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Janot faz autópsia da Lava Jato e revela intestinos de um projeto de poder

DCM: Na autópsia que faz da Lava Jato, Janot revela o intestino de um projeto de poder. Por Joaquim de Carvalho.

O subprocurador Moacir Guimarães Morais Filho pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público medida para apreender o livro “Nada menos que tudo – Bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque”.

É uma medida que não deve prosperar, por representar censura e ser inconstitucional, mas, se fosse adiante, seria uma pena.

O livro tem revelações importantes sobre os abusos da Lava Jato desde o seu início. Sua importância vai muito além da revelação de que planejou matar Gilmar Mendes.

Janot diz que a ideia da criação da força-tarefa para combater a corrupção foi dele, fruto de uma promessa de campanha, mas admite que a Lava Jato tinha projeto político próprio. Ele não usa esses termos, mas é isso o que quer dizer quando cita dois vazamentos em momentos eleitorais.

“Estou falando dos vazamentos de trechos de depoimentos de Youssef e do ex-ministro Antonio Palocci na reta final das eleições presidenciais de 2014 e 2018, respectivamente”, escreve.

“As declarações de Youssef, segundo o qual Lula e Dilma sabiam das falcatruas na Petrobras, eram destituídas de qualquer valor jurídico. Youssef não compartilhava da intimidade do Palácio do Planalto e não tinha provas do que dizia. Mas, mesmo assim, eram de forte conteúdo político, e não há dúvidas de que tiveram enorme impacto eleitoral”, acrescenta.

“A divulgação de parte da delação de Palocci teve reflexo menor. O tema abordado já não era novo. Mas não é demais supor que também ajudou a municiar um dos lados do jogo político. Esses dois casos, a meu ver, expõem contra a Lava Jato, que a todo momento tem que se defender de atuação com viés político”, finaliza.

Janot diz que esses episódios lhe vieram à lembrança quando soube da notícia de que Sergio Moro estava no Rio de Janeiro para acertar sua ida ao governo Bolsonaro, como ministro da Justiça.

Para ele, era um indicativo de que se consumara a advertência que tinha ouvido de um interlocutor, no início da Lava Jato: a de que a operação havia se tornado horizontal, sem aprofundar num alvo específico, para ter ganhos no futuro.

Que ganhos seriam estes?

Janot não diz com todas as letras, mas a conclusão é óbvia: o poder.

O livro de Janot merece ser lido não pelo que diz, mas pelos relatos — a conclusão é do leitor.

Por isso, quando propõe censura à publicação, o subprocurador Moacir, que é do Conselho Superior do Ministério Público, talvez não esteja preocupado com o estímulo que possa provocar sobre potenciais homicidas.

Até porque essa revelação é feita de maneira superficial, não mais que um parágrafo, e sem que o nome de Gilmar Mendes seja sequer citado.

O problema para alguns não é o tiro que nunca foi dado, mas a bomba que já está na praça e que a defesa de Lula, corretamente, usará para reforçar a denúncia de que Moro sempre foi um juiz parcial, com projeto político bem definido e que, se depender dele, não se restringirá ao Ministério da Justiça.

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Áudio: 542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país

”Dá para imaginar o fim do ‘apartheid’ com Mandela preso? É a mesma relação entre Lula Livre e a democracia plena aqui.”

O futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar: ”Lula Livre”!

Ouça a segunda parte da entrevista exclusiva do Embaixador e ex-Ministro CELSO AMORIM a Carlos Tibúrcio e Saul Leblon.

https://soundcloud.com/user-397632368/entrevista-com-celso-amorim-2-parte

Tic,tac,tic,tac,
542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país. Agora, Curitiba quer vê-lo longe e o pressiona a aceitar o regime domiciliar. Lula recusa. Procuradores já admitem: o melhor é julgá-lo de novo.

Celso Amorim à Web Radio Carta Maior:

No manicômio judicial instalado pela Lava Jato no país – dentro do qual a confissão do quase homicida ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, é só mais um despautério — o poder paralelo de Curitiba exige que um preso político agora incômodo exerça o atenuante da pena que lhe foi imposta pelo crime que não cometeu.

Na recusa em protagonizar a farsa, o mais importante preso político do mundo na atualidade cobra que lhe devolvam a liberdade junto com a plena inocência.

Inocência que ganha maior espaço para ser comprovada com a decisão do STF que restaurou em parte o direito de defesa no país, restituindo a um réu delatado que argua ao final as acusações de seu delator.

Nesse enredo pronto de Costa Gravas, emoldurado por um quadro econômico em franca colisão com as urgências e esperanças da sociedade, a defesa da democracia tornou-se a peça-chave do xadrez político.

A liberdade de organização e expressão é o abrigo de todas as causas sociais, econômicas e políticas que afligem a nação brasileira neste momento.

Não por acaso tem sido fustigada por um governo cuja agenda antissocial e antinacional colide com o clamor crescente do imenso dique de interesses comprimidos pelo arrocho neoliberal.

É nesse ambiente que a união das forças democráticas emerge como uma estaca indispensável à defesa do Estado de Direito e da Constituição de 1988 — cada vez mais caricaturada como um estorvo à livre mastigação do Brasil pelas mandíbulas dos mercados globais.

Defender a democracia, no entanto, nunca é uma bandeira abstrata.

No limite, todos se dizem apóstolos da democracia.

Mas o cerco a ela tem a marca, o peso e a medida de cada passo da história.

A argúcia de cada geração para captar esse catalisador é que muitas vezes decide o futuro das nações.

Hoje o símbolo que condensa o divisor político entre as ameaças e a plena vigência da democracia para decidir o nosso futuro chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

Não é preciso concordar com as suas ideias para identificar na causa da sua liberdade o núcleo duro do futuro institucional brasileiro, vale dizer do futuro da nação e do seu desenvolvimento.

Basta enxergar o ostensivo esbulho do Estado de Direito que cercou a sua condenação.

Basta admitir que ele, como qualquer outro brasileiro pode, sim, ser arguido judicialmente.

Mas, como qualquer outro, merece também a garantia constitucional do devido processo legal, as provas incontrastáveis de eventuais ilícitos, o testemunho de cidadãos preservados da coação e da chantagem, o veredito de juízes isentos e um julgamento baseado nos autos, não em indícios, não em convicções, não em conveniências eleitorais ou derivadas do ódio ideológico ou partidário.

Qualquer trecho dos muitos vazamentos de bastidores da Lava Jato, divulgados após criteriosa checagem de veracidade pelo Intercept Brasil em parceria com um gradiente plural de veículos da mídia brasileira e internacional, mostra que esses requisitos não foram observados no seu caso.

E o seu caso não se encerra nele mesmo.

Assim também como não se encerrava nela mesma o caso da norte-americana Rosa Parks, por exemplo, arrancada de um ônibus e presa em Montgomery, nos EUA, em dezembro de 1955, por se recusar a ceder o assento a um passageiro branco, conforme o código oficial de segregação da cidade.

A prisão da senhora Parks mobilizou protestos por direitos civis em todo o país. Em Montgomery e arredores, os negros ficaram sem usar ônibus por 381 dias impondo graves prejuízos às empresas.

As mobilizações revelaram grandes lideranças da luta pelos direitos civis nos EUA, entre elas Martin Luther King. Em 1956, em meio à forte pressão, o Supremo Tribunal norte-americano julgou inconstitucional a segregação de passageiros no transporte coletivo de todo o país.

Na segunda parte de sua entrevista à Web Rádio Carta Maior, nesta edição especial da ‘Sua Voz na Conjuntura’, o embaixador Celso Amorim, que preside o Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa da Democracia e de Lula Livre, reforça a natureza ecumênica dessa bandeira remetendo a um outro paralelo histórico.

‘Alguém pode imaginar a vitória contra o apartheid na África do Sul, separada da libertação de Mandela?’, questiona o ex-Ministro ao defender uma frente democrática no país

Todos que se preocupam com as garantias democráticas no Brasil não podem hesitar na resposta.

Mais que isso: quem ainda acha que o cerco em torno de Lula abrirá uma clareira propícia ao florescimento da ‘esquerda consequente’, na verdade está azeitando o encontro da guilhotina com o seu próprio pescoço. O de Lula, assim como a garganta dele, a voz que ela ecoa, as coisas que diz e, sobretudo, o que esse conjunto simboliza, tudo isso compõe um obstáculo ao que almeja, de fato, o maquinismo conservador no Brasil.

A saber, almeja a instauração plena do moedor de direitos e patrimônio na sociedade, vulgo ‘Nova Liberdade Econômica’.

Para tanto é necessário estralar e quebrar os sete ossos que compõem o pescoço do povo brasileiro.

Esse é o verdadeiro e definitivo alvo do garrote vil em marcha batida desde as eleições de 2014.

O pescoço de Lula está no meio desse asfixiar nefasto; silenciar diante do percurso do torniquete é ser cúmplice de um estrangulamento final que atingirá toda a sociedade. Não existe meio golpe na história.

A natureza implícita de 1964 revelou-se explicitamente no AI-5 de 13 de dezembro de 1968.

Podemos estar trilhando hoje um despenhadeiro da democracia arrematado de abismos parecidos logo adiante.

Não é uma avaliação ideológica; é a lógica do poder ilegítimo.

Quanto mais unilaterais seus objetivos, maior a abrangência de seus alvos e de sua intolerância.

Vale para a Lava Jato, vale para o extremismo econômico em curso. Adernamos em uma transição de ciclo de desenvolvimento.

A restauração conservadora quer transformar esse hiato em uma rendição incondicional à supremacia dos interesses dos mercados globais, sem conceder à sociedade o direito de comandar o passo seguinte do seu destino.

Trata-se de dobrar a espinha da sociedade a ponto de sujeita-la à sarjeta da desemancipação social violenta, onde transitam a incerteza permanente, o desemprego para sempre, o limbo das vidas franqueadas às demandas just in time dos negócios voláteis.

Prostração e morte da esperança é o lubrificante da rendição incondicional à precariedade.

Descolar o país de direitos constitucionais, políticos e simbólicos que sustentam os laços de interesses compartilhados — a solidariedade coletiva — é crucial.

Inclua-se aí a derrubada das escoras emancipadoras recentes, históricas ou futuras — entre elas, a legislação trabalhista de Vargas, a semente de democracia social contida na Constituição Cidadã de 1988 e o regime de partilha do pré-sal…

O tamanho da empreitada requer afastar todas as pedras do caminho.

Lula é a peça angular da estrutura cujo deslocamento permitirá demolir o conjunto. É preciso espatifa-lo.

Quem critica e criticou – com razão, como o fez Carta Maior, em vários momentos desde 2005 – a letargia dos governos do PT diante do aguçamento da luta de classes e do evidente passo de ganso da Liga dos Golpistas não deve alimentar ilusões.

Vive-se um acelerado assalto ao espaço expandido da democracia brasileira, em alargamento desde os grandes levantes operários dos anos 70/80 no ABC e da luta de rua subsequente pelas Diretas contra a ditadura.

Com todas as enormes virtudes listáveis, e também defeitos, por óbvio, Lula é hoje uma espécie de esteio simbólico desse solo avançado, ao redor do qual a voçoroca conservadora avança célere para engolir a árdua e incipiente sedimentação da democracia social entre nós.

Isso significa que ambiguidades e hesitações do maior e mais importante partido de esquerda do país devam ser poupadas de críticas, avanços e confrontações?

Ao contrário.

Mas cada crise tem uma contradição central.

Ignorar essa hierarquia ou ombreá-la em importância às demais costuma ser devastador para a sorte de uma sociedade.

À dialética dura das transformações históricas não importam as boas intenções avocadas no caminho.

A contradição central e objetiva do projeto conservador hoje no Brasil é a existência de uma vasta maioria de milhões de famílias que precisam de emprego, habitação, escola, saúde digna, cidadania plena, esperança em si mesmas e confiança no horizonte da nação, vale dizer na capacidade de agir coletiva e democraticamente para alarga-lo e ocupa-lo.

O país tem um dique vazando com 48 milhões de pessoas à margem do mercado formal de trabalho, o que equivale a quase metade da população em idade de trabalhar.

Juntas, formam uma espécie de ‘pré-sal’ de possibilidades emancipadoras, cuja espinha de discernimento precisa ser vergada para que volte a se arrastar de cabeça baixa, deformada pela tragédia social, conformada em não pertencer a lugar nenhum, a não dispor de qualquer voz, organização ou liderança que lhe dê sentido e esperança.

A existência de Lula atrapalha a paz dos cemitérios aspirada pela direita aqui como em todos os tempos e lugares.

Se hoje ela tiver êxito em silenciar um pedaço da esquerda em relação à liberdade de Lula, um grande passo terá sido dado pelo garrote vil conservador.

Sem ilusões.

O passo seguinte será fechar os anéis sobre o que restar do campo progressista para, ato contínuo, asfixiar o que de fato importa: a respiração social do povo brasileiro.

É por isso que o futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se nesta quadra com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar:

‘Lula Livre”!

 

 

*Joaquim Palhares, Saul Leblon e Carlos Tibúrcio/Carta Maior.

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Miriam leitão quer que a Lava Jato solte Lula coercitivamente

O Brasil anda mesmo de cabeça para baixo conversando com morcegos.

Imaginar que Miriam Leitão e Bolsonaro teriam opiniões invertidas sobre a decisão de Lula não aceitar o regime semiaberto, merece nota. Na verdade, isso é uma parada dura de encarar.

Quem ia imaginar que Bolsonaro, um dos maiores tarados por torturas e assassinatos, cometidos pelos piores facínoras da ditadura militar, diria que é direito do Lula escolher se quer ou não o regime semiaberto, enquanto Miriam Leitão diz que Lula não tem o direito de escolher.

Pior, justifica seu inacreditável raciocínio do ponto de vista econômico, imagina isso, dizendo que Lula sai caro aos cofres públicos.

Quem sabe não está aí o motivo do fracasso da política econômica de Temer e Bolsonaro, ultraneoliberal, fogueteada por Miriam como visionária e que chutou o país para fora do grupo das 10 maiores economias industriais do mundo.

Na realidade, é de soluçar de emoção ver Miriam Leitão, a mãe zelosa, falando bobagens que brotam do coração para, numa singela nostalgia, ajudar a promover o livro de seu filho, Wladimir Netto, sobre a Lava Jato, com milhões de citações heroicas de Moro e de todos os outros vigaristas da Força-tarefa, que já foi para o sebo.

O fato é que, a partir do juízo jurídico do seu filho, Wladimir, e o econômico de Miriam, o inferno é o limite para o futuro do Brasil.

Sobre a prisão política de Lula, Miriam não dá um pio. Uma vergonha para o judiciário brasileiro e para a Globo de quem a jornalista é serviçal, associando-se aos terraplanistas e aos que se encontram do lado dos que promoveram, no país, as maiores atrocidades nos anos de exceção dos quais ela foi vítima. Preferiu fazer “referências numéricas” para justificar seu apoio incondicional a todo o banditismo jurídico de Moro e seu bando. E, por tabela, dá ares de verdade jornalística ao lixo escrito pelo filhão.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Terra arrasada: Golpe, Lava Jato e Bolsonaro tiram o Brasil das 10 maiores economias industriais

A política econômica do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, a destruição provocada pela Lava Jato e a política de terra arrasada de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estão conseguindo um impressionante recorde negativo: o Brasil prepara-se para deixar o grupo dos 10 maiores países industriais do mundo.

O Brasil prepara-se para deixar o ranking dos 10 maiores países industriais do mundo. Reportagem da jornalista Thaís Barcellos, em O Estado de S.Paulo demonstra que enquanto a produção industrial no resto do mundo cresceu 10% desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% no mesmo período – e não recuperou o patamar em que estava antes da recessão. É o resultado da política econômica do golpe, da devastação da Lava Jato na indústria nacional e da terra arrasada de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

A consequência é que a indústria, que representa cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), poderá sofrer nova retração este ano.

A reportagem destaca que o pico de participação da indústria no PIB foi em 1976, com 22,3% (a preços constantes de 2010). De acordo com a economista Laura Karpuska, da BlueLine Asset, que sistematizou os dados sobre produção industrial no mundo, nos países emergentes, excluindo a China, a atividade das fábricas cresceu 8% desde 2014, enquanto na América Latina o desempenho foi de queda de 4% – e o destaque negativo entre os maiores países da região foi o Brasil.

Dentre os motivos que ajudam a explicar o desempenho mais fraco do Brasil em relação aos vizinhos, Laura cita primeiro os diferentes choques que vêm impactando a economia do País. A queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados, pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018.

Também pesaram a tragédia o rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG) e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado. “À exceção da Argentina e dos problemas gravíssimos da Venezuela, a crise industrial do Brasil foi uma das mais profundas da América Latina, e a recuperação tem sido das mais frustrantes possíveis também”, reforça o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Vem da entidade o alerta de que o Brasil, que ocupa a nona posição entre os maiores países indústrias, pode deixar, em breve, de aparecer entre os dez primeiros desse ranking.

O desempenho fraco da indústria, na avaliação de Cagnin, reflete tanto a demanda fraca quanto problemas estruturais de competitividade e produtividade, como a complexa estrutura tributária, o baixo investimento e o parque produtivo obsoleto. O economista reforça que é cada vez maior o risco de a atividade fechar 2019 com queda na produção.

O economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore considera que o país está em depressão. “Se a situação em que a indústria brasileira está não é uma depressão, eu não sei mais o que poderia ser”, afirma.

 

 

*Com informações do 247

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Luis Nassif: Janot e o vazamento da capa de Veja na véspera das eleições

Pelo livro fica-se sabendo que Janot sabia o que a torcida do Flamengo inteiro sabia, que o vazamento foi providenciado pela Lava Jato, exclusivamente pelo impacto político.

No livro “Nada Menos Que Tudo”, o ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot admite que a capa da Veja na véspera das eleições de 2014, com a suposta delação de Alberto Yousseff, dizendo que “Lula e Dilma sabiam de tudo”, expôs o viés político da Lava Jato.

É curioso! No jantar de posse de Dilma Rousseff, compartilhei uma mesa com Janot. Na ocasião, depois de algumas pinicadas recíprocas, provoquei-o em relação a dois temas.

Um deles, o vazamento com a tal delação de Yousseff, que quase decide as eleições. Ele disse que nada podia fazer porque fora feito por advogados do réu. Insisti: se vazamentos são ilegais, você não vai fazer nada?

Pelo livro fica-se sabendo que Janot sabia o que a torcida do Flamengo inteiro sabia, que o vazamento foi providenciado pela Lava Jato, exclusivamente pelo impacto político. Como Janot admite no livro, “eram destituída de qualquer valor jurídico”, por Yousseff sequer compartilhava da intimidade do Palácio do Planalto e não tinha provas do que dizia.

No momento oportuno, Janot calou-se, como deve ter se calado em vários episódios nos quais, de acordo com sua versão, teria explodido, reagido, gritado.

O segundo fato foi um inquérito sobre Aécio Neves que mofa desde 2010 na gaveta do PGR, referente à Operação Norbert, que identificou contas de Aécio no exterior, em nome de offshores abertas em paraísos fiscais.

É por aí que não se aceitam as explicações dele, sobre as razões de não ter incluído Aécio na primeira lista de Janot. Na ocasião, uma fonte com contato direto com o filho de Teori Zavaski, relatou sua surpresa de Janot ter indiciado Lindbergh e poupado Aécio, segundo que os indícios contra Aécio eram muito mais evidentes – versavam sobre as mesadas de Furnas.

A alegação de Janot foi que duas testemunhas do caso já tinham morrido. Ora, não consta que, com sua morte, sumiu a contabilidade ou os registros bancários da empresa. Além disso, se a PGR já possuía um inquérito com indicações das contas de Aécio na Suiça, o quadro ficava muito mais completo do que meras delações ao vento.

 

 

*Luis Nassif/GGN

 

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Bolsonarismo em crise, o começo do fim: Desmoronam as redes sociais bolsonaristas

Com a crise da extrema-direita, Bolsonaro começa a perder apoio nas redes sociais. Grupos montados de apoio ao atual presidente começaram a desmoronar.

As redes sociais bolsonaristas começam a ser desmontadas diante da crise da extrema-direita. O Brasil 247 teve acesso a mensagens divulgadas em 100 grupos de WhatsApp que apoiam Jair Bolsonaro. Neles, o coordenador Carlos Henrique enviou um áudio neste domingo com críticas pesadas a Bolsonaro e anunciou também a desativação da rede.

“Basta! se o Brasil está acima de tudo, tenho pena de todos que estão abaixo dele”, criticou Carlos Henrique, referindo-se a Bolsonaro, em um áudio de 14 minutos enviado aos grupos bolsonaristas.

“O mito nos salvou. Eu, particularmente, um dos comandantes da guerra virtual, que mais trabalhou para eleger Bolsonaro, já estou de saco cheio do mito e desta ilusão de salvador da pátria”, disparou Carlos Henrique em outro trecho do áudio.

Além do áudio, Carlos Henrique publicou um texto onde chama Bolsonaro de “omisso”.

“Ola amigo. Estamos sem postar porque uma profunda tristeza e reflexão faz-se necessária. Nossa principal bandeira, a Lava Jato, a qual também atribuímos a eleição de Bolsonaro foi condenada a morte pelo STF e com a omissão de nosso Presidente. Segue um áudio que peço que ouça até o fim e compartilhe. Porque a partir de hoje vamos ficar um tempo off para refletir como devemos continuar nosso ativismo em prol do Brasil. Desde já agradeço a todos que nos acompanham aqui e tanto fizeram e fazem pelo Brasil. O momento é triste mas nossa fé no Povo de Bem é maior e com certeza surgirá uma nova forma de continuarmos nossa luta. Abs e boa semana”.

O site que congrega os grupos publicou o último post quarta passada, 25 de setembro, como mostra a imagem abaixo:

 

 

*Com informações do 247

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A dignidade acima de tudo: Carta de Lula diz NÃO à Lava Jato

“Não troco a minha dignidade pela minha liberdade”, diz Lula em carta escrita ao povo brasileiro.

Em carta destinada à população, divulgada pelo site oficial de Lula nesta segunda-feira (30), o ex-presidente mandou um recado para o procurador Deltan Dallagnol e reafirmou que não aceitará deixar a prisão para ir ao regime semiaberto, que está sendo peticionado à Justiça pela operação Lava Jato.

De acordo com o petista, “tudo o que os procuradores da Lava Jato realmente deveriam fazer é pedir desculpas ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família pelo mal que fizeram à democracia, à justiça e ao país”.

“Não troco minha dignidade pela minha liberdade”, repetiu o ex-presidente, reforçando ainda que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) rever o seu processo.

Leia a íntegra.

Ao Povo Brasileiro

Não troco minha dignidade pela minha Liberdade.

Tudo que os procuradores da Lava Jato realmente deveriam fazer é pedir desculpas ao Povo Brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família, pelo mal que fizeram à Democracia, à Justiça e ao país.
Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha Liberdade.

Já demonstrei que são falsas as acusações que me fizeram. São eles e não eu que estão presos as mentiras que contaram ao Brasil e ao Mundo.

Diante das arbitrariedades cometidas pelos Procuradores e por Sergio Moro, cabe agora a Suprema Corte corrigir o que está errado, para que aja justiça independente e imparcial. Como é devido a todo cidadão.

Tenho plena consciência das decisões que tomei neste processo e não descansarei enquanto a verdade e a Justiça não voltarem a prevalecer.

 

 

 

*Com informações da Forum

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Dallagnol agora ora e faz jejum para Lula aceitar sair da prisão

Vejam só como é dura a vida de um procurador vigarista. Dallagnol vai aos microfones da Jovem Pan, numa sofrência patética, dizer que Lula tem que aceitar o regime semiaberto.

Pior, Dallagnol evoca a legalidade, o pensamento civilizatório, o coelhinho da páscoa e o papai Noel.

Tudo pelo Lula livre, logicamente, “em nome da lei”.

É uma espécie de “tejes solto!”.

Mas um episódio como esse oferece uma oportunidade incomum da sociedade observar como funciona a cabeça de alguns operadores da lei nesse país.

Essa turma, que vive vagando pelas salas de audiência e corredores da justiça criminal, como se sabe, tem um pacto com a classe dominante, usando todo o peso do aparelho do Estado para apontar quem é o inimigo da casa grande e quem é aliado.

No caso de Lula, nem a clássica frase “aos meus amigos, tudo, aos meus inimigos, a lei”. Porque para os procuradores da Lava Jato, como Dallagnol, o ex-juiz Moro e os três porquinhos do TRF-4, para Lula, nem a lei.

Para Lula estava reservado o esmagamento moral, dele, do PT e de seus familiares.

O objetivo era claro, usar o aparelho judiciário, associado à Globo, para torturar Lula, atacando-lhe a honra e demonizar tudo o que fazia parte do seu mundo.

Agora, aparece Dallagnol na Jovem Pan cheio de sentimentos republicanos, justamente na hora em que enfrenta o amargo do confronto que os lavajatistas resolveram produzir contra a democracia, contra a economia brasileira, contra os trabalhadores, contra o país, com uma irracionalidade absolutamente desmedida.

Agora vemos uma figura patética, moribunda politicamente, fazendo um apelo pela legalidade para que Lula aceite o regime semiaberto, numa súplica desesperada para reduzir um pouco a pressão cada vez maior que está pesando sobre os ombros de toda a quadrilha da Lava Jato.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Mônica Bergamo: Procuradores querem um julgamento justo para Lula

Cresce cada vez mais a corrente que afirma que, na verdade, Lula foi condenado sem julgamento.

Vários aspectos da legislação foram atropelados, numa substituição grotesca da justiça pelo justiçamento com execução sumária de Moro contra Lula, um objetivo político escancarado de tirar Lula da disputa eleitoral, propiciando a vitória de Bolsonaro e o ingresso de Moro na política, sendo agraciado na barganha com o ministério da Justiça e Segurança Pública, garantindo espaço para alçar um voo mais alto na eleição de 2022.

Essa mistura de justiça formal com informal, melhor dizendo, com a milícia, praticamente, não foi fiscalizada pelo conjunto do aparelho judiciário do Estado brasileiro, mas como a Lava Jato provocou uma desestruturação tão grande dentro do território da justiça e com as revelações do Intercept, mostrando que os procuradores eram meros sacerdotes de Moro, há, hoje, um entendimento de que a província de Curitiba regulou e executou a pena de Lula a partir de um inventário feito através de um contrato clandestino entre a oligarquia e os caciques da Lava Jato.

Por isso, muita gente hoje pede a anulação de um processo viciado que, na verdade, produziu uma gama enorme de delitos travestidos de direito com imputação abstrata de crimes a Lula que, agora, com a apuração dos fatos revelados pela Vaza Jato, esfarelam-se diante da opinião pública.

“A sucessão de reveses do Ministério Público Federal (MPF) fez com que procuradores passem a defender um novo julgamento para o ex-presidente Lula”, informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna. “De acordo com um dos integrantes do MPF que participou diretamente da Operação Lava Jato na equipe do ex-procurador Rodrigo Janot, seria a única forma de pacificar o país e afastar as inúmeras suspeitas que passaram a pesar sobre os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro”.

Nosso sistema penal seria uma maravilha se cada condenado cumprindo sentença tivesse do Ministério Público que o acusou a atenção que o ex-presidente Lula recebeu de Deltan Dallagnol e seus colegas nesta sexta, quatro dias depois de ter completado 1/6 da pena e ganhado direito à progressão de regime. Será que os procuradores da Lava Jato que pediram que Lula saia da cadeia de Curitiba para cumprir pena em regime domiciliar ficaram bonzinhos de repente?

Nada disso. Tudo indica que o movimento da força tarefa da Lava Jato seja uma tentativa de se antecipar a uma possível liberação de Lula no Supremo Tribunal Federal. Derrotados esta semana no plenário da Corte, que acolheu a argumentação de que o réu delatado tem direito a apresentar suas alegações finais depois das do delator, os procuradores farejaram que, muito possivelmente, o próximo passo do Supremo poderá ser soltar o ex-presidente. Antes de mais essa derrota, portanto, tentam esvaziar o habeas corpus de Lula e outros recursos de sua defesa.

E qual a diferença, alguns devem estar se perguntando. Afinal, o importante, para quem está preso, é parar de ver o sol nascer quadrado. Para Lula, que por ‘n’ razões já mostrou que não é um preso comum, não é bem assim. O próprio presidente determinara à sua defesa para não mover uma palha no rumo da progressão de regime porque, depois da revelação da chamada Vaza Jato, deflagrada pelo site The Intercept, passou a apostar numa anulação de sua sentença com base na acusação de parcialidade contra o ministro e ex-juiz Sergio Moro. No mínimo, num habeas corpus ou outro tipo de medida cautelar para que aguarde em liberdade o julgamento da imparcialidade de Moro.

Para Lula, o líder político, a forma de sair da cadeia faz toda a diferença. Sair tendo o reconhecimento do STF de que quem o julgou não foi imparcial equivale a mais do que uma absolvição. Nesse caso, estaria pronto para voltar às ruas e retomar seus planos políticos de onde parou: a candidatura à presidência da República. E cheio de discurso. Coisa muito diferente, para ele, seria passar à prisão semiaberta ou domiciliar, sujeito à vigilância e, até, ao humilhante uso de uma tornozeleira.

Todo mundo sabe que a questão hoje não é mais se Lula será solto ou não – mas em que condições e quando isso ocorrerá, com seus devidos impactos políticos. É isso que está em jogo.

O STF, que não teve coragem ainda para retomar, na Segunda Turma, o julgamento do HC de Lula, tem dado sinais de que, quem sabe, terá chegado a hora de dar um freio de arrumação na Lava Jato. A força tarefa, após seguidas derrotas também no Legislativo, já percebeu isso e, mais uma vez, está atuando politicamente. Para Curitiba, a forma como Lula sair da cadeia também fará toda a diferença, inclusive no lugar que vai ocupar na história.

 

 

*Com informações do 247

 

 

 

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Gilmar Mendes: STF deve condenar Moro por suspeição e libertar Lula ou Corte deverá ser fechada

Gilmar aponta desvios de Moro e diz que STF não deve ter medo de julgar os atos do ex-juiz

Em entrevista a Thais Arbex e Tales Faria da Folha, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse que não irá avaliar a popularidade do ex-juiz Sergio Moro ao avaliar sua suspeição.

“Se um tribunal passar a considerar esse fator, ele que tem que fechar”, afirmou.

Ele foi incisivo: “Vamos imaginar que essa gente estivesse no Executivo. O que eles fariam? Certamente fechariam o Congresso, fechariam o Supremo. Esse fenômeno de violação institucional não teria ocorrido de forma sistêmica não fosse o apoio da mídia. Portanto, são coautores dos malfeitos.”

Gilmar também apontou desvios cometidos por Moro e Dallagnol durante a Lava Jato. “O conúbio entre juiz, promotor, delegado, gente de Receita Federal é conúbio espúrio. Isso não se enquadra no nosso modelo de Estado de Direito”, afirmou e também disse que o Brasil precisa “encerrar o ciclo dos falsos heróis”.

“As pessoas percebem que esse promotor não está atuando de maneira devida. Esse juiz não está atuando de maneira devida. Se nós viermos a anular ou não esses julgamentos, o juízo que está se formando é o de que não é assim que a Justiça deve funcionar. Que isso é errado, que essas pessoas estavam usando as funções para outra coisa. Isso ficou cada vez mais evidente”, disse ainda Gilmar.

“Que poder incontrastável é esse? Aprendemos, vendo esse submundo, o que eles faziam: delações submetidas a contingência, ironizavam as pessoas, perseguiram os familiares para obter o resultado em relação ao investigado. Tudo isso que nada tem a ver com o Estado de Direito.”.

 

 

*Do Et Urbs Magna