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Vídeo: Depois de ser espinafrado por Glauber Braga na Câmara, Moro pede colo para o general Augusto Heleno

O sem moral Moro e o chiliquento General Heleno, trocaram figurinhas no twitter depois que Moro foi corretamente espinafrado por Glauber Braga. Digo corretamente, porque o que Glauber diz no vídeo abaixo, Moro acaba de confirmar tirando o corpo fora em proteção à família Bolsonaro, na verdade, piorando ainda mais a situação dela, quando diz que não tem nada com o assunto da morte do miliciano Adriano da Nóbrega e que isso é um problema da polícia da Bahia.

Quando Glauber, como explica no vídeo, chama Moro de capanga da milícia, é disso que ele está falando, Moro escolhe os casos e as ações usando o aparelho do Estado, ou seja, o Ministério da Justiça e Segurança Pública para blindar o clã Bolsonaro.

Moro se contradisse mais tarde ao que disse na Câmara, que não interfere no trabalho da PF e, agora, acaba de dizer que seu ministério não vai se envolver na morte do miliciano e que isso não é assunto federal e sim, do estado da Bahia, quando, na verdade, nem essa fuga ele pode utilizar, já que foi uma ação combinada entre as polícias do Rio de Janeiro e da Bahia.

Mas isso não deixa de confirmar o que Glauber muito bem apontou sobre a malandragem do capanga da milícia.

Por outro lado, o general caduco que vive dando chilique e tapa na mesa, em defesa do molecote que vive de proteger miliciano no Ministério da Justiça, fez o discurso do “civilizado” soando como piada pronta.

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Vídeo: Glauber Braga, em audiência de Moro na Câmara, acerta os divinos fundilhos do hipócrita: “capanga de milícia”

Depois de ver seu nome ser exaltado pelos políticos de cabresto do bolsonarismo, Moro foi descabelado e sua imagem engomadinha foi devidamente amarrotada pelo deputado Glauber Braga (Psol), qualificando-o como capanga da milícia e capanga da família Bolsonaro.

Uma síntese perfeita para um hipócrita, cretino que vai à Câmara dos Deputados posar de defensor de combate à corrupção e, na vida real, é um mero capataz do Palácio do Planalto, agindo, como bem disse Glauber, como capanga da milícia e do clã do seu chefe.

Totalmente transfigurado, Moro não argumentou nada, apenas disse que Glauber é um desclassificado por só atacar. No entanto, Glauber foi didático ao lembrar a Moro que, ele, na hora de aprofundar a investigação contra Flávio Bolsonaro, disse que não podia federalizar um caso que estava nas mãos da justiça carioca. E Glauber seguiu mostrando a Moro o quanto ele é mentiroso e hipócrita, porque, poucos dias atrás, ele usou a PF para livrar Flávio de dois crimes, assim como pressionou o porteiro do condomínio de Bolsonaro a mudar a versão e dizer o que Moro queria para livrar a cara de Bolsonaro e Carlos.

Mais uma vez, Glauber faz um gol de placa nas costas do vigarista, do ministro pilantra que não deu um pio sobre o assassinato, na Bahia, do miliciano Adriano da Nóbrega, comparsa há décadas da família Bolsonaro, com provas que não cabem na caixa preta que Moro tentou construir para blindar os acéfalos que governam o país.

Depois da fala de Glauber, o tempo fechou e a sessão na Câmara foi encerrada, com Moro, novamente, tendo que sair fugido, porque não tem como se defender do indefensável.

Parabéns ao Deputado Glauber pela forma direta com que fuzilou o cínico Moro.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1227639974222270466?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro sabia da operação na Bahia: Por que não colocou o nome do miliciano Adriano da Nóbrega na lista de procurados pela PF?

Ministro não colocou o nome de Nóbrega em lista dos procurados da PF, mas sabia de operação na Bahia.

No último domingo (9), Adriano Magalhães de Nóbrega, ex-capitão do Bope, foi assassinado em Esplanada, na Bahia, após uma operação policial que devia prendê-lo, mas que teria terminado em uma troca de tiros, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

O jornal Folha de S. Paulo informou nesta segunda-feira (10), que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sabia da operação. Segundo o jornal, a pasta comandada pelo ministro cogitou a possibilidade de enviar um helicóptero para dar suporte à polícia baiana, responsável pela operação.

Acusado de comandar milícias em Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, Nóbrega era procurado pela Justiça brasileira desde janeiro de 2019, mas ficou de fora da lista com os criminosos mais procurados do país, divulgada por Moro no dia 30 de janeiro.

No dia seguinte à divulgação da lista, a ausência do miliciano levou o PSOL a anunciar que convocaria o ministro Sérgio Moro para que ele prestasse esclarecimentos ao Congresso.

Relação com Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz

O ex-policial militar estava escondido na fazenda de Gilsinho da Dedé, vereador do PSL em Esplanada (BA). O partido é peça-chave para entender o caso que culminou em uma mandado de prisão expedido contra Nóbrega em janeiro de 2019.

Até novembro de 2018 quando ainda era filiado ao PSL – partido do qual se desligou em outubro de 2019 – o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), empregava a mãe e a esposa de Adriano de Nóbrega em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), pois era deputado estadual.

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ) aponta Nóbrega como um dos responsáveis pelo chamado “Escritório do crime”, de onde teria partido o plano para assassinar a vereadora Marielle Franco.

Homenageado por Flávio Bolsonaro na Alerj em 2003, oportunidade em que recebeu a medalha Tiradentes, mais alta honraria fluminense, Nóbrega é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador, acusado de recolher parte dos salários dos funcionários do gabinete do político, prática conhecida como “rachadinha.” Os dois trabalharam juntos no 18 Batalhão da Polícia Militar.

Ainda de acordo com a investigação do Ministério Público, as contas de Nóbrega teriam sido utilizadas por Queiroz para fazer depósitos das rachadinhas.

Paulo Emílio Catta Preta, advogado de Nóbrega, anunciou que seu cliente tinha medo de ser assassinado. Seria, segundo o ex-militar, uma “queima de arquivo”. “Ele falou que estava temendo pela vida dele, porque ele tinha certeza, segundo ele me disse, que esta operação para prendê-lo verdadeiramente, mas era para matá-lo”, explicou o defensor, em entrevista ao portal G1.

 

 

*Igor Carvalho/Brasil de Fato

 

 

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O silêncio covarde de Moro sobre a morte de Adriano da Nóbrega, o miliciano ligado ao clã Bolsonaro

Do vovô ao cachorrinho, todo mundo da família de Adriano da Nóbrega se empregou no gabinete de Flavio Bolsonaro.

Bolsonaro e o seu primogênito, Flávio, foram as pessoas que mais deram Oscar para um dos criminosos mais frios do Brasil, que diziam gostar de matar suas vítimas à facada.

Caveira, como era conhecido pelo seu Escritório do Crime, estava na lista da Interpol, mas não estava na de Moro.

Agora, o super-Ministro da Justiça e Segurança Pública, que passou 5 anos latindo e babando raiva de petistas, está de focinheira colocada pelo seu dono ligado umbilicalmente ao miliciano morto no domingo (9), na Bahia.

Ninguém espera que a família Bolsonaro abra a boca sobre o caso, nem mesmo Eduardo, que estava na Bahia na hora da morte de Adriano, está sendo cobrado pela mídia que dê uma declaração que justifique sua estadia lá durante dois dias.

Mas Moro, que vive agora dependurado no twitter elogiando ações policiais em todo o Brasil em busca de apoio para a sua candidatura, não abrir o bico sobre a ação conjunta entre a polícia carioca e a baiana que culminou na queima de arquivo do personagem principal que liga Bolsonaro à morte de Marielle é, no mínimo, passar recibo de que o Ministro, que defendia total transparência das autoridades públicas contra o PT, aceita e abana o rabinho para a mordaça que lhe impuseram.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A impressionante naturalização da Globo da relação criminosa entre Bolsonaro e Moro com a milícia

Para a Globo, Flávio Bolsonaro não é o primogênito herdeiro do esquema criminoso de corrupção comandado por Queiroz há décadas. Para a Globo, o fato do Presidente da República ter, por inúmeras vezes, elogiado o papel das milícias e seu filho Flávio ter condecorado vários milicianos, inclusive Adriano da Nóbrega e de brinde ainda empregar pessoas de sua família, não altera a sua fala displicente sobre tudo isso, tentando separar Bolsonaro de sua família, de seus três filhos e até mesmo de sua mulher que recebeu o cheque de Queiroz.

Para a Globo, Bolsonaro é um e seu clã, é outro, como se os filhos, a esposa e o próprio Queiroz tivessem autonomia para agirem à margem do Presidente da República. Tudo para não dizer que o Brasil é presidido por uma pessoa envolvida até o último fio de cabelo com os criminosos mais violentos e que mais ganharam espaço na vida política e social no Brasil.

Nos últimos tempos, nada cresceu mais nesse país do que as milícias, a ponto de deixar de ser um Estado paralelo para, no caso do Rio de Janeiro, por exemplo, reduto eleitoral do clã Bolsonaro, ser o próprio Estado.

Mais nefasta ainda a Globo se torna quanto ao papel de Sergio Moro nessa podridão. Neste caso, é como se Moro fosse Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil independente, sem qualquer vínculo com o governo Bolsonaro, sem que tenha sido colocado na pasta pelo próprio presidente miliciano, como se suas ações em proteção à família fosse algo absolutamente normal, incluindo a vergonhosa pressão que Moro exerceu sobre o porteiro do condomínio de Bolsonaro para que ele invertesse sua versão no depoimento, transformando o coitado de testemunha a réu confesso.

Certamente, a Globo não vê fascismo nisso. Se visse esse fato de maneira minimamente séria, republicana, Bolsonaro, assim como Moro, não aguentaria um dia de Jornal Nacional. Mas, ao contrário, a Globo vai construindo uma narrativa carregada de platitudes que mantém Bolsonaro na rédea curta, até porque é um grande medroso e arrota valentia contra a emissora somente em questões secundárias, num claro combinado entre os Marinho e o Palácio do Planalto para forjar uma independência tosca que não serve como enredo para o pior teatro com os piores atores.

Assim, o Brasil vai vivendo, depois da pantomima contra o crime e contra a corrupção, uma nova era conduzida pela mesma Globo da relativização da corrupção e do crime, mesmo que ele esteja no topo dos mais bárbaros, tudo em nome dos interesses do deus mercado do qual Bolsonaro é 100% devoto.

Se é para o bem do mercado e felicidade geral dos banqueiros, diga ao povo que Bolsonaro e Moro ficam. (Globo)

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro e Bolsonaro foram avisados da operação “queima de arquivo” que matou o miliciano

Se Moro sabia da operação “queima de arquivo” que matou o Adriano, o clã Bolsonaro também sabia e Eduardo foi para a Bahia.

Isso é mais do que evidente. O mesmo painel da Folha que publicou a notícia, também noticia que a PF, via Moro, foi sondada para dar apoio à operação, mas que não participou do cerco a Adriano da Nóbrega porque o pedido não foi formalizado.

Filigranas à parte, a análise dessa situação não pode ser outra, senão a que agrava, e muito, a situação da família Bolsonaro no envolvimento da morte de Marielle, pelo simples fato de estar umbilicalmente envolvida, de forma direta, com Adriano da Nóbrega, seja por Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no condomínio, seja por seus parentes empregados no gabinete de Flávio Bolsonaro ou pelo próprio Adriano, condecorado pelo Flávio.

Isso, por si só, já sintetiza a célebre fala de Brizola dando conta do clã Bolsonaro no assassinato de Marielle: “Se algo tem rabo de jacaré, couro de jacaré, boca de jacaré, pé de jacaré, olho de jacaré, corpo de jacaré e cabeça de jacaré, como é que não é jacaré?”

Sem falar na inexplicável presença de Eduardo Bolsonaro na Bahia no dia em que a polícia carioca comanda a operação que culminou na morte do miliciano Adriano da Nóbrega, sendo considerado por dez em cada dez brasileiros como queima de arquivo.

Seja como for, isso pesa ainda mais nos ombros de Bolsonaro, não só pelo ato, mas pelo desespero do ato, pela necessidade de se livrar de algo ameaçador.

Para piorar, Moro, Bolsonaro e os três filhos do presidente, que vivem elogiando operações policiais que terminam em morte dos criminosos, para colocar ainda mais fervura no apito da chaleira sobre o covarde assassinato de Marielle e Anderson.

Não há justificativa ou direção possível que leva todos a uma conclusão que o próprio desenha dos fatos mostra, que o clã Bolsonaro, que é um bloco único da família, está até o pescoço nesse brutal assassinato.

Como disse Fernando Brito, no Blog Tijolaço: “Governo de milícia não é mais uma metáfora.”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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A mídia continuará chamando de “rachadinha” a violência gerada pela milícia ligada ao clã Bolsonaro?

A mídia trata uma organização criminosa, cujas atividades estão submetidas a uma direção violenta que se infiltrou na política, como algo angelical, “rachadinha”.

Isso é quase uma “caixinha de música” ou um jogo da loterj, tipo “raspadinha”.

Pior, trata o tempo todo de descolar a imagem de Flávio Bolsonaro quando todos sabem que ele é um mero testa de ferro do pai.

Queiroz não é homem de confiança de Flávio, mas sim do pai.

O esquema do miliciano Queiroz com Bolsonaro existe antes mesmo de Flávio nascer.

Então, o “Poderoso Chefão” desse esquema criminoso é Jair Bolsonaro, o seu Jair da casa 58, do condomínio Vivendas da Barra que, segundo o porteiro, deu o ok para Élcio de Queiroz,  o comparsa de Ronnie Lessa, vizinho de porta de Bolsonaro, entrar no condomínio no dia do assassinato de Marielle.

O que não falta é vídeo no youtube com Bolsonaro defendendo as práticas criminosas da milícia e nem condecorações a marginais através dos mandatos dos filhos que ele elegeu para serem parasitas como parlamentares, assim com ele, além de chefes de um esquema entre a milícia e o legislativo.

A lista de parentes de milicianos como Adriano da Nóbrega no esquema de fantasmas e laranjas do clã Bolsonaro, é gigantesca e antiga.

Fosse Lula com um único miliciano envolvido em seu mandato parlamentar, a mídia já teria escaramuçado todos os seus crimes e virado bate-estaca no Jornal Nacional 365 dias do ano durante toda a sua trajetória política.

Mas a mídia, por Bolsonaro ser 100% lacaio do mercado, contemporiza, não só esse esquema criminoso como, da mesma forma, faz de conta que Moro não tem o menor conhecimento e de que é Ministro da Justiça e Segurança Pública da maior e mais violenta organização criminosa com raízes na mais cruel e implacável sociedade anônima que funciona com empreendimentos imobiliários, tráfico de drogas, gatonet, agiotagem, crime por encomenda e parceria com uma gama de políticos cada vez maior que atua dentro do Estado Brasileiro.

O pior disso tudo é que Bolsonaro, o poderoso chefão desse esquema ligado à milícia, é o Presidente da República. E Moro, que se transformou no guarda-costas dessa organização criminosa extremamente violenta, agindo como milícia da milícia dentro do Estado.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Psol e viúva de Marielle cobram Moro por morte de miliciano

Monica Benício questiona Moro e partido afirma que Adriano da Nóbrega ‘era peça chave para revelar os mandantes do assassinato’ da vereadora.

A Executiva Nacional do Psol vai pedir uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia ‘Escritório do Crime’, suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.

Foragido há 14 meses, Nóbrega foi morto na manhã desde domingo, após trocar tiros com policiais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Segundo o Psol, é importante saber as circunstâncias da morte de Nóbrega porque ele “era peça chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”. O partido avalia medidas que envolvam também autoridades federais.

Também na manhã deste domingo, a viúva de Marielle, a arquiteta Mônica Benício cobrou providências do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Ao compartilhar a notícia da morte de Nóbrega, ela escreveu “Moro, cadê o Queiroz”, em referência a Fabrício Queiroz, amigo de Nóbrega e ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A ex-mulher e a mãe de Nóbrega trabalharam no gabinete de Flávio na Alerj. Além de empregar as parentes do miliciano, o filho do presidente Jair Bolsonaro já o homenageou com a Medalha Tiradentes, honraria mais alta do Legislativo do Rio, em 2005, quando o então policial estava preso acusado de homicídio. Adriano foi expulso da Polícia Militar por causa de envolvimento com a contravenção.

 

 

*Com informações do Terra

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Parasitas: Guedes atirou no que viu e acertou no que não viu

A elite do funcionalismo público, digo, militares, filhas de militares que recebem pensão eterna, como Regina Duarte, Maitê Proença, dentre muitas outras, não devem ter gostado nem um pouco da generalização de Paulo Guedes, mesmo que este não tenha atirado nessa direção, mas acertou os calos não só da elite militar, como a de togados e outros tubarões do aparelho judiciário do Estado brasileiro.

O fato é que todos sabem que Guedes tinha na mira o funcionário público médio, aquele que rala de verdade. Mas, pela reação da mídia, Moro, que é o exemplo do parasita que recebia auxílio-moradia morando em casa própria, assim como Bretas, que também recebe, da mesma forma a esposa, um senhor auxílio-moradia para sustentarem um apartamento na Lagoa, no Rio de Janeiro, com uma das vistas mais bonitas do mundo, enquanto alugou sua mansão para banco Bradesco, por valor equivalente ao que ele paga de aluguel. Ou seja, além de uma série de benefícios, ainda levou essa barbada.

Na verdade, Guedes quer arrumar um bode expiatório para justificar o fracasso de sua política econômica, culpou os aposentados, os trabalhadores com carteira assinada, a Petrobras, a Eletrobras, o BNDES e mais uma fieira de “culpados” pela ineficiência não do Estado, mas do mercado, da produção, da indústria.

O que não se verá jamais é Guedes falando mal dos maiores parasitas desse país, os banqueiros como ele, os rentistas, os especuladores do sistema financeiro e mais outros bichos soltos da agiotagem nativa que consomem, sem mover um dedo, mais da metade da renda nacional.

Quem se esquece da frase de Guedes de que os pobres e miseráveis do Brasil não são milionários como ele e seus amigos de copo, porque não poupam. Ou seja, a culpa da pobreza, da miséria e da desigualdade, que é maior do planeta, para Guedes, é dos pobres. Assim como ele, Bolsonaro, criticou os portadores de HIV, dizendo que a sociedade paga um alto custo pelo tratamento deles, Guedes mirou sua língua de trapo na direção da base da pirâmide do funcionalismo. É essa gente que irrita Guedes e é nela que ele, agora, joga a culpa de seu fracasso.

Pelo jeito em que a mídia correu para dizer que ele acertou no conteúdo, mas errou na forma da crítica, o andar de cima da pirâmide se sentiu exposto e agredido, na verdade mais exposto que agredido, já que essa gente não liga muito para as fofocas de “Candocas”.

A verdade é que, a cada ataque na busca pela justificativa de uma economia que derrapa para trás ou, quando muito, para o lado, Guedes gasta uma munição. Não demora, vai culpar seu vizinho, o garçom do clube dos ricos que ele frequenta, do sujeito que toma conta do seu iate ou do carregador de malas do hotel de luxo em que mora em Brasília, porque alguém tem que pagar o pato do seu fracasso e, certamente, não serão os verdadeiros parasitas, porque nem eles ou Guedes admitem isso.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Celso de Mello pode ser a pedra que impedirá Bolsonaro de tirar Moro de seu caminho em 2022

Talvez não seja assim tão fácil para Bolsonaro limpar seu caminho para a reeleição tirando Moro da disputa ao indicá-lo para o STF. Tem uma pedra no meio do caminho.

Marcelo Auler: Neste nebuloso cenário nacional no qual ninguém arrisca antever o futuro de forma clara, uma velha e calejada raposa política, que há mais de três décadas milita no Congresso Nacional, tendo, inclusive, ocupado também um ministério, aposta suas fichas em uma pessoa.

No entendimento desta raposa política, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, hoje licenciado para tratamento de saúde, poderá interferir nos rumos da política nacional e provocar mudanças no atual cenário nebuloso.

Isso acontecerá caso se concretize o que muitos apostam: ele se somar aos seus dois colegas na segunda turma daquela corte – Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski – ao julgar o Habeas Corpus (HC 164.493) impetrado, em novembro de 2018, pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva reclamando da falta de isenção do então juiz, hoje ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O Supremo reconhecendo a imparcialidade do ex-juiz, ainda que por três votos, criará uma dificuldade considerável para que o mesmo ocupe a cadeira que hoje pertence ao decano naquela corte. Sem a possibilidade de indicar Moro para o STF, o que lhe ajudaria a retirá-lo da disputa presidencial, o presidente Jair Bolsonaro terá que enfrentá-lo politicamente e, com isso, ambos os lados correm o risco de perder possíveis eleitores: Bolsonaro fica sem apoio dos lavajatistas, e Moro perde o dos bolsonaristas. Ou parte deles.

Celso de Mello, ao retornar ao seu posto, no início de abril, ingressará nos seus últimos sete meses como ministro do STF. Em novembro completará seus 75 anos e cairá na chamada “expulsória”. Esse seu retorno é esperado para que a 2ª Turma do Supremo dê prosseguimento ao julgamento do HC questionando a falta de isenção de Moro quando à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ali, como se recorda, o ex-juiz afastou Lula do cenário político eleitoral e facilitou a vitória de Bolsonaro. Com isso, tornou-se ministro.

Tal como narramos aqui, em novembro passado – Lula à mercê da coerência de Celso de Mello – desde dezembro de 2018 esse este julgamento está parado. Naquele mês, quando levado ao plenário, os ministros Edson Fachin, relator, e Cármen Lúcia, presidente da Turma, votaram pelo seu não conhecimento. Um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes suspendeu a análise do caso. Nada impede, porém, que ao voltarem a analisá-lo, os votos anteriormente proferidos sejam modificados. Afinal, a partir de junho de 2019 surgiram as revelações do The Intercept, com a Vaza Jato.

A reformulação de votos não é algo em que se acredite. Mas a expectativa é que Mendes e Lewandowski, por tudo o que já manifestaram ao longo de diversos julgamentos – em especial após a publicações de diálogos via Telegram, entre os membros da Força Tarefa da Lava Jato, em Curitiba -, acolham a tese da falta de isenção do juiz.

Do mesmo modo, todas as apostas são que Celso de Mello trilhe pelo mesmo caminho. Afinal, ele tem sido crítico à Lava Jato, em especial a de Curitiba. Tal como dissemos em dezembro passado na reportagem citada acima, o decano já se posicionou pela parcialidade de Moro em outro processo (Nº 2004.70.00.012219-8). Tratava-se de um Habeas Corpus, negado pelo Supremo, com o voto contrário de Celso de Mello, do qual consta:

“Na realidade, a situação exposta nos autos compromete, segundo penso, o direito de qualquer acusado ao “fair trial”, vale dizer, a um julgamento justo efetuado perante órgão do Poder Judiciário que observe em sua conduta, relação de equidistância em face dos sujeitos processuais, pois a ideia de imparcialidade compõe a noção mesma inerente à garantia constitucional do “due process of law”. (grifos do original).

Embate entre Bolsonaro & Moro

No caso de Celso de Mello reconhecer, também desta vez, a parcialidade de Moro nos processos da Lava Jato, contribuirá com o terceiro voto para anulá-los. Pelas análises dessa raposa política, surgem duas novas situações.

Uma primeira, muito falada e esperada por petistas e pela oposição, é o retorno dos direitos políticos do ex-presidente Lula, sem dúvida a maior liderança política contemporânea do país. Volta a ser elegível. Não se sabe até quando, pois certamente o grupo da Lava Jato correrá para tentar condená-lo novamente. Mas terá que fazê-lo, em dupla instância para impedir que ele participe de qualquer disputa eleitoral.

Enquanto isso não ocorre, mesmo com Lula dizendo que não pretende se candidatar na expectativa de dar vez a novas lideranças políticas, ele será visto como forte candidato. Sua imagem ganhará novo fôlego, mais musculatura. Algo que a raposa política diz ter sofrido queda a partir da sua liberdade.

Há, porém, outra consequência provável, que poderá dividir o eleitorado bolsonarista.

No mundo político aqui em Brasília é dado como certo que o atual ministro da Justiça tem os olhos voltados para a cadeira de Bolsonaro, em 2022. O presidente sabe e teme isso. Tanto que já o vem fritando, ainda que em certos momentos abaixe a temperatura.

Apesar dos desmentidos, tal como noticiou o Brasil247 nesta sexta-feira (07/02) – Mourão, sobre Bolsonaro e Moro: “se tiver que demitir, vai demitir e acabou”-, Bolsonaro e seu entorno têm noção de que atacar – ou demitir – Moro, vai lhe gerar perda de apoio dos eleitores, e também congressistas, lavajatistas. Logo, precisa lidar com o problema de forma prudente e sensata. Duas qualidades que passam longe de Bolsonaro.

Pelo que se aposta, o presidente tentará retirar Moro da disputa indicando-o, em novembro, para a cadeira de Celso de Mello. Aliás, entre juristas que militam no STF, a possibilidade de Moro substituí-lo no plenário daquela corte assusta e desagrada o decano da corte. Ele não vê no ex-juiz curitibano alguém com preparo suficiente para o cargo. Nisso, muitos dos demais ministros o acompanham.

A indicação ao Supremo, porém, poderá ser inviabilizada – ou, ao menos, dificultada – caso a 2ª Turma do STF, com o voto de Celso de Mello, considere que faltou a imparcialidade necessária a Moro, quando no exercício da magistratura. Tal como o decano já reconheceu no outro caso.

A partir de então, será um despropósito levar à mais alta corte do país alguém que já atuou tendenciosamente em processos nos quais deveria demonstrar isenção e imparcialidade.

Ainda que Bolsonaro insista em indicar Moro, haverá um bom pretexto para que o Senado – onde hoje, segundo a raposa política, conta-se em torno de 30 os senadores que ainda defendem com intransigência o ex-juiz e os lavajatistas – rejeite a indicação.

Trata-se de algo que jamais ocorreu. Mas, atualmente, todos presenciam cenas que jamais imaginariam presenciar na vida política do país. Logo, por mais difícil que seja, é uma possibilidade.

Sem “o bilhete premiado” que Bolsonaro prometeu a Moro no passado, o presidente não terá outra chance de retirá-lo do caminho da sua tentativa de reeleger-se, sem disputa. Nesta disputa, haverá perdas. Para ambos os lados. A oposição é que pode tirar proveito disso. Desde que o saiba fazer. O que não parece muito claro de estar acontecendo.

 

 

*Marcelo Auler/247