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Bolsonaro não combate a corrupção porque não vai produzir provas de crimes contra sua própria família

Aquele presidente que tinha em seu cardápio eleitoral o combate à corrupção, é uma mentira com o rabo de fora. Como combater a corrupção se você participa dela? Como definir os papeis do Ministério Público e da Polícia Federal a partir disso, usando-os para proteger o próprio lombo? É exatamente isso que Bolsonaro está fazendo e que o General Santos Cruz se esquece de dizer quando afirma que Bolsonaro não combate a corrupção.

Faltou ao General também coragem para dizer que Moro é cúmplice disso, num pacto escancarado entre o Ministério da justiça que comanda a PF e o clã Bolsonaro.

A pressão exercida por Moro sobre o porteiro do Vivendas da Barra que denunciou que Jair Bolsonaro deu ordem para que o miliciano Élcio de Queiroz, assassino de Marielle, entrasse no condomínio, é exemplar. Moro construiu uma circunstância aliada a Bolsonaro, dizendo que o porteiro se enganou ao dizer que a central da milícia do condomínio Vivendas da Barra era a casa 58.

A imprensa obsequiosa e lacaia do mercado para quem Bolsonaro governa, calou-se e nunca mais tocou no assunto, passando para a sociedade que o coitado do porteiro cometeu crime de calúnia.

É certo que o General Santos Cruz apresentou questões técnicas, como o desmanche do Coaf e a manipulação do comando da Polícia Federal, mas não disse que o motivo principal é a busca desesperada de Bolsonaro para livrar a sua cara e a de sua família envolvidos com o miliciano Queiroz e o esquema de corrupção que envolve fantasmas, laranjas e milicianos, o que levaria Bolsonaro não só à destituição do cargo de presidente, mas à cadeia. Faltou no General coragem para dizer isso, mesmo que tenha feito isso implicitamente.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Bolsonaro deixa Flávio em situação difícil, “se errou, é pau”

Apesar das evidências robustas de que o gabinete do filho foi usado para desviar salários de funcionários para a rachadinha, Jair Bolsonaro criticou, em live no Facebook, a operação que atinge sua família e ‘pessoas inocentes’. “Se errou, pau. Mas não precisar quebrar sigilo de um monte de gente”, completou.

Jair Bolsonaro criticou os processos que envolveu seu nome e o de seu filho Flávio Bolsonaro – no caso da rachadinha, que tem como alvo o ex-assessor Fabrício Queiroz – e afirmou, como se não devesse nada sobre os casos: “se errou, é pau”. “Mas não precisa quebrar sigilo de um monte de gente inocente”, completou.

Ele live no Facebook, ele voltou a acusar o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de direcionar a investigação do Ministério Público do Estado para lhe atingir, uma vez Witzel “quer ser presidente”. “Isso é uma armação que vem lá do governo do Rio de Janeiro. Ele quer ser presidente da República, então quer me destruir, tudo faz para derrubar a gente”. “O Flávio é um instrumento para chegar a mim”, disse ainda.

Sobre críticas de que teria articulado para “trancar o processo” durante as eleições, respondeu: “Se eu pudesse armar, eu teria cancelado, anulado”. “Se o Flávio for absolvido hoje, vão falar que eu interferi”, afirmou. Para ele, o processo “está todo contaminado” na primeira instância.

Bolsonaro comentou ainda sobre o caso que envolve seu nome na investigação da morte da vereadora Marielle Franco. “Eu duvido que essa história seja verdadeira”, declarou, sobre o depoimento do porteiro, que contou ter ligado para sua casa a fim de liberar a entrada de um carro de um dos suspeitos de envolvimento no assassinato. “Ele não falou por livre e espontânea vontade dele”. “Qual interesse eu teria com a Marielle? Interesse zero. Nunca me viram conversando com ela”, afirmou ainda.

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/812854049160017/

 

 

 

*Com informações do 247

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Joice desmente Bolsonaro: “risco de impeachment se Bolsonaro vetar Fundão, é mentira”

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) reagiu à afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que vai sancionar o novo valor de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral porque se não o fizer pode correr risco de impeachment. “Claro que é uma estratégia dele para mais uma vez jogar para a torcida e mais uma vez jogar o problema e o desgaste para o Congresso Nacional”, disse Joice à coluna. “Falar que corre risco de impeachment por causa de um veto é uma mentira deslavada”.

A deputada afirma que qualquer um que conheça minimamente a Constituição e o regimento do Congresso sabe que isso não é verdade. “Usar esse argumento é um estelionato com o eleitor”, critica Joice.

Bolsonaro argumentou que o Tribunal Superior Eleitoral oficiou a receita no valor de R$ 2 bilhões e que se vetasse estaria desobedecendo à lei. A deputada garante, porém, que não há qualquer fundamento nessa afirmação. “O presidente da República mandou texto com um valor de R$ 2,7 bilhões, como se estivesse apenas reajustando o Fundão, no estilo ‘se colar, colou’. Ao ver esse número, o Partido Novo fez uma consulta ao TSE, que corrigiu o valor para R$ 2 bilhões. Foi isso o que aconteceu”, explica a pesselista.

Joice diz que foi uma das que tentou impedir o aumento do Fundão, mas acabou derrotada pela maioria. “Esse texto não foi criado pelo Congresso. O presidente agora quer vetar um texto que ele mesmo mandou e foi aprovado”, critica. Joice reforça que “ao vetar quaisquer matérias, o presidente não incorre em crime de responsabilidade”.

“Com esse argumento, ou está muito mal informado ou deliberadamente tentando enganar a população e desgastar o Congresso”, afirma Joice. “É o bom e velho jogo de Bolsonaro para desgastar o Parlamento. Mas uma hora a população vai enxergar”.

 

 

*Chico Alves/Uol

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Bolsonaro é pego em nova mentira ao dizer que que pode ser alvo de impeachment se vetar fundo eleitoral de 2 bilhões

Depois de fazer a cena ridícula do presidente austero, o pai de Flávio Bolsonaro (aquele que votou sem querer querendo para papar a grana) solta essa pérola, a de que pode ser alvo de impeachment se vetar fundo eleitoral de 2 bilhões.

Bolsonaro disse que ainda “não tomou uma decisão” sobre a sanção ou veto ao fundo público para financiamento de campanhas, mas vê risco de cometer crime de responsabilidade se modificar o valor do fundo, hipótese que pode levar a um processo de impeachment, e citou a necessidade de “preparar a opinião pública”.

Ele deve achar que todo mundo é bolsonarista e faz parte de seu rebanho de teleguiados.

Mas ele vem com o lero-lero de que “Se você for ler o artigo 85 da Constituição, se eu não respeitar a lei, eu estou incurso em crime de responsabilidade”

Quer dizer que só agora ele foi avisado disso.

Quem avisou, Queiroz ou Adélio?

Ele finge esquecer que o valor de R$ 2 bilhões para o fundo foi sugerido pelo próprio governo ao enviar para o Congresso o projeto do Orçamento de 2020.

 

*Da redação

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Governo Bolsonaro injeta R$ 60 milhões em construção de colégio militar em São Paulo

O governo do presidente Jair Bolsonaro incluiu R$ 60 milhões no orçamento para o início da construção de um colégio militar em São Paulo neste ano.

A instituição de ensino, que será a primeira do estado e a 14ª do Brasil, terá administração exclusiva do Exército Brasileiro.

A administração será exclusiva do Exército, como ocorre com os outros 13 colégios instalados em cidades como Manaus, Belém, Recife, Salvador, Rio, Santa Maria, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.

O estabelecimento estará fora do projeto lançado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê convênios com escolas civis já existentes.

A Fiesp patrocinará o projeto arquitetônico do Exército, que deve ficar pronto em meados do ano. Depois disso, começam as obras. O colégio será construído no Campo de Marte e deve ficar pronto até 2023, informa o jornal Folha de S.Paulo.

Até o término da construção, turmas funcionarão provisoriamente no CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de SP), em Santana.

 

 

*Com informações da Folha de S. Paulo

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Bolsonaro desistiu de ‘abrir caixa-preta’ após encontrar Veiaco da Havan na lista do BNDES

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou na manhã desta quinta-feira (2) no Twitter que Jair Bolsonaro desistiu de cumprir sua promessa de campanha de “abrir a caixa-preta do BNDES” após encontrar o nome do empresário Luciano Hang, o véio da Havan, na lista de beneficiados.

“Bolsonaro depois de encontrar HANG na lista do Bndes desistiu de caixa Preta. Que na verdade nunca existiu. Bolsonaro falou de Doria mas não soube até agora explicar os 50 empréstimos do Hang”, tuitou o ex-aliado do bolsonarismo, abrigado em ninho tucano.

Pouco antes, Frota compartilhou um link do site Carta Campinas que diz que Hang “pegou 50 empréstimos do BNDES durante os governos do PT”. “Abriu 100 lojas. Mas os empréstimos eram para máquinas não para lojas. Finame é o tipo de empréstimo feito mas teve sua finalidade alterada”, tuitou.

No link distribuído por Frota, uma reportagem de 8 de julho de 2019 diz que Hang “entre abril de 2005 e outubro de 2014, durante os governos de Lula e Dilma, ambos do PT, 50 empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a expansão de suas atividades comerciais no país. Uma média de 5 empréstimos por ano, um a cada dois ou três meses”.

Segundo o texto, baseado em uma reportagem publicada pelo jornalista Flávio ilha, no Jornal Extraclasse, do Rio Grande do Sul, Hang teria cometido fraude ao contratar empréstimos pelo Finame, que se destina à aquisição de máquinas e equipamentos industriais e que, segundo regras do BNDES, não se ajustaria a empresas de varejo.

 

 

*Com informações da Forum

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Temer mata a fatura: “Governo Bolsonaro é a continuidade do meu”

Cara de um, focinho do outro.

Em última análise, Temer é Bolsonaro e Bolsonaro é Temer.

Não só porque Sérgio Etchegoyen, o mais golpista dos generais, é o garante ou o cartola dos dois, como também sempre fez vista grossa para o mar de corrupção que cerca a biografia de Temer e Bolsonaro.

Temer assumiu o programa econômico do golpista candidato derrotado por Dilma, Aécio Neves e Bolsonaro dá continuidade à máquina de aniquilar as estatais, a indústria nacional, empregos e a economia.

Não foi isso que assistimos nos anos FHC?

Então, o que temos nessa tríade corporativa é um filarmônica neoliberal e o resultado totalmente desafinado e descompassado com a realidade social do país, não poderia ser outro.

Temer repetiu o fracasso de FHC e Bolsonaro repete o de Temer.

Os três se alimentaram da mesma alfafa para alavancar o progresso dos ricos, do lado luxuoso do país.

Digamos que FHC seja um preposto de Collor que, não obstante, seguiu o mesmo curso do rio neoliberal do caçador de poupança, mas também de Menem, na Argentina. Deu no que deu, nos três falidos governos.

A diferença é que FHC era um festejado homem das letras.

Bolsonaro é o último capítulo da ditadura militar que entregou o país em frangalhos a Sarney que, por sua vez, entregou o país ainda pior nas mãos de Collor.

Essa corrente, que sofreu um intervalo nos governos Lula e Dilma, é uma coisa só. De Figueiredo a Bolsonaro passando por Sarney, Collor, FHC, Temer e agora Bolsonaro é uma massa falida que insiste em destruir o Brasil na base de golpes e fraudes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A facada de Adélio, o enigma político da década, permanece sem solução, por Luis Nassif

A facada de Adélio Bispo Oliveira em Bolsonaro ainda é um mistério à procura de uma explicação. É o fato político mais importante da década, porque viabilizou uma mudança radical na política brasileira.

Os efeitos políticos da facada nas eleições eram tão óbvios que, no dia seguinte, Bolsonaro já havia se tornado o franco favorito.

Seria possível simular um atentado tão arriscado, a ponto da vítima correr um risco de vida calculado para viabilizar um projeto político?

Há duas versões para o atentado.

A versão oficial é que um sujeito, desequilibrado óbvio, decidiu matar Bolsonaro e foi mal sucedido.
A versão conspiratória é que foi um ato planejado visando garantir a vitória eleitoral de Bolsonaro.

Bolsonaro comparecia a todos os eventos com um colete à prova de balas e de facadas e tinha uma cirurgia marcada, para remover um câncer. Portanto, bastaria simular a facada, conduzir Bolsonaro com segurança a um hospital local e depois transferi-lo para um hospital em São Paulo, para efetuar a cirurgia contra o câncer.

Após o atentado circularam vídeos pelas redes sociais mostrando a extraordinária desenvoltura com que Adélio infiltrou-se pela multidão e passou pelos seguranças até enfiar a faca em Bolsonaro.

Há um complicador nessa versão: o fato de duas equipes de hospitais conceituados, a do Sírio Libanês e a do Alberto Einstein. Ambas foram a Juiz de Fora e Bolsonaro optou pelo atendimento no Alberto Einstein.

Há uma explicação para o ferimento: a de que a faca resvalou por uma brecha no colete, ferindo efetivamente Bolsonaro. O que seria, nessa versão, um acidente de percurso.

Entre essas duas hipóteses, há uma série de evidências que não batem com a versão do crime comum bancado por um psicopata.

São os seguintes fatos.

A ida anterior de Adélio ao Clube de Tiro frequentado por Eduardo Bolsonaro.

Como um sujeito limítrofe, que trabalhava em um açougue, localiza o clube de tiro em Santa Catarina e vai até lá. E vai para quê? Até agora não houve uma resposta satisfatória.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foi até lá combinar os detalhes do atentado: 70% de probabilidade
Hipótese 2 – Foi até lá para conhecer o ambiente de treinamento do filho de Bolsonaro, sabe-se lá para quê: 30% de probabilidade

A ida de Adélio à Câmara Federal para uma visita a um deputado do PSOL.

O sujeito, que hipoteticamente planeja um crime de repercussão nacional, vai até a Câmara e deixa um registro oficial de visita a um parlamentar do PSOL. Depois, se descobre que ele nunca teve nenhuma relação com o PSOL.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foi com a intenção de criar um falso vínculo com o PSOL para estabelecer uma motivação política para o atentado: 50% de probabilidade.
Hipótese 2 – tinha uma simpatia política pelo PSOL: 50% de probabilidade.

O papel dos advogados de defesa.

Da noite para o dia aparecem advogados de Belo Horizonte, indo de jatinho a Juiz de Fora, para defender Adélio. Fazem mais do que isso: isolam-no completamente de qualquer contato com a imprensa. E demonstram tal influência, que conseguem manter o isolamento total até hoje.

Ou foram bancados por grupos bolsonarista, visando manter Adélio a salvo da óbvia falta de vontade de cobertura da mídia; ou por grupos ligados à Igreja de Adélio, que jamais foram identificados.

Tempos depois, o deputado federal Fernando Francisquini, uma das pontas de lança do bolsonarismo, entrou com ação na Justiça para impedir Adélio de dar uma entrevista.

Análise de probabilidade:

Hipótese 1 – foram bancados por grupos bolsonaristas: 70% de probabilidade.
Hipótese 2 – foram bancados por grupos que queriam a morte de Bolsonaro: 25% de probabilidade. Se houvesse qualquer indício de conspiração contra Bolsonaro, não haveria como não ser descoberta.
Hipótese 3 – foram bancados por grupos ligados à igreja de Adélio: 5% de probabilidade.

O papel da Polícia Federal.

As investigações concluíram pela ação individual de Adélio. Bolsonaro reagiu com fúria, não aceitando as conclusões do inquérito – mas nada fez para avançar nas investigações.

Não bate. O presidente controla completamente a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Qual a razão, até agora, para jamais ter se chegado aos financiadores dos advogados de Adélio? Respeito às prerrogativas de advogados? Com Sérgio Moro? Conte outra!

O carnaval de Bolsonaro, exigindo novas investigações, criticando o fato de não se chegar aos financiadores dos advogados, não bate com o poder de polícia quase ilimitado de seu Ministro da Justiça. Se houvesse vontade política, o caso seria resolvido e a identidade de quem contratou os advogados seria levantada em dois tempos. E não haveria nenhuma força oculta capaz de demovê-lo dessa empreitada. Não se levantaram os nomes dos responsáveis porque não é de interesse de Bolsonaro levantar. Simples assim.

A versão da conspiração contra Bolsonaro seria muito complexa de administrar porque envolveria outros personagens e situações, incluindo inúmeras variáveis que poderiam ser desmentidas, em qualquer falha de narrativa. Apontar Adélio como único responsável resolveria a questão e mataria qualquer tentativa de aprofundar o inquérito.

Análise de probabilidade.

Hipótese 1 – ocultar as motivações políticas pró-Bolsonaro: 70% probabilidade.
Hipótese 2 – aceitar como verdadeiras as conclusões do inquérito, de ação individual de um alucinado: 30% de probabilidade.`

Pode ser que tudo não passe uma teoria da conspiração. Mas a sucessão de fatos sem respostas sugere que há mais segredos entre o céu e a terra do que supõe a vã teoria dos idiotas da objetividade.

 

 

*Do GGN

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A tragédia do Brasil no 1º ano do governo Bolsonaro aos olhos da imprensa alemã

O Brasil sob Bolsonaro, segundo a imprensa alemã Em 12 meses, veículos destacaram derretimento da imagem do país após desmonte de políticas ambientais e queimadas. Suspeitas sobre Flávio Bolsonaro e declarações preconceituosas do presidente também foram abordadas.

Süddeutsche Zeitung: “Irmãos de alma” – sobre a aproximação de Bolsonaro com os EUA e fake news, 04/01/2019Brasil

“O populista Donald Trump e o extremista de direita Jair Bolsonaro têm tom e estilo semelhantes. Com métodos parecidos, conseguiram conquistar os cargos políticos mais altos no Brasil e nos Estados Unidos. Outra semelhança: supostamente, tanto Trump quanto Bolsonaro tiveram apoio ilegal durante a campanha eleitoral. O chamado escândalo da Rússia nos EUA encontra seu equivalente brasileiro num escândalo envolvendo o serviço de mensagens WhatsApp”, apontou o jornal de Munique.

Süddeutsche Zeitung: “Flávio Bolsonaro e o matador de aluguel” – os problemas do filho do presidente, 04/02/2019

“O senador brasileiro Flávio Bolsonaro é chamado de Zero Um pelo pai. (…) E Zero um se tornou um filho-problema para o novo presidente, apenas um mês depois da troca de governo. Tornou-se público que Flávio Bolsonaro empregou como assessoras, até novembro de 2018, a mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega. Nóbrega é considerado um dos principais matadores de aluguel do Rio. Ele é suspeito de ser um dos líderes do esquadrão da morte Escritório do Crime.”

Handelsblatt: “O imprevisível” – sobre o estilo do presidente Bolsonaro, 28/03/2019.

“Desde 1° de janeiro, Bolsonaro governa o Brasil – ou melhor: ele deveria governar. É que o populista de direita se ocupa bem pouco dos reais negócios do governo, que parecem não interessá-lo. Diante da elite econômica internacional em Davos, ele não discursou nem por seis minutos. Muitos no Brasil pensam: ‘ainda bem’. É que, quando Bolsonaro se pronuncia com parcos conhecimentos sobre a futura reforma, difama o Carnaval com vídeos obscenos ou demite seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência por pressão de seus filhos, os mercados financeiros ficam nervosos”, publicou o diário econômico alemão.

Frankfurter Rundschau: “Cem dias de Bolsonaro: propaganda de direita e constrangimentos” – sobre os primeiros meses turbulentos do presidente, 10/04/2019.

“Os primeiros três meses do ex-paraquedista Jair Bolsonaro na Presidência ficarão na lembrança do maior e mais importante país da América Latina como constrangedores. Desde tuítes obscenos sobre xixi no carnaval, passando pelo tratamento brusco dado a seus ministros, até decisões sem qualquer sombra de expertise, nada ficou de fora. Quem sofre é o Brasil e a imagem do país”, escreveu o diário de Frankfurt.

Süddeutsche Zeitung: “Combustível acabando” – a queda de popularidade Bolsonaro, 17/04/2019.

“As esperanças que seus apoiadores depositaram nele foram frustradas por Jair Bolsonaro nos seus três primeiros meses. Isso se reflete numa forte queda na sua popularidade. Desde o retorno do Brasil à democracia, em 1985, é a pior avaliação de um presidente depois de três meses no cargo.”

Frankfurter Allgemeine Zeitung: “A jornada errática de Bolsonaro” – sobre o estilo populista de Bolsonaro, 12/04/2019.

“Em fins de março, Bolsonaro ordenou que fosse celebrado o aniversário do golpe militar, o que causou estranhamento até entre os generais. E um tuíte sobre a decadência moral do carnaval incomodou até mesmo muitos de seus aliados mais próximos – na Bolsa de Nova York, muitos investidores buscaram informações, a sério, sobre o estado de saúde de Bolsonaro”, publicou o jornal de Frankfurt.

Bild.de: “Turistas gays são indesejados sob Bolsonaro” – sobre declaração homofóbica do presidente, 27/04/2019.

“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou durante um café da manhã com a imprensa na quinta-feira que não quer que seu país se torne ‘um paraíso para turistas gays’. ‘Nós temos famílias’, completou Bolsonaro. Interessante é a diferenciação que Bolsonaro também volta a ressaltar agora. Porque, claramente, o político de 64 anos parece não ter problema algum com o turismo sexual em si, contanto que ele se limite ao relacionamento heterossexual. ‘Se quiserem vir aqui fazer sexo com uma mulher, fiquem à vontade’, disse Bolsonaro”, publicou o site do principal tabloide alemão.

Deutschlandfunk Kultur: “Destruidor ambiental Bolsonaro e o desmatamento na Amazônia” – sobre desmonte de políticas indigenistas, 29/04/2019.

“Os senhores originais das florestas, os povos indígenas, não podem esperar apoio do novo presidente. Bolsonaro tem repetidamente deixado claro que quer desenvolver e explorar a região amazônica. Ele quer criar estradas, suspender ou acabar com regras de proteção ambiental. Do ponto de vista de Bolsonaro, ainda há espaço suficiente na Amazônia para pastagens e plantações de soja. E ele anunciou que não concederá um palmo a mais de terra sequer para os povos indígenas”, informou a emissora alemã.

Frankurter Allgemeine Zeitung: “Pelos cidadãos de bem” – sobre ampliação de acesso a armas por Bolsonaro, 09/05/2019.

“A simpatia de Bolsonaro pelas armas se manifestou agora num novo decreto: quem tem posse de arma de fogo poderá comprar agora até 5 mil cartuchos (…). Em 2017, houve 63.880 mortes violentas no Brasil. Em nenhum outro lugar do mundo tantas pessoas são mortas por armas de fogo como no Brasil. O país registrou também um aumento acentuado do número de mortos por policiais nos últimos meses. No governo Bolsonaro, não há sinais de uma atenuação da situação – pelo contrário. Na sociedade brasileira circula um chavão: bandido bom é bandido morto.”

Die Welt: “O presidente desafortunado” – sobre o derretimento da imagem do Brasil no exterior (02/07).

“A imagem do presidente brasileiro Jair Bolsonaro no exterior é devastadora. […] A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, juntou-se às fileiras dos críticos do presidente populista de direita. Bolsonaro respondeu com igual clareza e acusou os europeus de ‘psicose ambiental’. Apesar de tudo, Merkel quer fazer negócios com o potencial talhador de florestas”, publicou o jornal conservador de Berlim.

Der Tagesspiegel: “Presidente do Brasil demite guardião da Floresta Amazônica” – sobre conflitos com o Inpe, 05/08/2019.

“Ricardo Galvão é um dos cientistas mais renomados do Brasil. O físico chefiava o Inpe. Agora o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, exonerou Galvão, de 71 anos. A razão é simples: os dados divulgados pelo Inpe não agradam aos extremistas de direita. Eles mostram um aumento dramático no desmatamento ilegal na Amazônia durante seu mandato. O presidente Bolsonaro não quer admitir isso. Ele alega que os dados foram inflados para prejudicar a imagem do Brasil no mundo.”

Frankfurter Allgemeine Zeitung: “Bolsonaro depreza financiamento alemão”, sobre suspensão de verba alemã para projetos ambientais no Brasil, 12/08/2019

“Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil não precisa do dinheiro da Alemanha para proteger a Floresta Amazônica. ‘Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso’, afirmou Bolsonaro. Bolsonaro quer explorar mais economicamente a Região Amazônica, não demarcar mais áreas de proteção e permitir mais desflorestamento. Bolsonaro é cético das mudanças climáticas e aliado da indústria agrícola.”

Stern – “Brincando com fogo”, sobre a visão ambiental de Bolsonaro em meio às queimadas, 29/08/2019.

“Se você quer saber como o homem realmente encara questões ambientais, basta ver seu histórico. Em janeiro de 2012, Bolsonaro foi flagrado pescando ilegalmente em uma reserva marinha na costa do Rio de Janeiro. Um funcionário do Ibama, José Morelli, lhe aplicou uma multa de 10 mil reais. Para Bolsonaro, então deputado federal, essa foi a ocasião para uma vendeta sem precedentes: Após sua eleição como presidente, ele passou a difamar o Ibama como uma mera “indústria de multas”. No final de março, o servidor Morelli – a essa altura atuando como fiscal na Amazônia – foi exonerado do cargo”, escreveu a revista alemã.

Süddeutsche Zeitung: “Bolsonaro só entende a linguagem dura”, sobre a necessidade da comunidade internacional agir para conter queimadas, 01/09/2019.

“Frequentemente o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é comparado a Donald Trump. Isso é injusto porque, ao lado do brasileiro, o presidente americano parece um cavalheiro. Isso foi vivenciado nesta semana porEmmanuel Macron. Depois de ter criticado o fraco combate aos incêndios na Amazônia, o francês teve que aguentar insultos a sua mulher por parte de Bolsonaro nas redes sociais. Esse é um nível ao qual nem mesmo Trump desceu.

Não. O presidente do Brasil não é um Trump tropical. Ele pertence a uma categoria dos que glorificam a violência, como o presidente filipino, Rodrigo Duterte, ou de intransigentes autocratas, como o venezuelano Nicolás Maduro.”

Die Tageszeitung: “Até os joelhos na lama negra” – sobre a falta de ação do governo na crise ambiental no litoral do Nordeste, 22/10/2019.

“Um vazamento de óleo se espalha na costa nordeste do país. No início de setembro apareceram as primeiras manchas negras. Atualmente mais de 160 praias em nove estados foram afetadas. Para o Brasil, a catástrofe ambiental ocorre no pior momento possível. Após os incêndios florestais na Amazônia e as críticas internacionais à política ambiental, o governo está abalado. Mais uma vez, ele não agiu rápido o suficiente. O presidente Jair Bolsonaro é acusado de falta de ação”, apontou o jornal berlinense.

Der Spiegel: “O mestre-demolidor” – sobre o derretimento da imagem do Brasil no exterior, 26/10/2019.

“Faz um ano que Jair Bolsonaro venceu a eleição presidencial no Brasil. Desde janeiro ele desempenha as funções do cargo, e é raro um chefe de Estado que tenha danificado a imagem de uma nação de forma tão veloz e duradoura quanto ele. O Brasil, que por muito tempo foi um país emergente em ascensão, é hoje um obscuro Estado pária, em que fanáticos conservadores travam uma campanha de guerra contra um inimigo que só existe na própria imaginação”, descreveu a revista semanal alemã.

Tagesspiegel: “Sob suspeita” – sobre reação de Bolsonaro a reportagem que ligou sua família ao caso Marielle, 31/10/2019.

“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ficou furioso. Ele xingou os meios de comunicação, descrevendo a Globo, a maior empresa de mídia do país, como ‘imprensa porca, nojenta, canalha e imoral’. Deve ter acontecido muita coisa para o presidente do Brasil se levantar pouco antes das 4h da manhã de sábado na Arábia Saudita para gravar um vídeo de 23 minutos. Bolsonaro negociou um acordo com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman no montante de 15 bilhões de dólares. Por tal, Bolsonaro esperava, aparentemente, elogios da mídia brasileira. Mas a TV Globo jogou uma bomba durante seu principal noticiário”, publicou o jornal de Berlim.

 

 

*Com informações do DW

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Leandro Fortes: Quasímodo

Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia, afirma que Jair Bolsonaro “governa diretamente para a massa de analfabetos políticos gestados à margem da ciência e dos bom modos”. “Estes, ativados, na campanha eleitoral de 2018, pelo bombardeio de fake news que ajudou a elegê-lo”,

Para manter de pé uma agenda econômica que prevê a destruição do patrimônio público nacional e a retirada de direitos em série do trabalhador brasileiro, a mídia e a classe média idiotizada por ela mantêm no poder um demente que torce a cabeça de uma criança, na praia, e depois coça o saco, para o mundo todo ver.

Bolsonaro tem um método de construção de imagem popular baseada na premissa estúpida de que os pobres são, majoritariamente, imundos, como ele.

Não se trata apenas de uma questão estética, embora a combinação de chinelões e unhas podres, exibida como supra sumo da simplicidade presidencial, seja mais que lamentável.

Trata-se, sobretudo, de um deficit de higiene – física e mental – levada ao paroxismo do absurdo.

Bolsonaro, nesse campo, governa diretamente para a massa de analfabetos políticos gestados à margem da ciência e dos bom modos. Estes, ativados, na campanha eleitoral de 2018, pelo bombardeio de fake news que ajudou a elegê-lo.

Para essa gente, esse homem de aparência grotesca e modos de brucutu é – e, pelo jeito, sempre será – um mito.

 

 

*Leandro Fortes/247