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A impressionante naturalização da Globo da relação criminosa entre Bolsonaro e Moro com a milícia

Para a Globo, Flávio Bolsonaro não é o primogênito herdeiro do esquema criminoso de corrupção comandado por Queiroz há décadas. Para a Globo, o fato do Presidente da República ter, por inúmeras vezes, elogiado o papel das milícias e seu filho Flávio ter condecorado vários milicianos, inclusive Adriano da Nóbrega e de brinde ainda empregar pessoas de sua família, não altera a sua fala displicente sobre tudo isso, tentando separar Bolsonaro de sua família, de seus três filhos e até mesmo de sua mulher que recebeu o cheque de Queiroz.

Para a Globo, Bolsonaro é um e seu clã, é outro, como se os filhos, a esposa e o próprio Queiroz tivessem autonomia para agirem à margem do Presidente da República. Tudo para não dizer que o Brasil é presidido por uma pessoa envolvida até o último fio de cabelo com os criminosos mais violentos e que mais ganharam espaço na vida política e social no Brasil.

Nos últimos tempos, nada cresceu mais nesse país do que as milícias, a ponto de deixar de ser um Estado paralelo para, no caso do Rio de Janeiro, por exemplo, reduto eleitoral do clã Bolsonaro, ser o próprio Estado.

Mais nefasta ainda a Globo se torna quanto ao papel de Sergio Moro nessa podridão. Neste caso, é como se Moro fosse Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil independente, sem qualquer vínculo com o governo Bolsonaro, sem que tenha sido colocado na pasta pelo próprio presidente miliciano, como se suas ações em proteção à família fosse algo absolutamente normal, incluindo a vergonhosa pressão que Moro exerceu sobre o porteiro do condomínio de Bolsonaro para que ele invertesse sua versão no depoimento, transformando o coitado de testemunha a réu confesso.

Certamente, a Globo não vê fascismo nisso. Se visse esse fato de maneira minimamente séria, republicana, Bolsonaro, assim como Moro, não aguentaria um dia de Jornal Nacional. Mas, ao contrário, a Globo vai construindo uma narrativa carregada de platitudes que mantém Bolsonaro na rédea curta, até porque é um grande medroso e arrota valentia contra a emissora somente em questões secundárias, num claro combinado entre os Marinho e o Palácio do Planalto para forjar uma independência tosca que não serve como enredo para o pior teatro com os piores atores.

Assim, o Brasil vai vivendo, depois da pantomima contra o crime e contra a corrupção, uma nova era conduzida pela mesma Globo da relativização da corrupção e do crime, mesmo que ele esteja no topo dos mais bárbaros, tudo em nome dos interesses do deus mercado do qual Bolsonaro é 100% devoto.

Se é para o bem do mercado e felicidade geral dos banqueiros, diga ao povo que Bolsonaro e Moro ficam. (Globo)

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Globo, que apoiou a precarização trabalhista e do SUS, diz que hospitais da China foram feitos por mão de obra escrava

Resumindo o contrato entre os americanófilos da Globo com os interesses ideológicos, mas sobretudo comerciais de Trump, a Globo tenta substituir o elogio a um país que constrói dois hospitais em poucos dias em um desastre humanitário.

Abre-se aí  um parênteses, o desastre humanitário, no caso, não é o coronavírus, mas sim a suposta mão de obra escrava dentro de um regime totalitário.

A Globo sendo a Globo. Se de um lado, ela, via Globonews, foi uma espécie de programa de auditório 24 horas por dia em prol do desmonte das leis trabalhistas, da PEC do fim do mundo que congelou por 20 anos os recursos da saúde e da educação, é uma entusiasta da privatização do SUS, como sonha Paulo Guedes, além de ter sido madrinha da bateria dos batuqueiros que ecoaram o som do fim da aposentadoria para os mais pobres, como ocorreu na reforma da Previdência.

A mesma Globo, agora, está compadecida com os escravos chineses, obrigados a um trabalho forçado na construção recorde de dois hospitais, o que está encantando o mundo que, segundo ela, só é possível em países sanguinolentos, totalitários.

O engraçado é que, mesmo nesses países totalitários, essa mesma ditadura comunista da China, quando comprou alguns milhares de toneladas de carne brasileira, fazendo o preço disparar no mercado interno afetando a economia com uma explosão inflacionária, a Globo se esqueceu de dizer que isso estava acontecendo porque Bolsonaro, o anticomunista de araque, tinha sido salvo justamente pelas exportações para a China, sem se preocupar se esta vive uma ditadura ou uma democracia, o importante era encher os bolsos dos pecuaristas e estes ganharem dinheiro como nunca e com os holofotes da Globo.

Como na guerra comercial entre China e EUA, a Globo é 100% Trump, mesmo sem saber o que aconteceria com o Brasil se o vírus causasse uma hecatombe econômica na China e afetasse diretamente as Havans da vida, empanturradas de bugigangas chinesas, a Globo cumpre seu papel olavista de elogiar a economia americana e os empregos de qualidade gerados por ela e, por outro lado, aproveitar o ensejo da construção dos hospitais para denegrir a imagem da China falando em trabalho escravo.

Por isso é sempre bom dizer que o que se ampliou no Brasil não foi a direita ou a extrema direita, mas o cinismo, a cara dura, a desavergonhada fala que se contradiz na fala seguinte sem que ninguém core a cara de pau. E esse é o caso da Central Única do Fascismo Nativo, Rede Globo de Televisão.

Não há hoje vírgula de pudor na forma com que a Globo produz seus balões, cria heróis e bandidos, isso ela faz até de improviso, mesmo que a língua de um comentarista tropece na do outro cinco minutos depois. O importante é fazer de conta que o errado que beneficia os ricos é o correto, e o correto que beneficia os pobres, seja o errado, porque na verdade, é disso que se trata a crítica da Globo na construção relâmpago de dois hospitais na China.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O papel nefasto da Globonews na tragédia brasileira

Como a própria Globonews usa em seu slogan, não desliga nunca. São 24 horas por dia cumprindo um dos papeis mais nefastos desse país, com o jornalismo mais cínico de que se tem notícia.

Todos os indicadores econômicos e sociais vêm num processo contínuo de degradação desde o golpe em Dilma até os dias que correm. Golpe este que, usando relevo de jornalismo, a Globonews foi uma das principais correspondentes dos interesses da oligarquia.

A primeira coisa que os Marinho fazem na Globonews é silenciar o contraditório, ignorando qualquer opinião contrária aos interesses do mercado. Portanto, sem o menor constrangimento, a emissora só convida quem fala a sua língua, assim como O Globo só publica coluna de economistas que vão ao encontro dos interesses do 1% mais rico do país.

A coisa é tão escancarada em prol dos seus patrocinadores, bancos, corretoras e especuladores do mercado de capitais que, até para lidar com os telespectadores, os âncoras dos programas começam e terminam agradecendo aos assinantes não aos cidadãos brasileiros que dão audiência à maçaroca midiática.

Isso é uma clara postura de quem trata das coisas a partir do lucro que as pessoas dão diretamente à emissora.

Para os Marinho, não há cidadãos, há assinantes e patrocinadores. Nesse sentido, ela usa o espaço para fazer grana em estado puro. Ou seja, quem norteia a Globonews é o dinheiro em espécie e não a espécie humana.

O dever ineludível de uma imprensa livre foi para o saco nas redações da Globonews, pois só é permitida a voz de quem reza pela mesma cartilha de seus patrocinadores que só têm um único interesse, a voracidade do lucro, sem que o que se pratica ali esclareça a sociedade sobre o que de fato ocorre nesse país.

A Globonews, na verdade, é um documento oficial de como a grande mídia pratica a manipulação em seus estúdios, seja ela psicológica, seja ela ideológica. Não importa, o que interessa é construir fatos carregados de meias verdades para banir qualquer relação dos brasileiros com a verdade.

Então, são convocados os “intérpretes” da economia e, nessa interpretação em que os discípulos do sistema financeiro se contorcem em animar os incautos, cabe tudo, menos a verdade.

E se o tal progresso liberal se mostra um retumbante fracasso sob qualquer ponto de vista, não tem problema, a paisagem não muda e os comentaristas cinicamente de olhos deslumbrados, batem com aquela convicção dos mentirosos compulsivos, de que a coisa nunca esteve tão bem, porque pintar a economia à moda da casa é uma das especialidades dos Marinho. Assim eles venderam a “tragédia econômica” do governo Dilma e a “recuperação econômica” dos governos Temer e Bolsonaro, mesmo que todos os indicadores desmintam os cínicos do jornalismo de banco praticado pela Globonews.

As pessoas podem se perguntar, mas a Globonews tem tanta audiência assim? Não, mas tem o principal, a construção de uma narrativa que perfila um mesmo ramerrão que passa a ser bíblia para muitos veículos de comunicação que ecoam esse cinismo impávido, formando assim um rebanho de brasileiros que compram uma mentira mesmo que a verdade lhe imponha sobre os ombros o peso das fábulas criadas pelo clã dos Marinho.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo – Globonews: Lula e Dilma salvaram o governo Bolsonaro em 2019

Globonews chega a uma única conclusão com vários comentaristas de economia: se não fossem as reservas deixadas por Lula e Dilma, Bolsonaro teria quebrado o Brasil.

Quando se faz uma simples pesquisa na retrospectiva dos programas de economia da Globonews, o assunto é o mesmo, o Brasil suportou a recente fuga de capitais, a disparada do dólar e mesmo da inflação, por um único motivo, os quase 400 bilhões de dólares de reservas internacionais deixados por Lula e Dilma.

Carlos Alberto Sardenberg, um dos comentaristas mais fanfarrões da Globonews, estrebuchou-se todo para chegar a essa conclusão. Mas, para não dar a mão à palmatória de que o Brasil, nos governos Lula e Dilma, jamais esteve quebrado, apelou para o cinismo ridículo dizendo que o Brasil não devia essa segurança aos governos do PT, mas sim ao Meirelles, presidente do Banco Central, que sequer era Ministro da Economia.

A conclusão a que se chega é a de que a Globo e Bolsonaro se merecem. Por isso mentiram juntos sobre o resultado das vendas de natal que, na realidade, foi desastroso para o varejo e que, sem dado nenhum que abonasse o que os dois disseram, governo e Globo, chutaram que havia tido um grande aumento nas vendas de natal, o que já foi prontamente desmentido sob ameaça dos comerciantes entrarem na justiça contra a divulgação fraudulenta do resultado das vendas.

Isso é a total desmoralização do governo e da Globo, o primeiro não sabe governar e, o segundo, noticiar sem se valerem de fake news para, prontamente, serem desmascarados pelos fatos.

Segue o vídeo do inacreditável Sardenberg tendo que entregar a rapadura com a boca torta de que Lula e Dilma salvaram da falência o governo Bolsonaro

https://www.facebook.com/gleisi.hoffmann/videos/438605786802005/?t=1

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

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CPMI da fake news aprova convocação de empresas que prestaram serviços a Bolsonaro

Comissão aprova ainda convite para jornalistas responsáveis pelas reportagens que denunciaram o esquema de compra de pacotes de envios de disparos em massa.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Fake News aprovou nesta quarta-feira (25) os pedidos para a convocação de empresas de internet, marketing e telefonia. Entre elas estão a Quickmobile, Croc Services, SMS Market e Yacows, todas elas prestaram serviços à campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018.

Também foram convocados os responsáveis pelas empresas CA Ponte e Enviawhatsapp. Segundo revelações da Folha de S.Paulo, essas empresas contrataram agência de marketing na Espanha para fazer disparos de mensagens políticas em massa via WhatsApp em favor do então candidato Jair Bolsonaro.

A CPMI também aprovou o convite para chamar os jornalistas da Folha Patrícia Campos Mello e Rubens Valente, responsáveis por uma série de reportagens denunciando o esquema de compra de pacotes de envios de disparos de mensagens em massa por empresários em favor de Bolsonaro. A ação é proibida pela Justiça Eleitoral brasileira.

Foram convocados ainda a assessora do Palácio do Planalto Rebecca Félix da Silva Ribeiro Alves. Em agosto, ela afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que trabalhou durante a campanha eleitoral na casa do empresário Paulo Marinho.

Recentemente, Marinho disse à GloboNews que sua casa se tornou um escritório de retransmissão de informações falsas produzidas por voluntários durante a corrida eleitoral.

Os representantes no Brasil do Google, Facebook, Twitter, WhastApp e YouTube também foram convocados. Ao todo foram analisados 86 pedidos de requerimentos, entre convites e convocações.

Tentativa de obstrução

Durante a votação dos pedidos, a base do governo federal tentou obstruir os trabalhos da comissão. O presidente da CPMI, senador Angelo Coronel (PSD-BA) criticou a manobra.

“Esta comissão não visa à perseguição de ninguém. Esta comissão visa proteger a sociedade brasileira de fake news, de perfis falsos. Fico indignado quando vejo pessoas trazerem a culpa antecipada para o colo”, disse o parlamentar.

 

 

*Com informações do GGN

*Foto: Agência Brasil

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Vídeo – Lava Jato contra-ataca: depois de Carlos Fernando, foi a vez de Dallagnol ameaçar Bolsonaro pelo abandono dos aliados

Não escapa dos olhos de ninguém que Bolsonaro faz de Moro gato e sapato depois que este perdeu o manto de herói nacional.

Pois bem, parece que Moro não vai deixar barato e coloca seu bloco curitibano nas ruas para mandar recados a Bolsonaro, que não se abandona uma aliado ferido no meio do caminho, no mais puro estilo Paulo Preto a Serra.

Semana passada, no programa Painel, da GloboNews, o procurador da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima (Boquinha) chegou com discurso ensaiado, mostrando os dentes para Bolsonaro. Tudo planejado para lembrar ao ex-aliado que a Lava Jato era bolsonarista. Na verdade, o plano de prender Lula foi preestabelecido para isso e Carlos Fernando fez questão de frisar que o principado de Curitiba suou a camisa para elegê-lo, esperando reciprocidade no controle que os lavajatistas achavam fundamental, dentro do governo, para usá-lo como afluente de um projeto de poder que já havia sido demonstrado quando tentaram saquear os cofres da Petrobras em nome de uma suposta fundação privada que combateria a corrupção. Foram desmascarados e o plano azedou.

Carlos Fernando frisou com muita clareza que Bolsonaro só foi eleito porque teve a bênção da Lava Jato, ou seja, correu com o processo de Lula para condená-lo e prendê-lo e desintegrar as chances do PT vencer a eleição.

Hoje, com um discurso enviesado, foi a vez de Dallagnol buscar os holofotes da mídia e mostrar a  ruga na testa de apreensão com os destinos do governo Bolsonaro que havia jurado separar trono especial a quem fez a barganha jurídico-policial com ele para que saísse vitorioso das urnas. Porém, Dallagnol, piadista como sempre, disse que a Lava Jato jamais elegeu Bolsonaro, ele sim, oportunista de plantão, é que se apropriou da pauta anticorrupção para se eleger e jogou no ar que Bolsonaro está destruindo as instituições de controle, intervindo na Receita, no Coaf, na Polícia Federal e aonde pode intervir no governo para proteger o seu clã, foi até mais explícito dizendo que Bolsonaro quer proteger a própria família, ou seja, a si próprio e a parentada que vive pendurada em suas armações miliciânicas.

Isso, em certa medida, começa a se transformar em crosta como a que Queiroz produz em sua imagem, porque tudo indica, pela mecânica que conhecemos, via Intercept, do sistema de chantagens que os procuradores usam com os delatores, eles pretendem lembrar a Bolsonaro que podem amolecer o solo por onde ele caminha, transformando-o num pântano onde ele pode afundar e desaparecer.

Glenn Greenwald lapida perfeitamente esse quadro, como segue abaixo.

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Verba para bolsas do CNPQ acaba no sábado, diz Marcos Pontes

Questionado se as bolsas correm risco de acabar, o ministro declarou: “Se não tiver orçamento, eu não tenho como pagar. São 84 mil bolsas. Isso é difícil, se for pensar, tem várias implicações”.

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia do governo de Jair Bolsonaro, disse que os recursos para pagar bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estão no fim.

Em entrevista ao programa Em Foco, de Andréia Sadi, na GloboNews, Pontes afirmou que está tentando obter apoio financeiro junto ao Ministério da Economia e da Casa Civil para cumprir o compromisso.

Pontes destacou que seu ministério só tem recursos para pagar bolsas até o fim do mês de agosto, ou seja, até este sábado (31).

“A gente tem o recurso agora até o final desse mês, que a gente vai fazer pagamento, em 1º de setembro, e a gente vai ter que achar para outro mês”, disse.

Risco de acabar

Questionado se as bolsas correm risco de acabar, o ministro declarou: “Se não tiver orçamento, eu não tenho como pagar. São 84 mil bolsas. Isso é difícil, se for pensar, tem várias implicações”, afirmou.

“Pesquisadores são importantes para o país”, reconheceu. Para ele, algumas pesquisas não podem parar e recomeçar depois sob risco de ficarem prejudicadas. Pontes lembrou que “muitos desses pesquisadores dependem dessas bolsas para sobreviver”, pois recebem o auxílio para conseguir trabalhar em tempo integral para o projeto.

 

*Com informações da Forum

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A hora do Merval

Por Leandro Fortes

Bolsonaro é um idiota. Acho que essa questão está pacificada, no mundo todo.

Mas eu quero falar de Merval Pereira, que não é um idiota, mas foi, a seu tempo e circunstância – a saber, durante os 13 anos de governos do PT – a figura mais servil e abjeta do jornalismo brasileiro.

Graças a esse servilismo desmedido, Merval acabou por se tornar membro da Academia Brasileira de Letras (e Naftalina), com apenas duas obras suspeitas, ambas naquele esquema Mandrake de coletâneas, típico de escritor que não consegue escrever livro.

A primeira, uma série de reportagens sobre a sucessão do general Ernesto Geisel, aliás, que nem é só dele, mas também do jornalista André Gustavo Stumpf. Logo, ele é coautor.

A segunda, “O Lulismo no Poder”, lançada em 2010, é uma série de artigos, alegadamente, os melhores, que Merval publicou em “O Globo”, como porta-voz da família Marinho. O livro foi editado e publicado com a intenção deliberada de garantir a vaga de Merval da ABL com, ao menos, dois títulos.

Os artigos de Merval têm uma característica muito própria: são acacianos e intermináveis. Significa que você, leitor, você, leitora, pode passar uma existência inteira sem ler uma única linha dos textos de Merval – e isso não irá fazer a menor diferença para a sua vida.

Pois bem. Faz poucos dias, Merval recebeu a ordem de falar mal do governo Bolsonaro, no que passou a se dedicar com algum afinco. O Grupo Globo tem um instinto de sobrevivência aguçado. Os filhos de Roberto Marinho, como dizia meu saudoso amigo Paulo Henrique Amorim, não têm nome, mas têm um patrimônio a zelar.

Então, enquanto passa pano para a política econômica propalada por Paulo Guedes, a Globo trata de dar beliscões no capitão, a quem, claro, também considera um idiota. Mas o idiota ainda não entregou a reforma da Previdência e ainda tem a reforma tributária para salgar.

Bozo, como se sabe, não tem uma estrutura mental sofisticada e, para piorar, é assessorado pelos filhos, três rapazes com sérios – seríssimos – problemas mentais. Resultado: partiu para cima de Merval, a partir de uma reportagem do The Intercept Brasil, para (mais um) desgosto de Sérgio Moro.

Trata-se de denúncia de outubro de 2017, dos jornalistas George Marques e Ruben Berta, na qual se revela a imensa generosidade do Senac-RJ em contratar 15 palestras de Merval Pereira pelo valor total de 375 mil reais, ou seja, 25 mil reais por cada uma delas.

Lembrete: os recursos do Senac-RJ, por serem retirados compulsoriamente, por lei, de empresários e trabalhadores, são considerados dinheiro público.

Bozo, como de costume, não denunciou Merval por um motivo nobre. Ainda por cima, errou ao dizer que ele recebeu 375 mil reais por apenas uma palestra.

Bozo, vocês sabem, é um idiota.

Mas, 15 palestras, a 25 mil reais cada, de Merval Pereira, no Senac-RJ, uma instituição que deveria investir em educação profissional, não é pouca coisa não.

Fossem palestras de Lula, uma multidão de aldeões com tochas e ancinhos nas mãos já estaria se deslocando para as cercanias de Curitiba, com direito a comentário de Merval Pereira, na Globo News.

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Ex-chefão da Lava Jato agora admite: Bolsonaro era o candidato da operação

“É evidente que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas de pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro”, revelou na GloboNews.

O procurador Carlos Fernando, que integrava a Lava Jato e é notavelmente agressivo quando enfrenta alguém que se opõe às suas diatribes retóricas, participou de um debate sobre a operação com o advogado Walfrido Warde no programa “GloboNews Painel”, conduzido pela jornalista Renata Lo Prete.

Warde debate com lhaneza, o que não quer dizer que não tenha entendido a tática do oponente da ora. Deixou-o tão à vontade, estimulando-o a ser quem era, que Carlos Fernando resolveu abrir o jogo. Admitiu o que observadores atentos sempre souberam, incluindo certamente Warde, embora os integrantes da operação jamais o tenham admitido: a operação tinha um candidato. E seu nome era Jair Bolsonaro.

Indagado por Renata sobre o alinhamento, Carlos Fernando Respondeu: “Infelizmente, no Brasil, nós vivemos um maniqueísmo, né? Então nós chegamos… Inclusive, no sistema de dois turnos, faz com que as coisas aconteçam dessa forma. É evidente que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas de pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro. Muito difícil seria ser a favor de um candidato que vinha de um partido que tinha o objetivo claro de destruir a Lava Jato. Seria muito difícil acreditar que…

Renata interrompe: “Você está se referindo a Fernando Haddad?”

E Carlos Fernando retoma:

“A Fernando Haddad, obviamente. Então nós vivemos este dilema: entre a cruz e a caldeirinha; entre o diabo e o coisa ruim, como diria o velho Brizola. Nós precisamos parar com isso. Nós realmente temos que ter opções. Infelizmente, um lado escolheu o outro. E, naturalmente, na Lava Jato, muitos entenderam que o mal menor era Bolsonaro. Eu creio que essa era uma decisão até óbvia, pelas circunstâncias que Fernando Haddad representava justamente tudo aquilo que nós estávamos tentando evitar, que era o fim da operação. Agora, infelizmente, o Bolsonaro está conseguindo fazer”.

Retomo

Vejam que fabuloso!

Lembro que um presidente da República não tem autoridade para pôr fim a operação nenhuma. Chame-se Dilma, Bolsonaro ou Fernando Haddad. Até porque, fosse assim, a então presidente petista o teria feito, já que a operação nasceu durante o seu governo, em 2014.

O que se tem aí é a confissão de que a operação que, na prática, retirou um candidato da disputa — refiro-me a Lula — alinhou-se, de forma antes apenas clara, e agora confessa, a seu adversário.

Diálogos revelados pelo site The Intercept Brasil evidenciaram que Sergio Moro chegou a oferecer a Dallagnol uma possível testemunha contra o ex-presidente. Fez mais: criticou o trabalho de uma procuradora, que não estaria sendo efetiva como ele, Moro, esperava no caso. Dallagnol a substituiu.

Pois é…

O QUE ESCREVI EM JUNHO DO ANO PASSADO

Escrevi uma coluna na Folha no dia 8 de junho no ano passado intitulada “Bolsonaro é o nome da Lava Jato”. Adivinhem… Deltan Dallagnol foi para as redes sociais me ofender, claro!

Lembro o que está lá:

“Gente que conhece o MPF por dentro e pelo avesso assegura que os Torquemadas torcem é por Bolsonaro. Li trocas de mensagens de grupos do WhatsApp que são do balacobaco. E assim é não porque os senhores procuradores comunguem de sua visão de mundo –a maioria o despreza–, mas porque veem nele a chance de fazer ruir o “mecanismo”, que estaria “podre”.

Os extremistas do MPF, do Judiciário e da PF, onde o candidato é especialmente popular, concluíram que o “Rústico da Garrucha & dos Bons Costumes” lhes abre uma janela de oportunidades para impor a sua agenda. Querem ser, e isto é para valer, o “Poder Legislativo” de um regime que fosse liderado pelo bronco.

Não creio que logrem seu intento e, tudo o mais constante, estão cavando seu próprio fim como força interventora na política. Isso, em si, será bom. A questão é quem vai liderar o desmanche. Centro pra quê? Por enquanto, meus caros, o processo segue sem centro, sem eixo, sem eira nem beira. A instabilidade será longa.”

E aí, Carlos Fernando, o que me diz? Como você pode notar, antevi até a derrocada de vocês em razão da escolha que haviam feito.

O que lhe parece?

Uma vez você me chamou de cachorro.

Cachorro quem sabe… Burro nunca!

 

Por Reinaldo Azevedo

*Do PT

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Indo ao inferno cobrar o capeta, Carlos Fernando confessa que a Lava Jato é bolsonarista

Como bem disse Saul Leblon (Carta Maior), os procuradores da Lava Jato venderam a alma ao diabo, que agora veio buscá-los. Mas parece que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima quer jogar bola nas costas do coisa ruim e parte para o contra-ataque, expondo a própria Lava Jato e cobrando de Bolsonaro lealdade ao pacto que fizeram no inferno para ele ganhar a eleição e ainda confessa, na Globonews, a barganha da escória.

“É evidente que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas de pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro – Naturalmente, na Lava Jato, muitos entenderam que o mal menor era Bolsonaro – Infelizmente, no Brasil, nós vivemos um maniqueísmo, né? Então nós chegamos… Inclusive, no sistema de dois turnos, faz com que as coisas aconteçam dessa forma. É evidente que, dentro da Lava Jato, dentro desses órgãos públicos, de centenas de pessoas, existem lava-jatistas que são a favor do Bolsonaro. Muito difícil seria ser a favor de um candidato que vinha de um partido que tinha o objetivo claro de destruir a Lava Jato – Naturalmente, na Lava Jato, muitos entenderam que o mal menor era Bolsonaro. Eu creio que essa era uma decisão até óbvia, pelas circunstâncias que Fernando Haddad representava justamente tudo aquilo que nós estávamos tentando evitar, que era o fim da operação. Agora, infelizmente, o Bolsonaro está conseguindo fazer”

Bolsonaro, por sua vez, no twitter, manda um recado para o pessoal da Lava Jato, dizendo que, na campanha, Moro não estava com ele. Ou seja, literalmente cuspindo no prato do qual se fartou e se lambuzou.