza, tudo isso compõe um obstáculo ao que almeja, de fato, o maquinismo conservador no Brasil.

A saber, almeja a instauração plena do moedor de direitos e patrimônio na sociedade, vulgo ‘Nova Liberdade Econômica’.

Para tanto é necessário estralar e quebrar os sete ossos que compõem o pescoço do povo brasileiro.

Esse é o verdadeiro e definitivo alvo do garrote vil em marcha batida desde as eleições de 2014.

O pescoço de Lula está no meio desse asfixiar nefasto; silenciar diante do percurso do torniquete é ser cúmplice de um estrangulamento final que atingirá toda a sociedade. Não existe meio golpe na história.

A natureza implícita de 1964 revelou-se explicitamente no AI-5 de 13 de dezembro de 1968.

Podemos estar trilhando hoje um despenhadeiro da democracia arrematado de abismos parecidos logo adiante.

Não é uma avaliação ideológica; é a lógica do poder ilegítimo.

Quanto mais unilaterais seus objetivos, maior a abrangência de seus alvos e de sua intolerância.

Vale para a Lava Jato, vale para o extremismo econômico em curso. Adernamos em uma transição de ciclo de desenvolvimento.

A restauração conservadora quer transformar esse hiato em uma rendição incondicional à supremacia dos interesses dos mercados globais, sem conceder à sociedade o direito de comandar o passo seguinte do seu destino.

Trata-se de dobrar a espinha da sociedade a ponto de sujeita-la à sarjeta da desemancipação social violenta, onde transitam a incerteza permanente, o desemprego para sempre, o limbo das vidas franqueadas às demandas just in time dos negócios voláteis.

Prostração e morte da esperança é o lubrificante da rendição incondicional à precariedade.

Descolar o país de direitos constitucionais, políticos e simbólicos que sustentam os laços de interesses compartilhados — a solidariedade coletiva — é crucial.

Inclua-se aí a derrubada das escoras emancipadoras recentes, históricas ou futuras — entre elas, a legislação trabalhista de Vargas, a semente de democracia social contida na Constituição Cidadã de 1988 e o regime de partilha do pré-sal…

O tamanho da empreitada requer afastar todas as pedras do caminho.

Lula é a peça angular da estrutura cujo deslocamento permitirá demolir o conjunto. É preciso espatifa-lo.

Quem critica e criticou – com razão, como o fez Carta Maior, em vários momentos desde 2005 – a letargia dos governos do PT diante do aguçamento da luta de classes e do evidente passo de ganso da Liga dos Golpistas não deve alimentar ilusões.

Vive-se um acelerado assalto ao espaço expandido da democracia brasileira, em alargamento desde os grandes levantes operários dos anos 70/80 no ABC e da luta de rua subsequente pelas Diretas contra a ditadura.

Com todas as enormes virtudes listáveis, e também defeitos, por óbvio, Lula é hoje uma espécie de esteio simbólico desse solo avançado, ao redor do qual a voçoroca conservadora avança célere para engolir a árdua e incipiente sedimentação da democracia social entre nós.

Isso significa que ambiguidades e hesitações do maior e mais importante partido de esquerda do país devam ser poupadas de críticas, avanços e confrontações?

Ao contrário.

Mas cada crise tem uma contradição central.

Ignorar essa hierarquia ou ombreá-la em importância às demais costuma ser devastador para a sorte de uma sociedade.

À dialética dura das transformações históricas não importam as boas intenções avocadas no caminho.

A contradição central e objetiva do projeto conservador hoje no Brasil é a existência de uma vasta maioria de milhões de famílias que precisam de emprego, habitação, escola, saúde digna, cidadania plena, esperança em si mesmas e confiança no horizonte da nação, vale dizer na capacidade de agir coletiva e democraticamente para alarga-lo e ocupa-lo.

O país tem um dique vazando com 48 milhões de pessoas à margem do mercado formal de trabalho, o que equivale a quase metade da população em idade de trabalhar.

Juntas, formam uma espécie de ‘pré-sal’ de possibilidades emancipadoras, cuja espinha de discernimento precisa ser vergada para que volte a se arrastar de cabeça baixa, deformada pela tragédia social, conformada em não pertencer a lugar nenhum, a não dispor de qualquer voz, organização ou liderança que lhe dê sentido e esperança.

A existência de Lula atrapalha a paz dos cemitérios aspirada pela direita aqui como em todos os tempos e lugares.

Se hoje ela tiver êxito em silenciar um pedaço da esquerda em relação à liberdade de Lula, um grande passo terá sido dado pelo garrote vil conservador.

Sem ilusões.

O passo seguinte será fechar os anéis sobre o que restar do campo progressista para, ato contínuo, asfixiar o que de fato importa: a respiração social do povo brasileiro.

É por isso que o futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se nesta quadra com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar:

‘Lula Livre”!

 

 

*Joaquim Palhares, Saul Leblon e Carlos Tibúrcio/Carta Maior.

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Gilmar Mendes: STF deve condenar Moro por suspeição e libertar Lula ou Corte deverá ser fechada

Gilmar aponta desvios de Moro e diz que STF não deve ter medo de julgar os atos do ex-juiz

Em entrevista a Thais Arbex e Tales Faria da Folha, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse que não irá avaliar a popularidade do ex-juiz Sergio Moro ao avaliar sua suspeição.

“Se um tribunal passar a considerar esse fator, ele que tem que fechar”, afirmou.

Ele foi incisivo: “Vamos imaginar que essa gente estivesse no Executivo. O que eles fariam? Certamente fechariam o Congresso, fechariam o Supremo. Esse fenômeno de violação institucional não teria ocorrido de forma sistêmica não fosse o apoio da mídia. Portanto, são coautores dos malfeitos.”

Gilmar também apontou desvios cometidos por Moro e Dallagnol durante a Lava Jato. “O conúbio entre juiz, promotor, delegado, gente de Receita Federal é conúbio espúrio. Isso não se enquadra no nosso modelo de Estado de Direito”, afirmou e também disse que o Brasil precisa “encerrar o ciclo dos falsos heróis”.

“As pessoas percebem que esse promotor não está atuando de maneira devida. Esse juiz não está atuando de maneira devida. Se nós viermos a anular ou não esses julgamentos, o juízo que está se formando é o de que não é assim que a Justiça deve funcionar. Que isso é errado, que essas pessoas estavam usando as funções para outra coisa. Isso ficou cada vez mais evidente”, disse ainda Gilmar.

“Que poder incontrastável é esse? Aprendemos, vendo esse submundo, o que eles faziam: delações submetidas a contingência, ironizavam as pessoas, perseguiram os familiares para obter o resultado em relação ao investigado. Tudo isso que nada tem a ver com o Estado de Direito.”.

 

 

*Do Et Urbs Magna

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Emir Sader: Vaza Jato derrubou a Lava jato

Sociólogo Emir Sader avalia que a decisão do STF de votar a favor da tese que pode anular sentenças da Lava Jato é a “vitória da verdade sobre a manipulação subterrânea”. O Supremo, “conivente com o golpe contra a democracia” desde 2016 – “derrubada da Dilma, prisão do Lula e eleição ilegal” -, pode estar voltando a ser o “guardião do Estado de direito”, acrescenta.

O STF foi parte integrante da guerra híbrida, a nova forma de golpe da direita, que promoveu a ruptura da democracia e do Estado de direito no Brasil. Por um lado, foi conivente com o golpe contra a Dilma, com prisão e condenação indevidas do Lula e com a monstruosa operação ilegal no processo eleitoral.

O STF se deixou levar pela gigantesca campanha midiática que promoveu a Lava Jato como a operação que ia acabar com a corrupção no Brasil e que, nessa condição, tinha direito de cometer todo tipo de abuso e de ilegalidade, desrespeitando os procedimentos legais, os direitos dos acusados as normas jurídicas básicas do Estado de direito. Ficou “acovardado” – como bem disse Lula na conversa que ilegalmente foi pinçada e divulgada pela Lava Jato, para incompatibilizar o ex-presidente com o STF. Não se atrevia a colocar limites às bárbaras ilegalidades e arbitrariedades cometidas pela Lava Jato. Preferiu assumir um papel de agente na luta contra a corrupção do que julgar tudo o que de tão grave passava no país, do que abrir a Constituição e julgar o que era legal e ilegal no Brasil.

O STF chegou à estupidez de decidir, reiteradas vezes, que o juiz Sergio Moro seria imparcial, isento, para julgar Lula, apesar das decisões absolutamente parciais e viciadas que sempre tomou contra os direitos do ex-presidente, a ponto de condená-lo sem provas, por convicções, de não levar em conta o seu direito universal à presunção de inocência, de condená-lo por fatos indeterminados.

As revelações do The Intercept apenas confirmaram o que sempre se disse – Lula em primeiro lugar – a respeito dos métodos da Lava Jato, da sua atuação como partido político, promovendo a guerra das leis como forma de perseguição política. Foi a virada determinante no clima político em relação à Lava Jato – além dos comportamentos do próprio Moro, indo para o governo e aderindo ao bolsonarismo.

A decisão de ontem do STF é reflexo dessa mudança de clima, de enfraquecimento do “acovardamento” do STF. Bastaria ter assumido seu papel fundamental de defesa da Constituição para que o STF tivesse impedido a ruptura da democracia e do Estado de direito. Não foi o que fez e deixou de fazer. Agora o faz, ainda que tarde, tendo sido conivente com as monstruosas regressões que o país vive. Antes tarde do que nunca. Ainda assim, agora vem os que querem minimizar decisão, regulamentá-la de forma a que não seja um direito geral e, sobretudo, a que não valha para Lula.

O presidente do STF, aliado estreito do governo e agente da promoção do papel dos militares nesse governo, rapidamente trata de colocar os juízes diante de uma segunda decisão, testando sua coragem diante da reafirmação da decisão, incluindo o único brasileiro para o qual até aqui não valeu o direito à presunção de inocência – Lula. Não estão então ainda definidas as consequências da decisão. Mas ela já representou a derrota da Lava Lato pela Vaza Jato.

Significa a vitória da verdade sobre a manipulação subterrânea, a vitória do Estado de direito sobre as arbitrariedades, a vitória do direito de defesa sobre as perseguições, a vitória do império da lei sobre o reino da instrumentalização das leis contra os direitos de todos os indivíduos.

Se tornou um marco na luta pela restauração da democracia e do Estado de direito no Brasil, que passa necessariamente pelo STF, pela recuperação da sua coragem e integridade. Pelo reconhecimento das arbitrariedades cometidas contra o Lula, a anulação dos seus processos e a sua liberdade. Pelo processo e condenação dos juízes que cometeram as maiores arbitrariedades da historia jurídica do Brasil e mudaram a historia do pais da forma mais arbitraria possível. Da liquidação do regime de exceção montado no Brasil desde o golpe contra a Dilma, que desejava transformar-se num Estado de exceção, mediante os projetos do Moro de construção de um Estado policial, mediante seu pacote de medidas totalitárias mandado ao Congresso.

Essa decisão é apenas o começo. O STF foi conivente com o golpe de 1964, depois, já tarde, tratou de recuperar sua função de defensor da democracia e do Estado de direito. Foi conivente com o golpe contra a democracia que se deu em três etapas desde 2016 – derrubada da Dilma, prisão do Lula e eleição ilegal -, agora pode estar começando a perder o medo e voltar a assumir seu papel de guardião da democracia e do Estado de direito.

Só a intransigente luta democrática, política, jurídica e de massas pode fazer dessa vitória da Vaza Lata sobre a Lava Jato um marco na restauração da democracia e do Estado de direito no Brasil.

 

 

*Originalmente publicado no 247