Enquanto chefes de governo encontram-se em reuniões, jantam juntos esses dias, conversam sobre os destinos de seus países e do mundo, Bolsonaro vai com Michelle a uma pizzaria.
O vexame começa já na chegada em Nova York, quando Bolsonaro é recebido com vaias e protestos. Totalmente isolado, pois nenhum chefe de Estado quer se aproximar do neofascista, o presidente brasileiro é ignorado até mesmo por seu “mito”, Trump, hospedado no mesmo hotel.
As informações são do Globo. Jair Bolsonaro ficou por duas horas com destino desconhecido em Nova York, informa O Globo. No ostracismo, Bolsonaro teria ido, segundo o jornal, a uma pizzaria italiana acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e parte da comitiva.
Não se concretizou a expectativa de um jantar privado com o presidente americano Donald Trump. O presidente dos EUA teve pelo menos duas reuniões bilaterais no mesmo hotel em que Bolsonaro está hospedado em Manhattan. Apesar de estarem ao mesmo tempo e no mesmo lugar, o encontro com o brasileiro não ocorreu.
O ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e a indígena Ysani Kalapalo, moradora do Xingu, que foi integrada à comitiva presidencial, acompanharam o casal. A presença de Ysani na viagem causou o protesto de caciques de 14 comunidades.
“Por volta das 20h, horário local, Bolsonaro saiu de surpresa do hotel. Com um colar de índio e terno preto, ele passou em silêncio pelo lobby com um braço apoiado nos ombros de Ysani. Ao voltar ao hotel, por volta das 22h, Bolsonaro também se manteve em silêncio e não respondeu se havia se encontrado com Trump. Ele apenas acenou para brasileiros que estavam no bar do hotel e subiu para o quarto. Mais tarde, a assessoria afirmou que ele estava em uma pizzaria com Michelle e parte da comitiva”, informa a reportagem.
Não há confirmação de nenhuma agenda bilateral de Bolsonaro com outros chefes de Estado durante sua estada em Nova York.
Povos da TI do Xingu emitem alerta e repúdio sobre indígena na delegação do Brasil na ONU
Do Conselho Indigenista Missionário
Conforme a carta, a indígena levada pelo governo brasileiro não representa os povos do Xingu e não foi escolhida por eles.
Lideranças de 16 povos indígenas do Território Indígena do Xingu divulgaram uma nota alertando e informando a opinião pública nacional e internacional sobre representante indígena levada pelo governo brasileiro à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O governo brasileiro ofende as lideranças indígenas do Xingu e do Brasil ao dar destaque a uma indígena que vem atuando constantemente em redes sociais com objetivo único de ofender e desmoralizar as lideranças e o movimento indígena do Brasil”, diz trecho da nota.
Conforme a carta de repúdio, a indígena levada pelo governo brasileiro não representa os povos do Xingu e tampouco foi escolhida por eles para desempenhar tal função, sendo suas opiniões de cunho pessoal e sem diálogo com o que de fato os povos do Xingu pensam.
Leia a carta na íntegra:
CARTA DE REPÚDIO
CONTRA REPRESENTAÇÃO INDÍGENA NA DELEGAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO NA ONU
Nós representantes maiores dos 16 povos indígenas habitantes do Território Indígena do Xingu (Aweti, Matipu, Mehinako, Kamaiurá, Kuikuro, Kisedje, Ikpeng, Yudjá, Kawaiweté, Kalapalo, Narovuto, Waurá, Yawalapiti, Trumai, Nafukuá e Tapayuna), viemos diante da sociedade brasileira repudiar a intenção do Governo Brasileiro de incluir a indígena Ysani Kalapalo na delegação oficial do Brasil que participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU que será realizada na cidade de Nova Iorque no próximo dia 23 de setembro de 2019.
O governo brasileiro mais uma vez demonstra com essa atitude o desrespeito com os povos e lideranças indígenas renomados do Xingu e outras lideranças a nível nacional, desrespeitando a autonomia própria das organizações dos povos indígenas de decisão e indicação de seus representantes em eventos nacionais e internacionais.
O governo brasileiro ofende as lideranças indígenas do Xingu e do Brasil ao dar destaque a uma indígena que vem atuando constantemente em redes sociais com objetivo único de ofender e desmoralizar as lideranças e o movimento indígena do Brasil.
Os 16 povos indígenas do Território Indígena do Xingu através de seus caciques reafirmam seu direito de autonomia de decisão através de seu próprio sistema de governança composto por todos os principais caciques dos povos xinguanos.
O governo brasileiro não se contentando com os ataques aos povos indígenas do Brasil, agora quer legitimar sua política anti-indígena usando uma figura indígena simpatizante de suas ideologias radicais com a intenção de convencer a comunidade internacional de sua política colonialista e etnocida.
Não aceitamos e nunca aceitaremos que o governo brasileiro indique por conta própria nossa representação indígena sem nos consultar através de nossas organizações e lideranças reconhecidos e respaldados por nós.
Jair Bolsonaro chegou nesta segunda-feira, 23, em Nova York, e foi recebido com protestos por brasileiros e norte-americanos. “Amazonia sim, Bolsonaro, não”, gritavam os manifestantes, que foram impedidos de se aproximar da entrada do hotel em Manhattan, onde a comitiva de Bolsonaro está hospedado.
Bolsonaro participará dos Debates Gerais da 74ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ). Como é tradição, será o primeiro chefe de Estado ou governo a discursar, na manhã de terça-feira.
Nesta terça-feira, (24), o mundo conhecerá a bactéria fascista que saiu do laboratório neoliberal brasileiro. Quando a ONU se deparar com as consequências que a ganância capitalista pode gerar na figura de Bolsonaro e seus generais sem farda, chegará à conclusão de que o neoliberalismo é capaz de produzir o que existe de pior na raça humana.
Não há a menor chance de Bolsonaro frustrar seu rebanho. A tragédia anunciada está garantida. Bolsonaro dará um vexame internacional tão grande que será notícia em todos os recintos da ONU e projetado ao mundo pela imprensa internacional como o monstro da lagoa amazônica, o ovo da serpente neofascista subordinado ao grande capital e às milícias rurais e urbanas que pretendem desintegrar a Amazônia para expansão da grilagem, dos madeireiros, da agropecuária, da exploração de minério e todo um panorama de possibilidades de exploração comercial do conjunto de “zonas produtoras” dos grandes mercados e seu apetite pelo lucro desmedido.
Sim, essa baiuca chamada Bolsonaro, qua aponta suas armas contra o planeta é um arsenal de estupidez e usará o dialeto terraplanista para multiplicar suas asneiras. Bolsonaro, depois das luzes sobre sua fala, sairá da ONU morto e enterrado politicamente, envenenando a imagem do Brasil na mesma intensidade em que aplaude o envenenamento dos rios brasileiros com agrotóxicos.
A imagem de Bolsonaro depois da ONU será igualada a dos grandes facínoras da história. Seu assento central ao lado de grandes monstros da humanidade está garantido, até porque isso está na natureza, no instinto do próprio neofascista.
Bolsonaro sairá da ONU em pedacinhos, formando uma imagem de um mosaico que representará a própria escultura do terror, do horror, do pesadelo, das sombras, da besta-fera, do beijo dos demônios. E um coral gigantesco de jornalistas internacionais mostrará ao mundo o perigo que Bolsonaro representa para o planeta.
Quem disse que Moro ficou em silêncio sobre o assassinato praticado pela polícia carioca contra mais uma criança?
Para quem sabe ler, pingo é letra. Para quem sabe como Moro trabalha nas sombras, de forma dissimulada, seu recado no twitter foi de apoio à polícia que assassinou Ágatha, uma menina de oito anos.
Moro, frio como é, e covarde como também é, ainda diz no seu twitter aos assassinos da polícia, de forma subliminar: “Estamos aqui também”.
Observem o horário de seu último post no twitter e o que está explícito em seu conteúdo. Nesse momento, ele já sabia que a Ághata estava morta e não deu um pio sobre isso, como quem consentiu o assassinato e ainda incentivou a polícia carioca e o governador Witzel, que a essa altura eram repudiados nas redes sociais:
PRF realiza apeensões de armas e munições ilegais destinadas ao crime organizado no Rio de Janeiro. Estamos aqui também. https://t.co/MAx6Vbea77
Em cinco anos de Lava Jato e vazamentos seletivos de Moro para a mídia, aprendeu-se o “modus operandi” dele, sem falar do que hoje se sabe pela Vaza Jato do Intercept e, principalmente ao rever Moro tomando o depoimento de Lula e, ao juntar as peças, elas vão se encaixando e mostrando que ele age friamente contra quem ele considera inimigo.
Na matéria por ele compartilhada no twitter, está o grande detalhe de sua frieza: “PRF apreende 48 pistolas e 1.830 munições que abasteceriam comunidades do Rio de Janeiro”
Aonde morava e foi assassinada Ághata?
Justamente em uma da comunidades que a manchete escolhida por Moro exalta.
Ora, sabe-se bem como as manchetes da mídia nos jornais, revistas e telejornais foram cirurgicamente usadas por Moro e seu bando para assassinar reputações e condenar seu “inimigos políticos”, sem necessidade de provas.
Não foi isso que se viu no vazamento que mostra que Dallagnol que, sabendo que não tinha provas contra Lula, alerta que a mídia seria determinante para condená-lo pela manchete e não pelas provas, já que eles não as tinham?
Pois é, é esse jogo que Moro usa agora contra uma criança de oito anos, assassinada pela polícia. Se ela é da comunidade que receberia um carregamento de armas, é porque ela também é culpada por morar aonde mora, não a polícia de Witzel e, muito menos o incentivo de Bolsonaro para a polícia miliciana matar pretos e pobres nas favelas, não importando a idade.
Bolsonaro é presidente de um governo fascista do qual Moro é o Ministro da Justiça e Segurança Pública.
Ex-chanceler do governo Lula, que já abriu quatro vezes a reunião principal da Assembleia Geral das Nações Unidas, afirmou nunca ter vivenciado um isolamento tão grande do Brasil em relação à política internacional. “O Lula, que está em uma prisão em Curitiba, é mais visitado por estadistas do que o Bolsonaro”, comparou o ex-ministro. Assista
O ex-ministro e embaixador Celso Amorim, que já abriu quatro vezes a reunião principal da Assembleia Geral das Nações Unidas representando o Brasil, comentou o veto das Nações Unidas à participação brasileira na cúpula do clima em Nova York e os acontecimentos que rondam a viagem de Jair Bolsonaro para o evento. O ex-ministro afirmou nunca ter visto um isolamento deste tamanho no cenário político global como o que acontece agora contra o Brasil e comparou a diplomacia dos governos Lula e Dilma Rousseff com a de Bolsonaro.
Celso Amorim aproveitou as queimadas na Amazônia e o ressurgimento da discussão de uma possível gerência internacional da floresta para criticar a política externa brasileira. O embaixador explicou que soberania não se trata de agir por seus interesse e ignorar suas obrigações internacionais.
“Nunca vi um isolamento deste tipo. O que é muito grave é a distorção do conceito de soberania. Soberania não quer dizer vale tudo, que dentro do seu país você pode fazer o que quiser. Você pode fazer, mas tem que respeitar suas obrigações internacionais, não só em benefício da sua população, mas é um problema global, é uma responsabilidade nacional. Acho que isso que o governo Lula e Dilma entenderam”.
O ex-ministro, porém, disse não ser a favor da proposta do presidente francês, Emmanuel Macron, de partilhar o comando sobre a floresta amazônica. Ele fez ainda comparações entre a popularidade e a qualidade da política externa dos governos do PT com a de Bolsonaro. Celso Amorim lembrou que Lula era procurado por personagens da política internacional que queriam aliar sua imagem ao do ex-presidente brasileiro.
“Da mesma maneira que eu brincava e dizia no tempo do presidente Lula que todo mundo queria sair na foto com ele e que a demanda de Lula era maior que a oferta de Lula, era um dos problemas a se administrar. Hoje em dia é ao contrário, ninguém quer sair na foto com o presidente do Brasil. O Lula, que está em uma prisão em Curitiba, é mais visitado por estadistas do que o Bolsonaro”.
Moro, o Ministro da Justiça e Segurança Pública que faz vista grossa para os assassinatos em série de inocentes nas favelas do Rio é, assim como Witzel, um ex-juiz.
Witzel é afilhado político de Bretas, juiz da Lava Jato no Rio. Bretas teve papel determinante na sua eleição quando vazou uma delação sem provas contra Eduardo Paes.
Witzel é caroneiro de milicianos que quebraram a placa de rua com o nome de Marielle, vinculando seu nome ao de Bolsonaro, vizinho do assassino de Marielle.
Esses são só alguns atestados da falência da institucionalidade no Brasil capturada pelas classes dominantes que explica essa cólera desencadeada contra negros e pobres que assistimos no Brasil, mas principalmente nas favelas do Rio como “providência radical para solução do combate ao tráfico de drogas”.
O Estado como um todo é cúmplice desse novo cativeiro no Brasil, cativeiro este que, como disse o brilhante intelectual Milton Santos, em uma palestra sobre preconceito, marca a ferro e fogo a organização civilizatória no Brasil: “O modelo cívico brasileiro é herdado da escravidão, tanto o modelo cívico cultural como o modelo cívico político. A escravidão marcou o território, marcou os espíritos e marca ainda hoje as relações sociais nesse país. Mas é também um modelo cívico subordinado à economia, uma das desgraças desse país. No Brasil, a economia decide o que de modelo cívico é possível instalar. O modelo cívico residual em relação ao modelo econômico que se agravou durante os anos do regime autoritário e se agrava perigosamente nessa chamada democracia brasileira. São as corporações que utilizam o essencial dos recursos públicos e essa é uma das razões pelas quais as outras camadas da sociedade não têm acesso às condições essenciais de vida, aos chamados serviços sociais. No caso dos negros é isso o que se passa – e o que dizer também do comportamento da polícia e da justiça, que escolhem como tratar as pessoas em função do que elas parecem ser”.
O que parece é que, no Brasil hoje, os pobres e negros vivem uma situação muito pior do que a da cidadania mutilada, no trabalho, na remuneração, nas oportunidades de promoção e na sua moradia. O que está claro nas favelas é que os negros e pobres perderam por completo o direito de ir e vir, que as crianças vão crescer sem imaginar que isso existiu, porque já na infância são tolhidas de qualquer resquício de cidadania.
Resumindo, hoje, nas favelas, os negros e pobres não têm sequer o direito de pedir para serem tratados com dignidade porque correm o risco de serem sumariamente fuzilados pela polícia de Witzel, a seu mando.
Mas como se chegou a isso? Como esses crimes do Estado se estruturaram? Não há mais garantia de nada, isso está claro com a própria prisão de Lula, sem provas, pelo atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, integrante de um governo repudiado no mundo por seus crimes ambientais na Amazônia.
O que se quer aqui chamar a atenção é para o fato de como tudo isso está ligado, como as classes dominantes destruíram a institucionalização e como o país está refém de uma falange neofascista que, estimulada pelo ódio, não se importa em assassinar negros e pobres, como fizeram com uma criança de oito anos.
Em entrevista exclusiva a Renato Rovai, editor da Fórum, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a política educacional do governo Jair Bolsonaro, comandada pelo olavista Abraham Weintraub, por tratar a educação como um gasto e não como investimento.
“Veja quanto de trilhões os Estados Unidos têm de financiamento de bolsa. Agora, aqui no Brasil eles tratam educação como gasto. E colocam um analfabeto para ser ministro da Educação. Não um analfabeto preparado como eu. Porque eu, sinceramente, não troco o meu diploma primário pelo diploma universitário daquele cidadão. Porque além de ser ignorante, ele é grosseiro”, disse Lula, que ressaltou as medidas tomadas quando era presidente.
“O que é que o PT fez de errado? O PT tentou consagrar aquilo [Direitos Constitucionais] em direitos concretos. Por isso que nós subsidiamos casa para as pessoas que ganham pouco, que é o cara que ganha 1 mil reais e não tem como pagar 400 de aluguel. Ou ele come, ou ele paga aluguel. Por isso que garantimos ao pobre ir para a universidade. Pobre ir para universidade com bolsa. Ora, qual é problema de investir em bolsa e financiar estudante? Da mesma forma que você financia o empresário, você financia um estudante”, disse.
Para o ex-presidente, Bolsonaro e Weintraub colocam o futuro do Brasil em risco com a falta de prioridade ao ensino.
“Um país que não trata a educação com respeito, um país que acha que investir numa universidade é gasto, investir em ensino universitário é prejuízo, que não pode investir em pesquisa, que não pode financiar bolsa. O que esse país vai ser? Veja se você conhece algum país do planeta Terra que cresceu e desenvolveu sem antes investir numa coisa chamada educação”.
Emails internos da Secretaria Municipal da Saúde revelam redução de até 60% no fornecimento de remédios para tuberculose pelo Ministério da Saúde.
O tratamento de pessoas com tuberculose está em risco na capital paulista. Emails internos da Secretaria Municipal da Saúde da gestão Bruno Covas (PSDB), obtidos pela RBA, revelam que o governo Bolsonaro reduziu o repasse de medicamentos para combate da infecção em quase 60%. Em consequência, a prefeitura de São Paulo orientou a rede de saúde a não iniciar nenhum novo tratamento de tuberculose latente em crianças. “A prioridade serão as crianças em tratamento de tuberculose ativa. Como medida imediata estão suspensos todos os novos tratamento de ILTB com esquema de Rifampicina em crianças”, informou Mariangela Medina Brito, da equipe técnica do Programa Municipal de Controle de Tuberculose.
A Rifampicina suspensão é o medicamento mais eficiente no tratamento da infecção latente de tuberculose (ILTB) em crianças menores de 10 anos e idosos. Uma tabela constante das mensagens revela que foram entregues apenas 2.500 frascos dos 4 mil necessários para atendimento às crianças com tuberculose latente na capital paulista. Além disso, os quatro medicamentos que compõem o tratamento inicial da tuberculose – feito nos primeiros dois meses – também foram entregues em quantidades abaixo das necessidades. Dos 600 mil comprimidos programados para entrega pelo Ministério da Saúde, a prefeitura recebeu 377.910 – déficit de 222.090 comprimidos.
Os documentos indicam que não há prazo para regularização dos estoques pelo Ministério da Saúde. “O CVE PECT (Coordenador de Vigilância Epidemiológica) está sinalizando que teremos solução de continuidade no abastecimento de Rifampicina suspensão. A informação foi confirmada por telefone por técnico do MS (Ministério da Saúde). A grade de entrega para a proxima programação já foi liberada com corte de mais 60% do que haviamos programado com a assistencia farmacêutica”, escreveu Mariangela.
A entrega de medicamentos é relativa aos meses de setembro, outubro e novembro desse ano. As mensagens foram encaminhadas pela equipe da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que coordena o programa de tuberculose, entre a sexta-feira (13) e a segunda-feira (16). Poucos dias depois do Ministério da Saúde comemorar nas redes sociais que o “Brasil vai liderar a estratégia de luta mundial contra a tuberculose”. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, vai assumir a presidência do programa StopTB, parceria da ONU para eliminação da tuberculose, em dezembro desse ano.
As orientações do Programa Municipal de Controle da Tuberculose foram encaminhadas para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção Psicosocial (Caps) da cidade. No entanto, a Covisa deixou claro que ainda não há plano de atendimento emergencial caso a situação se agrave. “Aguardamos orientações do Programa Nacional a respeito de como iremos proceder com os casos já com tratamento iniciado caso o desabastecimento se mantiver”, escreveu Mariangela.
O ex-ministro da Saúde Artur Chioro avalia a situação como extramente grave. “É um verdadeiro desastre, uma irresponsabilidade, deixar faltar ou diminuir a previsão de medicamentos para o tratamento da tuberculose. A redução da oferta do medicamento que tem as quatro substâncias para o tratamento inicial da tuberculose, por si só é um desastre, porque ela pode resultar na interrupção do tratamento. Mas pior ainda é esse corte na oferta da Rifampicina suspensão, que é utilizada na infecção latente por tuberculose. Combater a infecção latente, mesmo que a pessoa não apresente sintomas, é uma forma eficaz de interrupção da cadeia de transmissão”, explicou.
Roberta Sales, doutora em Pneumologia pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Ambulatório de Pneumologia do Hospital das Clínicas, explicou que a Rifampicina é o melhor medicamento para tratamento da tuberculose em recém-nascidos, crianças, idosos e grupos de risco. E é o que garante um tratamento de seis meses. Para ela, a situação relatada nos e-mails revela um quadro bastante preocupante.
Organização Mundial da Saúde tem meta de erradicar a tuberculose. E a maneira mais eficaz de fazer isso é identificar as infecções latentes e tratá-las. Se for algo pontual, não é tão assustador. O mais importante seria saber quanto tempo isso vai durar e o que vai ser feito”, disse a especialista. Mas, até o momento, essa informação não existe. A Secretaria Municipal da Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem.
O Brasil registra cerca de 70 mil novos casos de tuberculose a cada ano, que resultam em aproximadamente 4.500 mortes. Em setembro de 2018, o Ministério da Saúde publicou novo protocolo de combate à doença, que define o uso prioritário da Rifampicina como medicamento no tratamento de recém nascidos e de crianças que convivem com casos confirmados da doença. Além de pessoas com HIV, insuficiência renal crônica, câncer e pré-transplante de órgãos. A OMS estima que 25% da população mundial está infectada com o bacilo da tuberculose.
A infecção por tuberculose pode ter dois desenvolvimentos. Se o organismo da pessoa estiver fragilizado, tende-se a desenvolver a forma aguda da doença, que, se não tratada, pode levar a morte. Mas se o organismo está saudável, o bacilo é neutralizado e se aloja em algum ponto do organismo, esperando um momento de fragilidade para atacar – chamada de infecção latente. Nesta forma, a doença pode ficar adormecida por muitos anos. Crianças, idosos, pessoas com imunodeficiências, transplantadas e em tratamento de câncer são as mais sensíveis à doença.
O tratamento da doença é feito por, pelo menos, seis meses. Nos primeiros dois meses, os pacientes recebem quatro medicamentos. Nos outros quatro meses, recebem dois medicamentos. Como o tratamento não pode ser interrompido, sob risco de agravamento do quadro, os casos são monitorados diariamente pelas Unidades Básicas de Saúde, que entregam o medicamento diretamente ao paciente.
Em nota, o Ministério da Saúde negou a falta de medicamentos para o tratamento da tuberculose no país, e informou que o repasse para as prefeituras é feito pelos governos estaduais, e não diretamente pelo ministério. “Dos 20 medicamentos atualmente fornecidos para o tratamento da Tuberculose, apenas uma apresentação (Pirazinamida 30mg/ml, suspensão oral) encontra-se desabastecida. Esse medicamento, usado na pediatria, tem um único produtor no Brasil, o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) que, no final de 2018, suspendeu a produção por problemas identificados no controle de qualidade.”
A Multidão na Alemanha, no vídeo abaixo, representa bem as inúmeras multidões que estão se formando pelo mundo no Dia Greve Global pelo Clima que está sendo o maior ato da história em defesa do meio ambiente.
E é nesse clima que Bolsonaro arrasta consigo a imagem do maior mal do meio ambiente do planeta depois de promover no Brasil o Dia do Fogo na Amazônia.
Para o mundo, hoje, Bolsonaro representa a treva batida de todos os lados, a escuridão de São Paulo às 15 horas, o pesadelo do planeta, os animais aprisionados pelo dentro da floresta amazônica em chamas, produzindo o medo no mundo inteiro que enxerga naquele incêndio a própria imagem do inferno.
Serão abundantes os ataques que a comitiva do governo Bolsonaro receberá na ONU, capaz de eternizá-lo como o grande monstro do século XXI.
Não há o menor sinal de que líderes europeus possam afrouxar os seus discursos contra Bolsonaro, ao contrário, diante de gigantescas multidões que se espalharam pelo planeta contra as queimadas e desmatamentos tão venais contra o clima, Bolsonaro chegará na ONU com a água já na fervura, pois a Amazônia representa o santuário ecológico do mundo, santuário este que Bolsonaro quer dizimar para beneficiar mineradoras, garimpeiros, grileiros e toda falange de diabos planetários que a ganância pode produzir.
Não é mais segredo para ninguém que vários investidores internacionais, sobretudo europeus não querem sequer ouvir falar em investir num país capaz de se autodestruir e destruir o planeta, porque esta é a imagem do Brasil no mundo a partir do governo Bolsonaro, a de um governo neofascista, comandado por esquizofrênicos, psicopatas, milicianos que não medem qualquer esforço para saciar a ambição de quem eles representam.
Por isso, o Brasil sairá da ONU menor que um cisco do ponto de vista diplomático, econômico, ambiental, político e moral que refletirá imediatamente aqui dentro com todos os tipos de boicotes e sanções, como já foi vetado pela cúpula do clima na ONU e será pressionado por massas gigantescas como se vê neste vídeo abaixo.
Que o mundo nos livre de Bolsonaro! O representante da elite econômica mais predadora e assassina do mundo.