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Das pessoas mortas pela polícia de Dória, 99% são pobres e, desses, 65% são negros

O governador João Doria não aprovou o nome de Benedito Mariano para o cargo de Ouvidor de Polícia.

Mariano foi o mais votado na lista tríplice estabelecida pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), mas o governador é quem tem a palavra final e Doria decidiu por nomear o último colocado.

Benedito Mariano era o atual ouvidor. Ele esteve à frente do mais recente relatório da Ouvidoria das Polícias de SP que revelou o aumento da letalidade policial em quase 12% durante o ano passado.

A polícia matou 716 pessoas em 2019, contra 642 em 2018.

Mariano é também um forte crítico do fato de 97% dos casos de crimes cometidos por policiais serem investigados pelos próprios batalhões aos quais pertencem, e não pela Corregedoria.

Consciente de seu papel, Mariano tem em mãos o dado que expõe a natureza perversa dos métodos policiais. Das pessoas mortas por policiais, 99% são pobres e, desses, 65% são negros.

Ele expõe esses dados. Precisa explicar mais do porque da decisão do governador?

Durante a campanha, Doria já tinha dito que sua polícia seria matadora. O massacre em Paraisópolis está aí para confirmar. E outros 707 cadáveres também.

O discurso alinhado com Bolsonaro e Witzel injetou um ânimo extra e brutal nas tropas. Basta prestar atenção ao tanto de casos registrados em vídeo desde que essa turma assumiu o poder.

Não, a culpa não é dos celulares. Vide os números que confirmam o crescimento de óbitos.

Mesmo quando não mata, a polícia hoje parece movida a ódio a tal ponto de ser capaz de subir na barriga de uma mulher grávida de 5 meses e espancá-la. A primeira reação de Doria foi acusar a mulher que passou por esse ato hediondo porque estava filmando uma abordagem.

Uma grávida de 5 meses fez o policial agir daquela forma por “escusável medo, surpresa ou violenta emoção”?

Não é a primeira vez que um governador tucano ignora a votação feita pela lista tríplice do Condepe e bota pra escanteio quem faz marcação cerrada na afronta aos direitos humanos e nas práticas discriminatórias das polícias.

Em 2015, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não levou em conta o fato do advogado Ariel de Castro Alves ter sido o mais votado.

Ariel é coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos, integra o Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca). Além de já ter sido membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e secretário geral do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). Esse é o currículo.

Alckmin, assim como Doria, optou pelo último mais votado, um advogado da turma religiosa. Era membro da arquidiocese paulista.

“É lamentável que o governador João Doria não tenha reconduzido o ouvidor de Polícia Benedito Mariano. Certamente a atuação combativa do atual ouvidor diante da crescente violência policial favoreceu essa decisão do governador.

O novo ouvidor, o advogado Elizeu Soares Lopes, tem currículo e condições para também fazer um bom mandato à frente da Ouvidoria”, declarou Ariel de Castro Alves que fez mais um alerta: o órgão nunca teve uma ouvidora geral mulher.

Agora é rezar para que Ariel tenha razão e o novo ouvidor faça um bom trabalho e, sobretudo, faça frente aos ataques nefastos de quem deseja mesmo acabar com a Ouvidoria, caso do deputado Frederico D’Avila, do PSL.

Embora seu projeto de extinguir a Ouvidoria da polícia tenha sido considerado inconstitucional, ele permanece lutando para intimidar a atuação do Condepe.

É dele o projeto que prevê reduzir os representantes da sociedade civil na entidade e inserir ali integrantes das polícias Civil e Militar.

Raposa tomando conta do galinheiro. João Doria certamente gosta da ideia.

 

 

*Mauro Donato – DCM

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Silas Malafaia, proprietário de 116 empresas, reclama com Bolsonaro: ‘‘Trabalhador brasileiro tem muito privilégio’

Apoiador do presidente e dono de igrejas e empreendimentos diversos, pastor se queixa da multa sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa. “O cara já tem o fundo de garantia…”

Apoiador de Jair Bolsonaro (sem partido), o pastor evangélico Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, do Rio de Janeiro, está crente que o trabalhador brasileiro tem muitos “privilégios” e que os patrões necessitam de mais “incentivos”. “Acho que no nosso país essa visão esquerdopata, de só pensar em ‘privilégios’, acabou prejudicando os próprios trabalhadores. Por que uma empresa, rapaz… em que lugar do mundo, em que lugar é esse do mundo que você paga uma multa… O cara (trabalhador) tem fundo de garantia… e ainda tem de pagar uma multa para mandar o cara embora. E se a empresa (es)tiver mal?”, questiona, em bate-papo com Bolsonaro – que ele chama de entrevista –, publicado nesta semana em seu canal no Youtube (assista ao vídeo no final desta matéria).

Desprezando o fato de os trabalhadores virem perdendo direitos trabalhistas e previdenciários desde o governo de Michel Temer (MDB-SP), a quem também apoiou abertamente, Malafaia não se comporta como um entrevistador, e sim como integrante da turma de empresários bolsonaristas, a exemplo de Luciano Hang, dono da Havan.

Chega a inflar o número de empregos com carteira assinada criado no governo Bolsonaro, que por sua vez, não corrigiu a informação falsa: em vez dos 644 mil anunciados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o empresário da fé fala em 1 milhão de novos empregos, levantando a bola para o presidente dizer em seguida que “tem de facilitar a vida do patrão”. “Se o patrão não cria emprego, não sou eu que vou criar.”

Teologia e prosperidade

O empresário Malafaia, que defende políticas que facilitem a vida, e principalmente o lucro dos patrões, “puxa a sardinha para o seu lado”, naturalmente. Depois de ter aberto seu primeiro templo, a Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em 29 de setembro de 1971, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, viu seus negócios prosperarem.

Segundo a Receita Federal, há atualmente 116 empresas das quais ele é sócio, entre as quais algumas inativas. O total do capital social declarado de seus empreendimentos é de R$ 17.040.000,00.

São empresas como a Central Gospel Music, que tem lojas no Rio de Janeiro e em São Paulo, fora o comércio virtual e uma produtora de audiovisuais, onde grava CDs e DVDs e mantém estrelas do milionário filão da música gospel em seu casting. No grupo há também a Editora Central Gospel Ltda, que entrou em recuperação judicial em meados de 2019. Segundo a Justiça do Rio, as dívidas são da ordem de R$ 15.644.138,72, sendo R$ 1.508.955,80 só com credores trabalhistas.

Além de centenas de templos espalhados pelo país, o império da fé da família Malafaia inclui a Talli Eventos e Produções Gospel, cuja atividade econômica é a produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão, além de organização de feiras, congressos, exposições e festas. E ainda, como exemplo, a Editora Vida Vitoriosa, que comercializa livros.

Chama a atenção uma empresa de participações – tipo de empreendimento que é criado com o objetivo de administrar um grupo de outras empresas, segundo manuais de administração –, a ESM Investimento e Participações Ltda. Sua atividade econômica: outras sociedades de participação, exceto holdings. Pode ser um indicativo que Malafaia esteja se preparando para ampliar seus investimentos.

Em tempo: pesquisa Datafolha publicada em 13 de janeiro no jornal Folha de S.Paulo revela que 48% das famílias evangélicas têm renda familiar de até dois salários mínimos; 21%, de dois a três. Apenas 2% do total de famílias têm rendimento maior que 10 salários. Onde estão os “privilégios” desses irmãos que frequentam os templos?

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Moro, 400 dias de gestão sem tocar na milícia e na corrupção

O twitter de Moro é o principal concorrente do programa do Datena. Isso é fato consumado. O twitter mundo cão do super ministro só não tem vírgula sobre a milícia e a corrupção. No caso do seu chefe, isso é redundância.

As pessoas cobraram o nome de Adriano da Nóbrega, o patrãozão, como é chamado no mundo do crime, por ser o miliciano mais hábil, frio e calculista, o homem forte do Escritório do Crime que pratica assassinatos por encomenda, além de ser sócio de Ronnie Lessa, aquele vizinho de Bolsonaro no Vivendas da Barra, que matou Marielle Franco e Anderson Gomes e que, além de assassino, é traficante internacional de armas.

O mesmo Ronnie Lessa, que mora a 50 metros de sua casa, Bolsonaro diz não conhecê-lo. Mas isso é um assunto que não interessa a Moro, acostumado a prender poderosos. Por isso, nos 400 dias de ministério, três episódios marcaram a sua atuação, a da prensa que Moro deu no poderoso porteiro de colarinho branco, transformando o coitado de testemunha a investigado, uma das coisas mais esquizofrênicas da história policial do país. Outro fato marcante foi a Vaza Jato que deixou o hipócrita Moro completamente nu, revelando como o juiz corrupto e ladrão, assim classificado por Glauber Braga, totalmente desancado, não suportando sequer a sabatina na Câmara dos Deputados.

Depois dessas, Moro só continuou sendo herói para aqueles que são mais vigaristas que ele. Aliás, Moro nutre um caso curioso de amor que todos os bandidos, assassinos, milicianos e estupradores têm por ele, é uma verdadeira entidade divina no meio da alta bandidagem brasileira.

Não há na história alguém mais medalhonado no mundo do crime do que o super herói e xerife, Sergio Moro.

Mas não para aí. Moro usou seus super poderes em um governo presidido por uma família conhecida mundialmente como clã Bolsonaro, para perseguir o jornalista premiado, Glenn Greenwald, por ter revelado todo o esquema corrupto envolvendo o juiz e a Força-tarefa da Lava Jato.

O que Moro fez na Lava Jato foi das coisas mais fascistas de que se tem notícia no judiciário brasileiro, tudo rigorosamente com o apoio do Antagonista e do silêncio obsequioso da mídia que arrota defesa da Constituição e das instituições, mas principalmente da liberdade de imprensa. Hora nenhuma Moro foi cobrado pelos barões da comunicação por sua prática cangaceira de perseguir quem o denunciou.

E a última, para não dizer de sua omissão no caso Marielle, foi o trabalho de quem de fato suou a camisa para proteger o clã que lhe deu emprego no Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Nenhum Presidente da República teve um guarda-costas tão eficiente quanto Moro que passou o pano desde o cheque de Queiroz depositado na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro até a toda podridão envolvendo Flávio e Queiroz. Flávio, como é sabido por todos, é apenas um testa de ferro do pai, patrão do Moro.

Na verdade, Moro nem toca no assunto das milícias que até Raul Jungmann, a quem Moro substituiu na Segurança Pública, disse estar assombrado com o potencial da milícia no país, mas sobretudo no Rio de Janeiro, o QG do clã Bolsonaro.

Mas Moro faz ouvidos moucos para a milícia. Então, o que fez o herói brasileiro de combate à corrupção contra a corrupção nesses 400 dias? Nada, pois do contrário, pisaria no calo do chefe.

Aquelas pantomimas com a Polícia Federal, combinada com a Globo, invadindo casas alheias ao vivo e a cores e, depois, a Força-tarefa com os procuradores da Lava Jato agindo como astros de Hollywood, dando entrevistas coletivas, desapareceram da cena nacional, ao contrário, os pupilos de Moro estão mais cagados do que pau de galinheiro, acovardados e encolhidos depois do escândalo da tentativa de roubo de R$ 2,5 bilhões da Petrobras com a justificativa de se montar uma ONG privada de combate à corrupção.

O protagonista dessa história, todos sabem, foi Dallagnol. História que contou também com a revelação, de boca própria, de Dario Messer, o doleiro dos doleiros, de que mensalmente molhava as mãos de Januário Paludo, o mesmo que criou o grupo, os filhos de Januário que, através da Vaza Jato, descobriu-se como essa gangue se organizou para livrar a cara de aliados e condenar, sem provas, os inimigos, uma das coisas mais imundas, do ponto de vista legal, de que se tem notícia.

Isso tudo é somente uma prévia daquilo que representou o Brasil atual, tendo Moro como super Ministro da Justiça e Segurança Pública, o mesmo que, no período da Lava Jato, colocou o STF de joelhos e que, agora, amarga uma derrota atrás da outra nos tribunais brasileiros, mostrando como o cretino é uma farsa.

Sem a toga, Moro se transformou em nada, além de capataz e chantagista da família Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Governo Bolsonaro: 400 dias de mentiras, desprezo pelos pobres e desmonte do país com apoio da mídia

Enquanto a economia brasileira se deteriora depois das reformas contra os mais pobres que salvariam o país, Folha estampa em garrafais: “Empresário que comprou sítio de Atibaia rompe sociedade com filho de Lula”, numa clara psicopatia midiática contra Lula e o PT.

Por que uma notícia dessas que não tem importância nenhuma ganha os maiores garranchos de um jornal de circulação nacional? Justamente por não ter importância nenhuma.

Com isso a Folha esconde da sociedade o que de fato tem importância, que é o maior endividamento e inadimplência dos aposentados com bancos da história, um sinal claro da deterioração da economia brasileira.

Por outro lado, a mesma Folha solta foguetes com o desmonte da Petrobras: BNDES arrecada R$ 22 bilhões com venda de ações da Petrobras – Em termos nominais, é a maior venda de ações da década no país.

Já o Estadão mostra como o rentismo, que tem dado lucros nunca vistos aos milionários do Brasil, aconselha: “Com Selic a 4,25% ao ano, nova dica é ousar mais; entenda como investir em um cenário de juros baixos – Outro corte nos juros e o jogo da Bolsa”

Enquanto isso a indústria nacional se esfarela como mostra Saul Leblon – Carta Maior:

“A produção que sai hoje das fábricas brasileiras é 18% menor que a de 2011.

Repita-se, hoje a nossa industrialização gera quase 1/5 a menos de riquezas do que há 8 anos. Mas o jornalismo de banco está otimista com as “reformas.

Produção de bens de capital, máquinas e equipamentos que expandem a capacidade de gerar riqueza numa economia, caiu 8,8% em dezembro e não cresce desde abril, acumulando um tombo de 12,9% no período.

Mas o mercado está otimista.

Com o quê?

Com a queda no preço da carne humana.”

Então, chegamos ao ponto em que até Míriam Leitão, no Globo, tem que alertar o tamanho da lambança de Guedes e cia:

“Banco Central emite comunicado confuso e contraditório ao tratar de juros e inflação.

Copom reduz Selic a 4,25%, o menor nível histórico, mas indica estar confuso diante da atual, e realmente complexa, perspectiva da economia”

Na verdade Miriam foi econômica.

O que realmente é complexa é a crise que se avolumou na economia brasileira levando o país a uma situação caótica.

Mas o jornalão dos Marinho, manda recado aos que para o Globo realmente importam: Com Selic a 4,25%, saiba quais aplicações de renda fixa ainda ganham da inflação.

Enquanto tudo isso acontece, o Bolsa Família vai sendo desmontado, assim como foi o Minha Casa, Minha Vida e toda uma rede de proteção social vai sendo retirada das mesas do governo para dar lugar a um lucro cada vez maior para os ricos, num país a cada dia mais submerso na especulação financeira, ampliando a legião de trabalhadores precarizados, vivendo de bicos de troco miúdo em uma disputa por mercado cada vez mais escasso e vendo que não há sinal de queda na fila do desemprego que ultrapassa 12 milhões na contagem oficial. É provável que a coisa seja bem pior do que é mostrado.

Isso é apenas uma pincelada do 400 dias do governo trágico de Bolsonaro, mas é a cara da elite, foi a escolha da mídia, é uma tragédia de conveniência para quem vive de renda e suga o país e toda uma cadeia social produtiva.

É disso que também trata o filme sul-coreano “Parasita” que concorre ao Oscar em várias categorias e aponta que não há parasitas maiores no mundo do que o 1% dos milionários brasileiros que mais suga da população e promove a maior desigualdade da terra, fato sublinhado por toda a imprensa internacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro sobre ambientalistas: “Se um dia eu puder, os confino na Amazônia”

Fala do presidente veio em defesa de projeto de lei que permite mineração em terras indígenas, que deve chegar ao Congresso em breve.

Na solenidade de 400 anos de Governo, o presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta quarta-feira 05, que, se um dia puder, confinaria todos os “ambientalistas, esse pessoal do meio ambiente” na Amazônia.

A fala veio quando Bolsonaro estava defendendo o projeto de lei assinado por ele na ocasião, que altera a Constituição para permitir a exploração de terras indígenas a fins de mineração e outras atividades econômicas. Uma provável resistência do Congresso ao projeto fez com que o presidente criticasse os ambientalistas.

“Esse projeto do ministro das Minas e Energia, que depende do Congresso… [eles] vão sofrer pressão desses ambientalistas, esse pessoal do meio ambiente. Se um dia eu puder, eu os confino na Amazônia, já que gostam tanto do meio ambiente, e deixam de atrapalhar os amazônidas aqui de dentro das áreas urbanas”, declarou Bolsonaro.

No início de seu discurso, Bolsonaro exaltou que indígenas têm “coração, sentimentos, alma, desejos, necessidades, é tão brasileiro como nós”, para depois justificar que a exploração de territórios demarcados poderia ser benéfica para a economia. Para o presidente, é uma questão de vieses diferentes.

“Tem algum problema comprar ouro, pedras preciosas, de modo que elas possam ser lapidadas dentro do Brasil e não serem vendidas como commodities comuns? É um viés”, afirmou Bolsonaro.

A Constituição Federal proíbe a atividade de mineração em terras indígenas sem a aprovação do Congresso, que não mexeu no assunto desde 1988. Além disso, é necessária uma consulta prévia com as comunidades indígenas antes de quaisquer decisão, afirma o parágrafo 3º do artigo 231:

“O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei”.

O evento contou com todos os ministros de Estado e demais figuras públicas. O mote principal era que o Brasil “já mudou” nos 400 dias de governo, concluídos nesta terça-feira.

No primeiro ano de governo Bolsonaro, os índices de desmatamento da Amazônia bateram recordes de séries históricas e acumularam polêmicas. No discurso, o presidente não comentou sobre o combate à destruição da floresta.

 

 

*Com informações da Carta Capital

 

 

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Bolsonaro fala sobre Fabio Wajngarten, o Queiroz da Secom: “Continua mais firme do que nunca”

Bolsonaro saiu em defesa aberta do chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República na manhã desta quarta-feira (5): “O (Fabio) Wajngarten (o Queiroz da Secom) continua mais firme do que nunca.”

Wajngarten está agora sob sob investigação pela Polícia Federal, mais de um mês depois do “escândalo da propina”. Resta saber se essa PF é aquela subordinada a Moro que pressionou o porteiro do condomínio do seu Jair a mudar completamente a versão do dia do assassinato de Marielle.

O titular da Secom está envolvido em corrupção por receber, por meio de sua empresa particular, pagamentos de empresas de publicidade e comunicação que são contratadas pelo governo durante sua gestão fazendo lembrar o esquema de Queiroz no Clã Bolsonaro.

Ao falar com jornalistas, no portão do Palácio da Alvorada, Bolsonaro tentou negar que esteja em curso uma investigação da Polícia Federal sobre seu subordinado e braço direito: “Olha só, o que eu posso te falar: não foi a PF que abriu. O MP que pediu para que fosse investigado. Então é completamente diferente do que você está falando. Dá a entender que ele é um criminoso. Não é criminoso, eu não vi nada que atente contra ele.”

Só pra lembrar, Bolsonaro também negou que o miliciano Queiroz, que fez depósito na conta de Michelle e comanda há décadas um esquema de rachadinha do clã, não era bandido.

 

*Da redação

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The Guardian: Bolsonaro ataca a indicada ao Oscar, Petra Costa, como ‘ativista anti-Brasil’

A maioria dos governos celebra quando seus cidadãos são indicados ao Oscar – mas não no Brasil de Jair Bolsonaro, diz o jornal Inglês.

Em uma extraordinária enxurrada de tweets na segunda-feira, a agência presidencial, responsável por elevar a diretora de documentários do perfil internacional do Brasil, Petra Costa, classificou-a de “uma ativista anti-brasileira” que “manchara a imagem do país no exterior”, diz a matéria.

The Guardian segue: O filho político de Bolsonaro, Eduardo, liderou a acusação, chamando Costa de “canalha”.

O filme Netflix de Costa, “Democracia em Vertigem” foi indicado ao Oscar de melhor documentário no mês passado, e a cineasta de 36 anos se tornou uma proeminente crítica internacional do governo de extrema direita de Bolsonaro.

O gatilho imediato do ataque presidencial – que os especialistas brasileiros chamaram de inconstitucional – foi uma entrevista que Costa deu ao jornalista americano Hari Sreenivasan na semana passada.

Nela, Costa lamenta a ascensão do poder de Bolsonaro às notícias falsas e critica o incentivo do ex-capitão do exército ao desmatamento da Amazônia e aos assassinatos da polícia, que, segundo ela, aumentaram 20% no estado do Rio de Janeiro desde a eleição de Bolsonaro.

“Normalmente, não perco tempo refutando desprezíveis como Petra Costa, mas o nível de seus absurdos é criminoso”, twittou Eduardo Bolsonaro, representante sul-americano do grupo de extrema-direita de Steve Bannon.

Depois veio uma salva de tweets da Secom – a Secretaria de Comunicação Presidencial, supostamente apolítica do Brasil.

“É inacreditável que um cineasta possa criar uma narrativa cheia de mentiras e previsões absurdas para denegrir uma nação só porque ela não aceita o resultado das eleições”, twittou a agência presidencial em inglês.

“Sem o menor senso de respeito por sua terra natal e pelo povo brasileiro, Petra disse em um roteiro irracional que a Amazônia se tornará uma savana em breve e que o presidente Bolsonaro ordena o assassinato de afro-americanos e homossexuais.”

Em um vídeo em português, a Secom rejeitou as alegações de Costa sobre um aumento nos assassinatos da polícia como “notícias falsas”. De fato, a alegação é precisa. Estatísticas oficiais mostram que a polícia do Rio matou 1.810 pessoas no ano passado – o número mais alto em mais de duas décadas e um aumento de 18% em relação a 2018.

A Secom também rejeitou a alegação de Costa de que a Amazônia “já estava em um ponto de inflexão onde poderia se tornar uma savana a qualquer momento”. Os principais cientistas alertam que o desmatamento está empurrando a floresta amazônica para um ponto de inflexão irreversível, embora não esteja claro com precisão quanto tempo.

Dilma Rousseff, ex-presidente de esquerda, cujo controverso impeachment é o foco do documentário de Costa, estava entre os que vieram em defesa da cineasta, atacando a “agressão intolerável” do governo Bolsonaro.

Foi o presidente de extrema direita do Brasil, e não Costa, que era um “ativista anti-Brasil”, twittou Dilma. “Não há ninguém em nosso país que seja mais anti-Brasil e mais prejudicial à nossa imagem no exterior do que Bolsonaro.”

Aludindo ao retrato de Costa do governo de Bolsonaro, Dilma Rousseff acrescentou: “Petra foi mesmo serena em sua escolha de palavras, ao expressar apenas uma fração do que os brasileiros e o mundo já sabem: que o Brasil é governado por um inimigo sexista, racista, homofóbico, defensor de ditaduras, tortura e violência policial e um amigo dos paramilitares ”.

No mês passado, Bolsonaro classificou o filme de Costa – que ele admitiu não ter visto – como “porcaria”.

 

*The Guardian

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Vídeo: Moro congratulou o trabalho da PM da Bahia no dia em que um vídeo com um PM baiano agredindo um rapaz viralizou

O vídeo que segue abaixo com um PM da Bahia agredindo um jovem negro que não oferecia qualquer resistência, gritando: “Você é ladrão, olha o cabelo”. Policial dá socos e chutes no jovem negro durante a abordagem. “Você é o quê? Você é trabalhador, viado?”, prossegue.

Esse vídeo viralizou nas redes sociais pelo escândalo que ele representa não só na Bahia, onde ocorreu a covardia, mas em muitas cidades do Brasil. E não é de agora, mas piorou muito com Bolsonaro na Presidência e Moro no Ministério da Justiça e Segurança Pública, tanto que, vendo a repercussão, a grande mídia foi obrigada a veicular essa imagem nos telejornais, mas Moro e Bolsonaro se deram ao luxo de ignorar essa perversidade.

Para piorar, Moro, de olho nos votos da PM e de seus militares que ajudaram a eleger Bolsonaro, congratulou a PM baiana no mesmo dia em que esse PM baiano cometeu o crime pelo simples fato do rapaz ser quem parecia, para ele, um ladrão, sem qualquer prova, mostrando um grau de consciência zero do trabalho da PM.

Na verdade, pior que congratular a PM baiana, foi Moro se calar por questões políticas sobre esse episódio típico de um policial delinquente que se sentiu com razão, confortável diante da impunidade que reina na polícia e na justiça de agentes de segurança que usam a farda ou a toga para praticarem crimes com excesso de brutalidade e autoritarismo.

 

*Da redação

*Foto destaque: Metro1

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Moro, um dia depois de perder pra Lula, perde outra: TJ do Rio mantém quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro

O ex-herói da Lava Jato anda mesmo com a bola murcha.

Depois de ser desancado pela justiça na armação em que Lula foi denunciado pela invasão ao triplex, Moro, que tinha livrado Flávio Bolsonaro de dois crimes, usando a sua PF particular, dá de cara com a notícia de que o TJ do Rio mantém quebra de sigilo bancário e fiscal do senador miliciano.

Isso serviu como uma certa casca de banana para o ex-xerife de Curitiba. Aliás, o ex-todo poderoso da justiça tem amargado uma derrota atrás da outra depois que passou a ser ministro.

No caso de Flávio, o TJ julgou o habeas data da defesa do senador Flávio Bolsonaro e, por 2 votos a 1, manteve a quebra de sigilo fiscal e bancário. O MP-RJ investiga o filho de Jair Bolsonaro pela prática de “rachadinha”, com movimentações atípicas e milionárias.

Essa questão tem um grande significado político para Bolsonaro, mas também para Moro, porque tanto um quanto o outro tem a intenção de reinar sobre a justiça e livrar a cara de Flávio Bolsonaro e, consequentemente de Queiroz de seus crimes.

Com isso, o escândalo de Queiroz só aumenta e as mazelas do todo ex-poderoso Moro, assim como o seu chefe, o ex-mito Bolsonaro, vão caindo em desgraça, numa perversa mola contrária aos valores que vinham não só pregando, mas aplicando para se perpetuarem a ampliarem seus poderes.

O fato é que tanto o bolsonarismo quanto o morismo saíram de mola e começam a desabar em queda livre.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro pediu para não ver dados de falha no Enem por estar de ‘cabeça cheia’

O presidente minimizou as falhas relatadas por milhares de estudantes sobre a prova.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 3, que pediu para não ver dados sobre falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por estar com a “cabeça cheia”. “Ele (o ministro da Educação, Abraham Weintraub) queria apresentar para mim os dados. Eu não quis, (estava) com a cabeça cheia. Hoje eu saturei. Não conversei”, disse o presidente.

Bolsonaro e Weintraub viajaram juntos a São Paulo nesta segunda, 3. Em declaração em frente ao Palácio do Alvorada, quando retornou a Brasília, o presidente minimizou as falhas relatadas por milhares de estudantes sobre a prova. “Quase em todos os ano têm problema. Representa menos de ‘zero vírgula alguma coisa’ o problema”, disse ele.

O MEC divulgou ter identificado erro na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição da prova. Mais de 175 mil pessoas, no entanto, questionaram as notas que obtiveram, mas não receberam nenhum retorno da pasta.

 

 

*Com informações do Estado de Minas